sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Agricultura familiar influencia nos manejos da agroecologia

Zona Norte Congresso tem o objetivo de conscientizar produtores sobre a sustentabilidade Sobral Com o Programa Agricultura Familiar e projetos como a mandala, a galinha caipira integrada com a criação de outros animais e quintais produtivos, a Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria de Agricultura, têm apostado na transição da agricultura tradicional para a agroecologia. Feira reúne agricultores locais a fim de levar as novidades em técnicas e manejos para produtores, criadores, agricultores e acadêmicos FOTO: JÉSSYCA RODRIGUES Segundo a secretária de Agricultura do município, Luiza Barreto, a agroecologia está sendo trabalhada em um sistema produtivo integrado com o meio ambiental pensando na sustentabilidade das gerações futuras. Ela explica que hoje a agricultura familiar se encontra em transição. "Estamos trabalhando para que este setor faça sua transição para a agroecologia, pois ela visa não apenas a produção, mas sim o sistema como um todo". Para ela, esse é o objetivo da agroecologia, trabalhar a produção visando integração. "Tem que haver a integração do homem com o meio ambiente, no qual os impactos ambientais serão amenizados e a sustentabilidade desses projetos do ponto de vista ambiental e econômico sejam garantidos". Em Sobral, a agricultura familiar fornece para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal. Luiz conta que por meio desse programa a Prefeitura recebe uma verba que é complementada e assim compra os alimentos do agricultor familiar. Esses alimentos são distribuídos para 28 instituições e programas sociais. "Atendemos hoje o Restaurante Popular, a Santa Casa de Misericórdia de Sobral, a Casa do Idoso... São todas instituições sócio assistenciais e programas sociais, que são abastecidas por cerca de 400 agricultores que entregam na Prefeitura esses alimentos", contou. Investimento A secretária afirma que só neste ano foram investidos R$1,1 milhão e produzidas 450 toneladas de alimento pelo programa em Sobral, mesmo com as dificuldades da seca. "Com essa falta de água, o trabalho de todos que mexem com agricultura passa por um momento muito difícil. Para nós, da Secretaria e projetos, temos que trabalhar com o agricultor a fim de incentivar e motivar". Para a agricultora Carla Maria Lopes, apesar de morar na Serra da Meruoca, tem sentido que a falta da chuva tem sido bastante prejudicial. "Sei que a seca não foi tão forte para mim quanto para outros que moram em áreas de sertão, mas a produção caiu bastante e o tamanho das frutas diminuiu. Muito do que é plantado não vinga". O projeto da Galinha Caipira, que também está inserido entre os projetos que buscam funcionar com a agroecologia, tem ajudado a aumentar a renda do sertanejo. São 60 agricultores que receberam 75 pintos para iniciar sua criação e orientação técnica da Prefeitura. As aves são levadas para um local adequado onde permanecerão até completar um mês. Depois, deverão ser levadas para um galpão aberto onde ficam até o abate. De acordo com os técnicos, essa galinha tem como diferencial um controle de alimentação, vacinação e ciclo de vida de três meses, chegando a pesar cerca de 3 quilos. Depois que voltou do Rio de Janeiro, o criador Iranildo Sousa Gomes usou o quintal de casa para começar a criar galinha caipira entre os pés de frutas. Segundo ele, as galinhas têm ampla procura por restaurantes, além de comércio, e seu preparo é simples. "Tudo nela é simples, desde a criação, até o abate e a preparação do prato". Para ajudar esses criadores e agricultores, a X Feira de Agricultura da Zona Norte (Agrinorte), que está acontecendo juntamente com o III Congresso Cearense de Agroecologia, trouxe temas como "A Agricultura Familiar e Agroecologia" a fim de levar as novidades em técnicas e manejos para produtores, criadores, agricultores e acadêmicos. Na ocasião, os estudantes do curso de Zootecnia da Universidade Estadual Vale do Acaraú aproveitam para mostrar as vantagens da apicultura para a agricultura em geral, mostrando abelhas da região como benéficas para a produção. Segundo o estudante Ivo de Oliveira, a criação delas é um investimento sustentável, rentável e compatível com diversas atividades agrícolas quando feita dentro dos padrões da agroecologia. Participação Para os agricultores que moram foram da sede do município de Sobral, a organização do vento providenciou transporte, pois, de acordo com a secretária Luiza Barreto, que também é a presidente da Agrinorte, é extremamente importante a participação de todos. Dentre os temas abordados, estão a mudança de clima no semiárido, mercado e consumo sustentável e o uso de tecnologia alternativas e renováveis. A feira e o congresso estão acontecendo até hoje e são abertas para a visitação do público. Benefício 1,1 milhão de reais foram investidos só neste ano no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e produzidas 450 toneladas de alimento em Sobral Mais informações: X Agrinorte e III Congresso de Ecologia, Centro de Convenções de Sobral. Avenida Doutor Arimatéia Monte e Silva, 300 - Campo dos Velhos / (88) 3611.6311 JÉSSYCA RODRIGUES COLABORADORA Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1201489

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Áreas de Preservação Permanente Urbanas

As Áreas de Preservação Permanente foram instituídas pelo Código Florestal (Lei nº 4.771 de 1965 e alterações posteriores) e consistem em espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, podendo ser públicas ou privadas, urbanas ou rurais, cobertas ou não por vegetação nativa. Entre as diversas funções ou serviços ambientais prestados pelas APP em meio urbano, vale mencionar: a proteção do solo prevenindo a ocorrência de desastres associados ao uso e ocupação inadequados de encostas e topos de morro; a proteção dos corpos d'água, evitando enchentes, poluição das águas e assoreamento dos rios; a manutenção da permeabilidade do solo e do regime hídrico, prevenindo contra inundações e enxurradas, colaborando com a recarga de aquíferos e evitando o comprometimento do abastecimento público de água em qualidade e em quantidade; a função ecológica de refúgio para a fauna e de corredores ecológicos que facilitam o fluxo gênico de fauna e flora, especialmente entre áreas verdes situadas no perímetro urbano e nas suas proximidades, a atenuação de desequilíbrios climáticos intra-urbanos, tais como o excesso de aridez, o desconforto térmico e ambiental e o efeito "ilha de calor". A manutenção das APP em meio urbano possibilita a valorização da paisagem e do patrimônio natural e construído (de valor ecológico, histórico, cultural, paisagístico e turístico). Esses espaços exercem, do mesmo modo, funções sociais e educativas relacionadas com a oferta de campos esportivos, áreas de lazer e recreação, oportunidades de encontro, contato com os elementos da natureza e educação ambiental (voltada para a sua conservação), proporcionando uma maior qualidade de vida às populações urbanas, que representam 84,4% da população do país. Os efeitos indesejáveis do processo de urbanização sem planejamento, como a ocupação irregular e o uso indevido dessas áreas, tende a reduzi-las e degradá-las cada vez mais. Isso causa graves problemas nas cidades e exige um forte empenho no incremento e aperfeiçoamento de políticas ambientais urbanas voltadas à recuperação, manutenção, monitoramento e fiscalização das APP nas cidades, tais como: articulação de estados e municípios para a criação de um sistema integrado de gestão de Áreas de Preservação Permanente urbanas, incluindo seu mapeamento, fiscalização, recuperação e monitoramento; apoio a novos modelos de gestão de APP urbanas, com participação das comunidades e parcerias com entidades da sociedade civil; definição de normas para a instalação de atividades de esporte, lazer, cultura e convívio da população, compatíveis com a função ambiental dessas áreas; Além disso, a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano contratou a Universidade de Brasília para fazer o levantamento, em 700 municípios brasileiros, do percentual de áreas verdes e dos corpos d'água existentes nas áreas efetivamente urbanizadas e no seu entorno imediato, onde são exercidas as maiores pressões do processo de expansão urbana. O estudo visa conhecer a proporção de área urbanizada coberta por vegetação e o estado de conservação das APP em suas faixas marginais. A partir do conhecimento dessa realidade será possível subsidiar: a formulação de normas e parâmetros legais sobre o tema; o monitoramento e a definição de ações e estratégias da política ambiental urbana; os processos de decisão a fim de preservar as APP e evitar a sua ocupação inadequada; o apoio aos programas de prevenção de desastres; a avaliação de potencialidades e necessidades na recuperação e preservação das APP situadas em áreas efetivamente urbanizadas e de expansão urbana. Fonte: http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/areas-verdes-urbanas/%C3%A1reas-de-prote%C3%A7%C3%A3o-permanente

Parques e áreas verdes

Parque urbano é uma área verde com função ecológica, estética e de lazer, no entanto, com uma extensão maior que as praças e jardins públicos. De acordo com o Art. 8º, § 1º, da Resolução CONAMA Nº 369/2006, considera-se área verde de domínio público "o espaço de domínio público que desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização". As áreas verdes urbanas são consideradas como o conjunto de áreas intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea (nativa e introduzida), arbustiva ou rasteira (gramíneas) e que contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades. Essas áreas verdes estão presentes numa enorme variedade de situações: em áreas públicas; em áreas de preservação permanente (APP); nos canteiros centrais; nas praças, parques, florestas e unidades de conservação (UC) urbanas; nos jardins institucionais; e nos terrenos públicos não edificados. Exemplos de áreas verdes urbanas: praças; parques urbanos; parques fluviais; parque balneário e esportivo; jardim botânico; jardim zoológico; alguns tipos de cemitérios; faixas de ligação entre áreas verdes. Fonte: http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/areas-verdes-urbanas/item/8051

Emissões, pacto e metas

Brasil discute na Tailândia a questão dos gases poluentes. Será uma reunião preparatória para a conferência programada para o final do ano Lucas Tolentino O governo federal negociará alianças internacionais para estabelecer medidas de redução de emissões de gases poluentes. A delegação brasileira discutirá, nesta semana, pactos e metas com representantes de outros países durante a Conferência de Mudanças Climáticas, em Bangkok, capital da Tailândia. O encontro será realizado entre 30 de agosto e 5 de setembro. Promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o evento tem a intenção de alinhar países com intenções semelhantes no combate ao aquecimento global. Funcionará como reunião preparatória para as negociações efetivas que estarão em pauta na Conferência das Partes (COP-18), marcada para o fim do ano, em Doha, capital do Qatar. ESTRATÉGIAS Com a participação de representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de outros órgãos, a delegação brasileira desembarcou em Bangkok para defender as estratégias e metas nacionais. “Nesse encontro intermediário, haverá uma discussão técnica da agenda para que, então, os acordados sejam validados na reunião ministerial da COP 18”, explicou o coordenador de Monitoramento de Emissões de Gases de Efeito Estufa do MMA, Adriano Santiago. A Conferência de Bangkok será dividida em três grupos temáticos de trabalho. Um deles abordará os aspectos ligados ao segundo período do Protocolo de Kyoto, mecanismo que estabelece metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países signatários. Os outros dois eixos da conferência se concentrarão nas ações de cooperação de longo prazo e no detalhamento da Plataforma de Durban, que visa a criação de um novo instrumento legal para ser acordado até 2015 e entrar em vigor a partir de 2020. http://www.mma.gov.br/informma/item/8623-emiss%C3%B5es,-pacto-e-metas

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rio+20 aprova texto sem definir objetivos de sustentabilidade

Conferência adotou documento que prevê definição futura de metas. Texto cita erradicação da pobreza como maior desafio do mundo atual. Os 188 países participantes da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável adotaram oficialmente o documento intitulado "O futuro que queremos", nesta sexta-feira (22). O propósito da Rio+20 era formular um plano para que a humanidade se desenvolvesse de modo a garantir vida digna a todas as pessoas, administrando os recursos naturais para que as gerações futuras não fossem prejudicadas. Uma das expectativas era de que a reunião conseguisse determinar metas de desenvolvimento sustentável em diferentes áreas, mas isso não foi atingido. O documento apenas cita que eles devem ser criados para adoção a partir de 2015. O texto final da Rio+20, intitulado "O futuro que queremos", foi publicado no site oficial da conferência (leia o documento, traduzido para os idiomas oficiais da ONU: inglês, espanhol, árabe, russo, francês e chinês). A adoção aconteceu às 19h15, quando o embaixador brasileiro Luiz Alberto Figueiredo consultou a plenária dos líderes e não ouviu objeção. "Fica assim decidido", concluiu, batendo um martelo. Também na plenária de encerramento, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que "o documento final que foi adotado por consenso fornece formação firme para um bem-estar social, econômico e ambiental. Agora é nossa responsabilidade desenvolver isso". "Não podemos mais hipotecar o nosso futuro para as necessidades de curto prazo", alertou. "O documento torna-se, hoje, um marco no conjunto dos resultados das conferências das Nações Unidas ligadas ao desenvolvimento sustentável", discursou a presidente Dilma Rousseff aos delegados. "Um passo histórico foi dado em direção a um mundo mais justo, equânimo e próspero" A presidente ainda afirmou que o país se orgulha de ter organizado e presidido "a mais participativa e democrática conferência, na qual tiveram espaço diversas visões e propostas, buscando sempre manter um equilibrio respeitoso". Trecho criticado é mantido Em relação ao rascunho aprovado pelos diplomatas no início da semana, o documento adotado em definitivo pelos líderes, nesta sexta-feira (22), teve apenas mudanças de formatação, não de conteúdo. Foi mantido, inclusive, o trecho "com total participação da sociedade civil", que ONGs haviam pedido para ser retirado porque consideram que foram excluídas do processo de construção do documento. O documento prevê, entre outras medidas, a criação de um fórum político de alto nível para o desenvolvimento sustentável dentro das Nações Unidas, além de reafirmar um dos Princípios do Rio, criado em 1992, sobre as “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Este princípio significa que os países ricos devem investir mais no desenvolvimento sustentável por terem degradado mais o meio ambiente durante séculos. Outra medida aprovada é o fortalecimento do Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (Pnuma) e o estabelecimento de um mecanismo jurídico dentro da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Unclos, na sigla em inglês) que estabelece regras para conservação e uso sustentável dos oceanos. Pobreza O texto estabelece a erradicação da pobreza como o maior desafio global do planeta e recomenda que “o Sistema da ONU, em cooperação com doadores relevantes e organizações internacionais”, facilite a transferência de tecnologia para os países em desenvolvimento. Esse sistema atuaria para facilitar o encontro entre países interessados e potenciais parceiros, ceder ferramentas para a aplicação de políticas de desenvolvimento sustentável, fornecer bons exemplos de políticas nessas áreas e informar sobre metodologias para avaliar essas políticas. Por atender restrições de países com visões muito diferentes, o texto da Rio+20 tem sido criticado por avançar pouco: não especifica quais são os objetivos de desenvolvimento sustentável que o mundo deve perseguir, nem quanto deve ser investido para alcançá-los, e muito menos quem coloca a mão no bolso para financiar ações de sustentabilidade. O que o documento propõe são planos para que esses objetivos sejam definidos num futuro próximo (veja abaixo um quadro com o que foi negociado). Críticas O texto da Rio+20 recebeu críticas das próprias delegações que participaram da conferência e de organizações não-governamentais. Os negociadores da União Europeia classificaram a redação de “pouco ambiciosa” e disseram que faltam “ações concretas” de implementação das ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Por sua vez, antes mesmo da ratificação pelos chefes de Estado, integrantes da sociedade civil assinaram uma carta endereçada aos governantes intitulada “A Rio+20 que não queremos”, na qual classificam o texto da conferência de “fraco”. “O documento intitulado 'O futuro que queremos' é fraco e está muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio 92. Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não assegura resultados concretos”, afirma o documento, assinado por mais de mil ambientalistas e representantes de organizações não-governamentais. A carta diz ainda que a Rio+20 passará para a história como uma conferência das Nações Unidas que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado por “graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de recuperação socioambiental do planeta, bem como a garantia, às atuais e futuras gerações, de direitos humanos adquiridos.” O documento termina dizendo que a sociedade civil não ratifica o texto da Rio+20. “Por tudo isso, registramos nossa profunda decepção com os chefes de Estado, pois foi sob suas ordens e orientações que trabalharam os negociadores, e esclarecemos que a sociedade civil não compactua nem subscreve esse documento”, conclui a carta. O que vinha sendo negociado. Como ficou o texto final. CBDR – sigla em inglês para Responsabilidades Comuns Mas Diferenciadas, princípio que norteia as negociações de desenvolvimento sustentável. O princípio oficializa que se espera dos países ricos maior empenho financeiro para implementação de ações, pelo fato de virem degradando o ambiente há mais tempo e de forma mais intensa. Havia rumores de que os países ricos queriam tirar esse princípio do texto, mas ele permaneceu. Fortalecimento do Pnuma – cogitava-se transformar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente em uma instituição com status de agência da ONU, como é a FAO (de Alimentação). O texto prevê fortalecimento do Pnuma, mas não especifica exatamente como. O assunto deve ser resolvido na Assembleia Geral da ONU em setembro. Oceanos – Era uma das áreas em que se esperava mais avanço nas negociações, porque as águas internacionais carecem de regulamentação entre os países. A negociação avançou e o texto adota um novo instrumento internacional sob a Convenção da ONU sobre os Direitos do Mar (Unclos), para uso sustentável da biodiversidade e conservação em alto mar. Meios de Implementação – questão-chave para os países com menos recursos, significa na prática o dinheiro para ações de desenvolvimento sustentável. Os países pobres propuseram a criação de um fundo de US$ 30 bilhões/ano a ser financiado pelos ricos. Avançou pouco. O fundo de US$ 30 bilhões não virou realidade. “A crise influenciou a Rio+20”, admitiu o embaixador brasileiro André Corrêa do Lago. ODS – Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, metas a serem perseguidas pelos países para avançar ambiental, política e socialmente, eram uma das grandes cartadas para a Rio+20. Os objetivos não foram definidos. Inicia-se apenas um processo para rascunhar quais devem ser as metas até 2013. Elas então devem ser definidas para entrarem em vigor em 2015, quando terminam os Objetivos do Milênio. Fonte: http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/rio20-termina-sem-definir-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel.html

Professores levam sustentabilidade para casa

Um grupo de dezenas de professores de escolas do Rio de Janeiro, de outros estados e inclusive de fora do país levam da Rio+20 algo mais que boas recordações: uma série de materiais didáticos e boa dose de entusiasmo para educação ambiental. O grupo participa, nesta sexta-feira - último dia da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável – de oficina de educação ambiental na Fundação Planetário, no Rio de Janeiro, como parte da programação da Rio+20. A oficina, organizada pelo Instituto Supereco, tem apoio do WWF-Brasil e do Programa Água Brasil, concebido pelo Banco do Brasil e desenvolvido em parceria com Fundação Banco do Brasil, Agência Nacional de Águas e WWF-Brasil. O grupo conheceu o livro “Investigando a Biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil”, uma publicação conjunta do WWF-Brasil, Conservação Internacional e Supereco. O livro tem como objetivo apoiar o trabalho de educadores. A obra é uma adaptação brasileira para o material “ExploringBiodiversity”, uma copublicação da Conservação Internacional e do WWF. A publicação pode ser encontrada nos sites da Conservação Internacional e do Instituto Supereco. Além do “Investigando”, os professores levaram para casa também o jogo Reciclando, desenvolvido pelo WWF-Brasil em conjunto com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) pela Galápagos Jogos. “O jogo Reciclando é uma excelente ferramenta de educação. Traz, de maneira lúdica, o universo dos catadores de materiais recicláveis, trabalhando valores como a responsabilidade no consumo e a necessidade de reduzir a geração de resíduos, reutilizar materiais e produtos e encaminhar resíduos para a reciclagem”, conta o coordenador do programa Educação para Sociedades Sustentáveis do WWF-Brasil, Fábio Cidrin. Os professores também receberam exemplares do “Pequeno guia de consumo para um mundo pequeno”, publicação lançada durante a Rio+20 com dicas para o consumo responsável. A publicação, em papel certificado, tem dicas relacionadas à casa, ao trabalho, locomoção. A bióloga Terezinha Martins, do WWF-Brasil, fez ainda, durante o evento, uma apresentação do cálculo da pegada ecológica, método que mede o impacto da ação humana sobre a natureza. “Esse tipo de oficina é muito útil para o trabalho em sala de aula, porque amplia a nossa visão sobre o assunto”, disse a professora carioca Zoraia Leite da Silva. A professora GiulianaZegarra, do Peru, se disse entusiasmada para voltar para casa e começar um projeto piloto de educação ambiental usando os novos conhecimentos eferramentas que conheceu na oficina. “Tudo aqui é muito novo para mim. Precisamos desse trabalho continuado para fazer a mudança necessária”, disse. Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?31742

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Rio+20 sem ciência

sáb, 16/06/12 por andre trigueiro | categoria Mundo Sustentável, Rio+20 Depois de cinco dias reunidos na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ), 500 cientistas de 75 países – seis deles Prêmios Nobel – produziram um relatório contundente em que resumem a situação do planeta. Entre outras informações, eles dizem que “há evidências científicas convincentes de que o atual modelo de desenvolvimento está minando a capacidade de o planeta responder às agressões do homem”. Manifestam preocupação com o fato de que “os níveis de produção e de consumo poderão causar mudanças irreversíveis e catastróficas para a humanidade”. Mas asseveram que “temos conhecimento e criatividade para construir um novo caminho. Entretanto, é preciso correr contra o tempo”. O Prêmio Nobel de Química,Yuan Tse Lee, de Taiwan, foi escolhido pelos colegas para uma missão quase impossível: resumir em apenas dois minutos para os chefes de estado no Riocentro o que de mais importante aparece no relatório. Apenas 120 segundos serão suficientes para inspirar nas principais lideranças do mundo o devido senso de urgência? Bom, foi este o tempo definido pelo protocolo da ONU. Perguntei ao dr.Yuan qual seria a mensagem mais importante do relatório. “Não temos muito mais tempo para transformar a sociedade, torná-la sustentável. Se continuarmos nesse ritmo, vai ficar cada vez pior. Entraremos numa grande enrascada”, disse ele, para em seguida arrematar com um lampejo de confiança no futuro:”Não temos o direito de ficar pessimistas. Estou feliz a de ver tantos jovens no Rio”. Quem também estava no encontro foi o climatologista Carlos Nobre, que nesta semana teve a honra de escrever o editorial da prestigiada revista científica Science com o sugestivo título de “UNsustainable? (com as iniciais da ONU em maiúsculas no início da palavra “insustentável” em inglês) onde afirmou que o mundo “saiu da zona de segurança”. Perguntei a ele se a classe política está ouvindo os alertas dos cientistas. “Nós estamos tendo dificuldade de comunicar a todos os tomadores de decisão o senso de urgência. Tempo talvez seja o recurso mais escasso na questão do desenvolvimento sustentável”. Ao ser indagado sobre o que estava em jogo, caso as recomendações dos cientistas não fossem consideradas pelos tomadores de decisão, o atual secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação respondeu com indisfarçável preocupação. “O risco de excedermos alguns limites planetários existe. Os recursos não são infinitos e a capacidade da Terra absorver os choques também não. No caso do clima, por exemplo, provavelmente também já estamos operando fora da margem de segurança”. Para Carlos Nobre, “a urgência da situação planetária requer decisões também urgentes e ações imediatas. Essa distância entre o que os cientistas percebem como urgente e a as respostas dadas pelo sistema político configura o descompasso”. Deixei a PUC intrigado não apenas pela contundência de mais um alerta da comunidade científica, mas também pela ausência de jornalistas interessados em cobrir o maior evento paralelo da Rio+20 na área da ciência. Será que nós, profissionais de imprensa, também estamos em descompasso com as informações relevantes descortinadas pela comunidade científica? Será este um assunto restrito às mídias especializadas ou todos os jornalistas e comunicadores deveriam abrir mais espaços, especialmente em tempos de crise, para o que os cientistas estão dizendo? Vale a reflexão. E, sobretudo, a ação. Fonte: http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Secretaria de Meio Ambiente de Acaraú promove concurso de redação com alunos do fundamental II de Acaraú

Finalmente temos uma vencedora do Concurso de Redação. Após uma análise criteriosa,comandada pelo Diretor de Educação Ambiental, Manoel Avelar Ribeiro, a SEMAM congratula a aluna Monalisa Araújo Rodrigues, do 9º ano "A", da Escola Maria Conceição Araújo, Distrito de Aranaú, bem como seu Professor orientador Clairton José de Freitas. A aluna Monalisa receberá uma bicicleta como prêmio e o Professor Clairton receberá um aparelho celular. Abaixo a redação premiada:
Fonte: http://semamacarau.blogspot.com.br/

sábado, 26 de maio de 2012

Dilma veta 12 pontos no Código Florestal

lei ambiental Das alterações, 14 recuperaram o que foi aprovado no ano passado pelo Senado Federal Brasília. A presidente Dilma Rousseff vetou 12 pontos do projeto do novo Código Florestal aprovado pelo Congresso. As alterações foram apresentadas ontem no Palácio do Planalto pelos ministros Izabella Teixeira (Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União). Para a ministra do Meio Ambiente, o veto parcial evita a insegurança jurídica FOTO: AGÊNCIA BRASIL Na ocasião, os ministros mostraram apenas alguns dos itens que foram alterados, sem detalhamentos. O relatório completo será publicado no "Diário Oficial da União" da segunda-feira. "Não queremos antecipar essa divulgação sem fazê-la ao Congresso Nacional", disse o ministro da AGU, Luis Inácio Adams. Ele destacou os vetos aos artigos 1º e 61. De acordo com Adams, além dos vetos, foram promovidas 32 modificações. Destas, 14 recuperam o texto aprovado no Senado, cinco correspondem a dispositivos e 13 tratam-se de ajustes ou adequações de conteúdo ao projeto de lei. As alterações pretendidas pelo governo serão editadas através de Medida Provisória, que será publicada, juntamente com os vetos, no "DO" de segunda. Segundo a ministra Izabella Teixeira, o governo buscou "recompor o texto do Senado, preservar acordos, respeitar o Congresso, não anistiar o desmatador, preservar os pequenos proprietários, responsabilizar todos pela recuperação ambiental, manter os estatutos de APP e de Reserva Legal". "Aquilo que foi feito na Câmara foi vetado pela presidente da República", enfatizou a ministra. Já Mendes Ribeiro disse que as decisões não devem ser consideradas como pró-ambientalistas ou como pró-ruralistas. "Esse não é código dos ambientalistas, não é o código dos ruralistas, este é o código do bom senso". Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1142012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Código Florestal, E por que devemos nos preocupar com isso?

As mudanças propostas no projeto de reforma do Código Florestal trazem, claramente, prejuízos e impactos para comunidades florestais, rurais e urbanas, ecossistemas, florestas, biodiversidade e para a própria agricultura, que depende de solo, água e clima para ser produtiva. É possível a agricultura aumentar sua produtividade sem que haja novos desmatamentos. Para isso, é preciso investir na recuperação de áreas degradadas.

Não podemos permitir que o projeto de reforma do Código Florestal promova desmatamento, destrua ecossistemas e coloque em risco a integridade de nossas florestas, dos nossos recursos hídricos, com consequências para toda a sociedade brasileira.

O vídeo "Código Florestal" mostra de maneira simples - mas contundente - as trágicas consequências do desmatamento para a vida das pessoas, tanto no campo quanto nas cidades.

Ajude-nos a disseminar esse vídeo para o maior número de pessoas possível, por meio de blogs, link em seus perfis das redes sociais, ou mesmo conversando sobre o assunto em casa, no trabalho e com amigos.



Fonte: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/temas_nacionais/codigoflorestal/video/

quinta-feira, 29 de março de 2012

Semana da Árvore incentiva a recuperação da mata ciliar

São 73 cidades do Ceará envolvidas na Semana da Árvore. A espécie homenageada nesta edição é o ipê-branco

Crateús Nesta semana, o Estado do Ceará comemora a Semana da Árvore, com o tema "Consciência ecológica. Mais do que uma ideia, uma atitude", promovida pelo Governo do Estado. Em todas as regiões, os Municípios realizam manifestações acerca da data. O objetivo da semana, que teve início na segunda-feira e segue até amanhã, é despertar a consciência da população em relação ao meio ambiente, e incentivar o reflorestamento das margens dos rios cearenses (mata ciliar).

Em fevereiro deste ano, o Grupo Edson Queiroz lançou a campanha "Plante uma árvore. Semeie esta ideia!", cujo objetivo é transformar Fortaleza numa capital mais arborizada. Desde então, diversas ações vêm sendo realizadas na cidade e também em outros Municípios do Ceará.

A Festa Anual da Árvore acontece simultaneamente em 73 cidades e, nesta edição, homenageia a árvore ipê-branco. Visita às margens do rio Maranguapinho e o plantio de mil mudas de plantas para o reflorestamento marcaram o início da semana da árvore em Fortaleza, aberta pelo governador Cid Gomes, pelo secretário das Cidades, Camilo Santana, e pelo presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), Paulo Henrique Lustosa.

No Interior, a festa movimenta ambientalistas, estudantes, ONGs, secretarias de Meio Ambiente e população em geral. Em todas as localidades envolvidas, acontece distribuição de mudas e palestras sobre a tarefa de cada pessoa em preservar o meio em que vive, cuidando das plantas, da água, da terra e do ar.

Neste Município, várias ações foram realizadas, tanto na sede como na zona rural. Palestras, recolhimento de matérias recicláveis, distribuição de mudas, oficinas de reciclagem de papel, visitas a viveiros de plantas nas Escolas, entre outras atividades mobilizaram a comunidade em torno da conscientização sobre as questões ambientais.

Para o secretário de Meio Ambiente, Wanderley Marques, a comemoração chama a atenção para o cuidado com as espécies nativas da região. "Ao realizarmos essas ações, sensibilizamos as pessoas para a preservação das árvores, especialmente daquelas nativas da nossa região. Ao levar uma muda para casa, a pessoa se sente responsável pelo seu plantio e cuidado", acredita.

Mudas

Em torno de 500 mudas foram distribuídas no Município durante a Semana. Estudantes, jovens e adultos tiveram a oportunidade de conhecer plantas nativas e levar para casa mudas de aroeira, ypê, trapiá ou as frutíferas goiaba, cajá e caju, distribuídas nas praças públicas da cidade e na zona rural, nas localidades de Jardim e Tapuio, onde escolas já realizam projetos ambientais.

No Município de Tauá ocorreu a inauguração do escritório do Projeto Mata Branca, na Superintendência Municipal do Meio Ambiente (Supermata), além de visitas a projetos de sustentabilidade ambiental na Escola Francisca Cavalcante Fialho, no distrito de Barra Nova. Outra ação foi a entrega de equipamentos para o Centro de Apoio à Prevenção de Queimadas do Corpo de Bombeiros, também realizada na unidade do órgão em Crateús.

A bióloga Ivoneide Soares aplaudiu a ação do Governo do Estado. "É uma atividade que deve ser constante e, aqui no Ceará, deve ser incentivado o plantio de espécies nativas para as pessoas conhecerem e valorizarem", afirma.

O estudante Claudecir Justino, de 11 anos, diz que o evento propiciou aprendizado. "Aprendi nas palestras que as plantas da Caatinga são importantes para nós que vivemos aqui e para todo o planeta. Não devemos desmatar jamais", destaca.

No Município de Aurora foi realizado evento alusivo à data. Autoridades estaduais e municipais estiveram reunidas no auditório da Escola Estadual de Educação Profissional Leopoldina Gonçalves Quezado, no Bairro Araçá. A gestora ambiental do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), Débora Freire, proferiu palestra sobre o tema da Semana.

Mais informações

Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) -
Rua Osvaldo Cruz, nº 2366,
Dionísio Torres, Fortaleza/CE
Telefone: (85) 3101-1234

SILVÂNIA CLAUDINO
REPÓRTER
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1120449

Árvores seriam solução para calor

Aula inaugural do curso de Pós-Graduação em Paisagismo da Unifor refletiu sobre questões socioambientais

O desenvolvimento de grandes áreas verdes em Fortaleza é importante porque contribui para evitar a formação de ilhas de calor. A opinião foi proferida, ontem, pelo professor, arquiteto e urbanista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), Caio Boucinhas. A constatação vai ao encontro da campanha promovida pelo Grupo Edson Queiroz "Plante uma árvore, semeie esta ideia", que tem como finalidade a arborização da Capital.

"Apesar de Fortaleza ter brisas, é uma cidade muito quente, e uma grande arborização seria fundamental para evitar isso", afirmou o professor, durante a aula inaugural da segunda turma da Pós-Graduação em Paisagismo da Universidade de Fortaleza (Unifor). Boucinhas ministrou a palestra "A cidade na natureza, a natureza na cidade: harmonia possível e necessária".

Ainda sobre a importância do desenvolvimento de áreas arbóreas em uma cidade, o professor afirma que diversos são os benefícios para a questão ambiental. Segundo ele, a arborização é fundamental, pois tira os poluentes do ar, melhorando assim sua qualidade, possibilita uma melhor infiltração da água da chuva, além de deixar a cidade muito mais bonita e agradável.

O professor alerta para o limite que as nossas cidades devem ter em termo de crescimento urbanístico, e cita, como exemplo, São Paulo, que, segundo ele, se trata de uma mancha urbana de 19 milhões de habitantes, e que enfrenta uma tragédia socioambiental. "Fortaleza precisa procurar a solução para ser uma cidade compacta, mas ambientalmente correta, justa e bonita", afirma o especialista.

Entre as principais causas de deterioração das condições ambientais em uma cidade, Boucinhas afirma que estão o desconhecimento sobre as questões ambientais e a ocupação desordenada, que causa sérios danos ao ambiente. Ainda segundo ele, a sociedade civil, em todas as suas formas de organização, desde a pessoa mais carente até a organização das indústrias, tem um papel importante, que é o de exigir transformações em prol de um ambiente mais saudável.

A palestra foi aberta ao público e refletiu sobre os desafios para o urbanismo no século XXI, as megalópoles, as questões socioambientais e os desafios da legislação ambiental.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1120796

sábado, 24 de março de 2012

Hora do planeta

Dia 31 de Março é o dia de apagarmos as luzes de nossas casas para minimizarmos os problemas causados pelo aquecimento global. Seja mais um a participar desta ação ambiental.
Inforeme-se mais no site abaixo.
http://www.wwf.org.br/participe/hora_do_planeta_2012/

domingo, 11 de março de 2012

Semiárido é rico na diversidade de pássaros


Um casal de rolinhas Caldo-de-feijão em galho de castanholeira foi a primeira fotografia de Antonio Carlos
As fotos do colaborador do Diário do Nordeste, Antonio Carlos Alves, são resultado de um trabalho de cinco anos

Fortaleza. "Passei a ter uma visão diferente da natureza. Como é que pode? Os homens vivem no mundo se agredindo, destruindo o meio ambiente e os pássaros vivem nessa harmonia maravilhosa". A frase é do colaborador do Diário do Nordeste nos Sertões de Canindé, Antonio Carlos Alves, autor do ensaio fotográfico de pássaros que vivem na região. Foram cinco anos de trabalho, dois mil quilômetros percorridos e mais de 500 fotografias tiradas na região.

Antonio Carlos, que produz matérias em 12 Municípios da localidade, conta que a vontade de fotografar pássaros surgiu após incentivos da bióloga Alecsandra Parssoni e do veterinário Henrique Weber, que trabalham no Zoológico de Canindé.

A primeira imagem, de um casal de rolinhas Caldo-de-feijão sobre um galho de castanholeira, foi captada da janela do apartamento onde Antonio Carlos mora, em Canindé. "Achei aquela cena maravilhosa", diz, destacando que, desde então, a vontade de registrar outros pássaros só aumentou.

O trabalho, no entanto, foi desafiador, porque Antonio Carlos não saía de casa exclusivamente para fotografar as espécies, mas para fazer matérias para o jornal. "Todas as fotos foram feitas em momentos de sorte. Eu estava com a câmera na mão no lugar certo e na hora certa", fala.

A frase de Antonio Carlos nos remete ao fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson, pai do conceito que virou premissa máxima do fotojornalismo: o "instante decisivo", a hora certa em que o dedo tem de apertar o botão da câmera para registrar um momento único, que não se repete nem um segundo antes e nem um segundo depois.

Mesmo assim, por muita vezes, Antonio Carlos não conseguiu fotografar os pássaros que via, pois, no momento em que tentava ajustar a câmera, as aves voavam. Ele conta que, das imagens que não pôde captar, a que mais marcou foi a de dois carcarás brigando no ar. "Infelizmente, eles pararam quando eu fui trocar a lente da câmera".

Nova cultura

Na opinião do biólogo Thieres Pinto, da Sertões Consultoria Ambiental, a atividade realizada por Antonio Carlos, que também vem sendo desenvolvida por outros fotógrafos, ajuda a conscientizar as pessoas sobre a importância preservação ambiental. "O número de indivíduos que fotografam pássaros vem crescendo bastante no Ceará, que já tem aproximadamente 250 observadores. Essa atividade que o fotógrafo realiza substitui a cultura antiga da caça de passarinhos", acredita o biólogo.

De acordo com Thieres Pinto, existem cerca de 380 espécies de aves registradas no Estado. Contudo, informa que outros pássaros podem existir. Logo, o trabalho dos observadores também ajuda a encontrar espécies ainda não catalogadas.

Todas as aves fotografadas por Antonio Carlos, segundo o biólogo, são nativas do Semiárido nordestino. Uma, porém, não ocorre com frequência no Ceará, como é o caso do Papagaio-urubu, mais comum no Piauí. "Das espécies do ensaio, a que mais sofre risco de extinção é o Periquito-cara-suja", fala Thieres.

Fiscalização

Conforme o chefe de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rolfran Ribeiro, somente no ano passado foram apreendidos, no Ceará, 6.060 animais, dentre pássaros e mamíferos, tanto no Interior do Estado quanto em Fortaleza e na Região Metropolitana. Neste ano, já foram 200 animais apreendidos, principalmente em feiras. Após a apreensão, as espécies são enviadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Messejana. Depois de tratados, os pássaros são devolvidos ao meio ambiente ou encaminhados a criadouros cadastrados no Ibama.

RAONE SARAIVA
ESPECIAL PARA O REGIONAL
Veja mais imagens no link abaixo.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1113458

terça-feira, 6 de março de 2012

Dia Mundial da água: “O mundo tem sede porque temos fome” Publicado em 05/03/2012 - 13:43 por Maristela Crispim | Comentar




O Dia Mundial da Água é comemorado anualmente em 22 de março como um meio de focar a atenção sobre a importância da água doce e defender a gestão sustentável deste recurso.

Atendendo recomendação da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) designou o dia 22 de março de 1993 como o primeiro Dia Mundial da Água.

A cada ano, a data serve para destacar um aspecto específico da água doce. O tema deste ano está ligado à Segurança Alimentar, considerando que a população mundial alcançou a marca dos 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro passado e que a previsão é que haverá outros dois bilhões até 2050.

Segundo o site da ONU dedicado ao tema – disponível em Inglês, Francês e Espanhol – as estatísticas indicam que cada pessoa bebe de dois a quatro litros de água diariamente e a maior parte da água que ingerimos está nos alimentos que consumimos.

“Enquanto um bilhão de pessoas no mundo já vivem em condições de fome crônica e os recursos hídricos sofrem sofrem pressões, não dá para fingir que o problema não é nosso”, destaca o texto introdutório ao tema.

O desafio lançado é enfrentar o crescimento populacional e garantir acesso a alimentos nutritivos para todos, o que exige uma série de medidas às quais todos podemos dar contribuição, consumindo produtos que não façam uso intensivo de água; reduzindo o desperdício de alimentos; produzindo mais alimentos, de melhor qualidade, com menos água, por exemplo.

No Brasil

Em comemoração à data em nosso País, a Agência Nacional de Águas (ANA) lançou hoje o hotsite “Águas de Março”, para abrigar informações sobre os eventos nacionais, estaduais, municipais de organizações ligadas aos recursos hídricos, em especial neste 2012, com o tema “Água e Segurança Alimentar”.

Além dos eventos, o site abriga notícias, cartilhas, vídeos, dicas e exemplos de uso racional da água. Para conhecer a página ou cadastrar eventos, acesse www.ana.gov.br e fique por dentro do que acontece no Brasil em comemoração ao Dia Mundial da Água 2012.
Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental/

Brasil vai sediar o Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano





O United Nations Environment Programme (Unep), programa das Nações Unidas para o meio ambiente, anunciou que o Brasil vai sediar neste ano o Dia Mundial do Meio Ambiente (WED, sigla em inglês). O evento acontece em 5 de junho.

Com o tema “Economia verde: isto inclui você?” o evento pede a todos para avaliar quais os hábitos diários contribuem para o desenvolvimento econômico, social e ambiental de um mundo de 7 bilhões de pessoas – e que deve chegar a 9 bilhões em 2050.

O Brasil foi o anfitrião em 1992 da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). Mais conhecido como Eco92 (Cúpula ou Cimeira da Terra), o evento reuniu líderes globais para discutir o futuro, diante de um mundo que começava a se preocupar com o meio ambiente e a sustentabilidade.

“Ao celebrar o WED no Brasil em 2012, estamos voltando às raízes do desenvolvimento sustentável contemporâneo, a fim de achar um caminho para a sustentabilidade e que crie oportunidades para um novo século”, diz em nota o sub-secretário geral e diretor executivo do Unep, Achim Steiner.

“Três semanas após o WED, o Brasil vai sediar o Rio+20, em que líderes mundiais vão se reunir para projetar o futuro da sustentabilidade como uma locomotiva a caminho de mudanças para as economias crescerem, empregos serem criados, sem empurrar o mundo para fora de fronteiras planetárias”, acrescentou.

Com 200 milhões de pessoas, o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo e o quinto maior fisicamente, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Por isso, foi escolhido para sediar o evento. Além disso, nos últimos anos, tomou diversas medidas para resolver os problemas de desmatamento, como na Amazônia, por meio de esforços de fiscalização e de iniciativas de monitoramento por parte do governo brasileiro.

De acordo com estimativas levantadas pela Unep, o Brasil tem realizado recentemente uma das maiores reduções de emissões de gases de efeito estufa no mundo, como resultado de conquistas na redução das taxas de desmatamento.

O País é também o líder mundial em produção sustentável de etanol para abastecer veículos e está expandindo o desenvolvimento de outras áreas, como a energia eólica e sistemas de aquecimento solar.

“Estamos muito satisfeitos por acolher esta celebração global. O Dia Mundial do Meio Ambiente vai ser uma grande oportunidade no Brasil para apresentar previamente os aspectos ambientais do desenvolvimento sustentável para a conferência Rio +20”, disse a ministra brasileira de Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O WED 2012 vai enfatizar como as ações individuais podem ter um impacto exponencial no mundo. Para isso, trará grande variedade de atividades que englobam maratona, dia sem carro, concurso de blogs verdes, exposições e passeatas em todo o País.

Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental/

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ceará tem 55 espécies animais ameaçadas de extinção

O anúncio da descoberta do cachorro-vinagre, feito no mês passado, elevou para 55 o número de espécies ameaçadas de extinção encontradas no Ceará.

A listagem é feita pelo Ministério do Meio Ambiente, no chamado Livro Vermelho da Fauna, através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A versão online do caderno Regional, em parceria com o blog Ceará Científico, e com a TV DN foi investigar quais são as espécies que correm mais risco de desaparecer e que iniciativas estão sendo tomadas para evitar essas extinções.

São sete espécies de mamíferos, quinze de aves, quatro de répteis, duas de anfíbios, sete de peixes, uma de inseto, três de crustáceos, três de moluscos, duas de cnidários e onze de equinodermos.

Confira entrevista exclusiva com a bióloga Thais Moura Campos
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O anúncio da descoberta do cachorro-vinagre, feito no mês passado, elevou para 55 o número de espécies ameaçadas de extinção encontradas no Ceará.

A listagem é feita pelo Ministério do Meio Ambiente, no chamado Livro Vermelho da Fauna, através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A versão online do caderno Regional, em parceria com o blog Ceará Científico, e com a TV DN foi investigar quais são as espécies que correm mais risco de desaparecer e que iniciativas estão sendo tomadas para evitar essas extinções.

São sete espécies de mamíferos, quinze de aves, quatro de répteis, duas de anfíbios, sete de peixes, uma de inseto, três de crustáceos, três de moluscos, duas de cnidários e onze de equinodermos.


As mais ameaçadas

O método de classificação mais aceito no mundo para determinar o risco de extinção foi criado pela organização não-governamental suíça IUCN (sigla inglesa para União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), em 1963.

Ela divide as espécies em sete graus de ameaça: extinta, extinta na natureza, criticamente em perigo, em perigo, vulnerável, quase ameaçada e pouco preocupante.

No Ceará, as espécies que se encontram em pior situação são classificadas como criticamente em perigo. São elas: peixe-boi marinho, tartaruga-de-couro, periquito-cara-suja e soldadinho-do-araripe.

Das quatro espécies, três são protegidas pelo trabalho da ONG Aquasis, com sede em Iparana, no município de Caucaia.

De acordo com a bióloga Thais Moura Campos, coordenadora de Áreas Protegidas da Aquasis, "o soldadinho-do-araripe é a mais ameaçada das espécies que a gente trabalha, por ter uma distribuição muito restrita. Ele só ocorre lá na Chapada do Araripe."

Degradação ambiental e tráfico entre principais inimigos

De acordo com a pesquisadora, os maiores fatores de risco para uma espécie animal no Ceará são "principalmente a perda dos locais de reprodução na zona costeira e o tráfico de animais silvestres."

O primeiro fator é uma das principais ameaças ao peixe-boi marinho. Já o segundo põe em risco enorme a sobrevivência dos periquitos-cara-suja na natureza.

Quanto a essa espécie, Thais afirma que "há um trabalho bastante intenso lá no Maciço de Baturité, inclusive com antigos traficantes que hoje são parceiros do projeto."

Falta pesquisa no Estado

Um terceiro fato, às vezes difícil de se identificar como ameaça ambiental, é o desconhecimento sobre grande parte da fauna cearense. "A gente precisa ter trabalhos de levantamento de espécies das regiões aqui do Ceará, que são muito pouco conhecidas", defende a bióloga.

De acordo com Thais, "o levantamento de fauna é a base para gente ver que espécies ocorrem na região, quais delas estão em menor número e quais delas estão bastante ameaçadas."

Como prevenir extinções

Para a conservacionista "o principal passo para evitar a extinção de uma espécie é o planejamento. Tem que reunir todas as informações que existem sobre a espécie, onde ela ocorre, do que ela se alimenta, o que a está ameaçando e fazendo com que os indivíduos sejam mortos ou tirados da natureza."

Extinção zero?

Quanto à realidade estadual, a bióloga afirma que "conseguir atingir extinção zero é um pouco utópico, mas a gente trabalha para tentar chegar o mais próximo disso e evitar extinção de espécies no Ceará."

Ela também integra na Aquasis o programa Extinção Zero. "A gente tem priorizado as espécies que estão com risco mais iminente de extinção, que estão correndo risco de desaparecer mais rápido que as outras para tentar evitar."

Outra iniciativa da organização para evitar extinções é a construção de um "centro de reabilitação de mamíferos marinhos, que com certeza será referência nacional, focado principalmente na reabilitação dos filhotes de peixe-boi para que eles possam ser depois ser devolvidos à natureza."

Extinção, trágica mais comum

Estima-se que mais de 90% das espécies que já viveram na face da Terra foram extintas, a maioria por causa naturais e um número indeterminado por ação direta ou indireta do homem.

O maior evento de extinção em massa aconteceu há 250 milhões de anos, quando cercade 90% de todas as espécies que viviam na época desapareceram.

A mais famosa, no entanto, foi a extinção causada pela provável queda de um asteroide há 65 mihões de anos, que vitimou grandes grupos animais como os dinossauros.

Fauna: o Ceará (ainda) tem disso sim

Para saber mais sobre todas as espécies ameaçadas de extinção no Estado acompanhe a série "Fauna: o Ceará (ainda) tem disso sim!", que segue de hoje até sexta-feira, no blog Ceará Científico.

No infográfico abaixo você terá uma noção da distribuição geográfica, características e hábitos de algumas das espécies mais ameaçadas por grupo animal:

Visulize no link http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=334651&modulo=970