sábado, 12 de junho de 2010

Reciclagem de Lixo , dicas.

COLETA SELETIVA: O que pode ser reciclado?

Fundação Aprender

Saiba o que pode ser encaminhado para a coleta seletiva e o que deve ir para o lixo comum.

Recolha seu lixo!

Muita gente joga fora coisas no lixo sem se preocupar o fim que aqueles resíduos irão tomar. Mas em nossos tempos muitas pessoas estão acordando para o consumo responsável e a quantidade de lixo produzido pela humanidade diariamente. Seguem algumas instruções sobre como dar uma finalidade nobre para seu lixo!

Papel

Separe para reciclagem:

  • papéis de escritório
  • papelão
  • caixas em geral
  • jornais
  • revistas
  • livros
  • listas telefônicas
  • cadernos
  • papel cartão
  • cartolinas
  • embalagens longa-vida
  • listas telefônicas
  • livros

Evite o consumo, pois não são recicláveis:

  • papel carbono
  • celofane
  • papel vegetal
  • termofax
  • papéis encerados ou palstificados
  • papel higiênico
  • lenços de papel
  • guardanapos
  • fotografias
  • fitas ou etiquetas adesivas

Plástico

Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:

  • sacos
  • CDs
  • disquetes
  • embalagens de produtos de limpeza
  • PET (como garrafas de refrigerante)
  • canos e tubos
  • plásticos em geral

Evite o consumo, pois não são recicláveis:

  • plásticos termofixos (usados na indústria eletro-eletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos)
  • embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos)
  • isopor

Vidros

Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:

  • garrafas de bebida
  • frascos em geral
  • potes de produtos alimentícios
  • copos

Evite o consumo, pois não são recicláveis:

  • espelhos
  • cristais
  • vidros de janelas
  • vidros de automóveis
  • lâmpadas
  • ampolas de medicamentos
  • cerâmicas
  • porcelanas
  • tubos de TV e de computadores

Metais

Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:

  • latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco)
  • latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas)
  • tampas de garrafa
  • embalagens metálicas de congelados
  • folha-de-flandres

Jogue no lixo, pois não são recicláveis:

  • clips
  • grampos
  • esponjas de aço
  • tachinhas
  • pregos
  • canos

Orgânicos

O que não for óleos e gorduras, cave um buraco na terra para depositar estes materiais. Após estar completo, tampe e comece a preencher outro buraco. As plantas agradecem! Se mora em apartamentos ou não possa usar a terra, procure na internet sobre COMPOSTAGEM e veja a melhor maneira de cuidar dos seus resíduos orgânicos.

O que fazer com os materiais não reciclados

Evite o consumo destes produtos. Por exemplo, prefira o queijo embalado em papel do que em pratos de isopor e filme de PVC. Não compre filme de PVC para embalar alimentos. Se tiver espaço em casa, armazene. Um dia poderá ter alguma utilidade, ou ser inventado alguma forma de reciclar estes materiais.

A NATUREZA AGRADECE!

Fonte: http://www.fundacaoaprender.org.br/coleta-seletiva

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Plantar ÁRVORES NATIVAS é fundamental para garantir a Biodiversidade local

Qua, 05 de Março de 2008 00:00
  1. Nativas – Ocorrem naturalmente em uma determinada região
  2. Exóticas – São plantadas estranhas ao meio, oriundas de outras regiões, países ou continentes

Porque plantar ÁRVORES NATIVAS

Qualidade do arUma planta jovem produz mais oxigênio do que gás carbônico, enquanto uma árvore velha faz o processo contrário.
Alimento ilimitadoAs árvores frutíferas produzem alimento natural o ano todo. Isso pode ser a solução para a fome mundial!
Prevenção contra enchentes Uma árvore adulta pode absorver do solo até 250 litros de água por dia.
Mantém o ciclo natural do ambienteA água absorvida contém nutrientes de matéria orgânica, como fezes de animais. Por sua vez, as folhas e frutos das árvores são consumidos pelos animais, que liberam seus dejetos novamente no solo, para mais tarde ser levado pelas águas da chuva e assim sucessivamente.
Servem de abrigoAs raízes das árvores, quando próximas a rios, ficam expostas dentro da água, servindo de abrigo para os peixes.
Refrescam o ambienteUma árvore adulta transpira até 400 litros de água por dia, o que refresca o equivalente a cinco condicionadores de ar com capacidade de 2.500 kcal cada, trabalhando 20 horas por dia!
Diferenciam a temperaturaA temperatura no centro de uma cidade chega a ficar 6°C acima do que em bairros distantes (ou mais arborizados).
Sombra frescaA radiação solar fica acumulada na copa das árvores, tornando o chão mais fresco e ameno.
Isolamento naturalAs árvores impedem a propagação de sons, formando uma parede acústica ao seu redor.
Fauna Com o plantio de árvores, os animais terão fontes de alimento e habitat para reproduzir, prevenindo a extinção de espécies ameaçadas.
Harmonia nativaNão existe competição entre as árvores, favorecendo o crescimento conjunto das plantas.
Resistentes a pragasEspécies nativas não são exterminadas por doenças, pois já desenvolveram uma defesa própria para cada região.
Previne erosão do soloA camada formada no solo pelas folhas forma uma proteção da ação direta da chuva na terra, o que causa a erosão. A erosão pode ser prejudicial em diversas formas:
- em rios:A erosão leva terra para o fundo do rio, deixando-o mais raso. Com isso, o rio seca nos períodos de pouca chuva, matando os peixes e destruindo os mananciais naturais.
- no solo:A erosão leva as sementes embora, não permitindo o nascimento de novas plantas.
- aos animais:A água forte tampa os ninhos de animais que os fazem no chão, matando os filhotes.
- aos lençóis freáticos:Local sem vegetação não possui boa absorção de água, não dando tempo para a água da chuva penetrar no solo. Isso prejudica os lençóis freáticos, extinguindo rios e lagos.

Porque NÃO plantar árvores exóticas

Proliferação descontroladaPor não possuírem predadores naturais, essas espécies se multiplicam sem controle, se tornando uma praga.
Relacionamento desarmoniosoNão possuem boa relação com as árvores nativas, chegando a matar suas concorrentes.
Absorção exageradaAlgumas espécies exóticas absorvem muita água, deixando o terreno seco e impróprio para plantio.
Fácil germinaçãoAlgumas espécies possuem sementes de fácil germinação, necessitando somente de um ambiente não muito seco. Com isso, elas podem se tornar uma praga predominante.
Crescimento rápidoEssas árvores possuem o crescimento muito rápido e disputam pela sombra de outras plantas de forma desigual.

Fonte: http://www.consultorsocial.com.br/viveiros/noticias/57-plantar-arvores-nativas-e-fundamental-para-garantir-a-biodiversidade-local.html

Importância das árvores





Porque Plantar?


Árvore, uma verdadeira maquina complexa e silenciosa.

Cada ser vivo tem seu lugar na natureza e realiza muitas tarefas.

As árvores são muito importantes tanto para nossas vidas como para o equilíbrio da natureza.

Diariamente, uma árvore com 10 metros de altura absorve cerca de 250 litros de nutrientes que estão dissolvidos no solo, transportando-os até o mais alto de suas folhas, as folhas por sua vez, absorvem o gás carbônico (Co2), matéria bruta para a transformação dos sais minerais em carboidratos, e a luz do sol, da qual todo o sistema da árvore depende para se desenvolver, este processo chama-se Fotossíntese: foto=luz, e síntese=colocar junto.

Durante este processo a uma árvore de porte médio, libera aproximadamente 2 metros cúbicos de oxigênio puro.

As raízes são os órgãos de alimentação, fixação e sustentação.

Todas as plantas funcionam como fabricas de matéria orgânica e produzem alimento para quase todos os animais sob a forma de raízes, folhas, flores, frutos e sementes.

Calculou-se na Europa, que uma árvore de porte médio transpira o equivalente a 60 litros d’água por dia, a unidade escapa pela folhas na forma de vapor d’água e fica espalhada no ar, sendo que este vapor se mistura com as partículas de poeiras que flutuam no ar ficando cada vez mais pesadas devido ao acumulo e caem ao chão, as árvores são eficientes removedoras de poeiras nas ruas.

Uma pesquisa feita na Alemanha demonstrou que o teor de partículas de poeira em ruas arborizadas é de apenas 25% em relação às não arborizadas.

As grandes quantidades de vapor de água liberadas pelas árvores ajudam a controlar o clima da região.

Por isto, as árvores podem refrescar muito uma rua, um bairro, uma cidade e uma nação.

Uma árvore de porte médio tem o mesmo poder de resfriamento de (4)quatro maquinas de ar condicionado.

Assim como ocorre com as ondas de calor, também as ondas sonoras têm sua energia freada, quando se chocam com a barreira das árvores, ao bater nas folhas o som é em parte absorvido, e parte desviado de seu curso, tornando-se menos intenso ou sendo inteiramente eliminado.

Não poderíamos deixar de mencionar outras importantes funções das árvores no meio ambiente como:

Sua madeira que serve para fabricação celulose, papel, madeiras para móveis e madeiras para construção, de suas folhas e raizes extrai-se óleos medicinais para fabricação de remédios.

Sua beleza, uma árvore é sempre bonita, o verde de suas folhas nos acalma, como é bom encontrar uma árvore quando o dia está muito quente e sol forte.

A copa das árvores quebra o impacto das gotas de chuvas e ao mesmo tempo, o solo fica coberto por uma camada de folhas e galhos secos que caem das árvores formando uma excelente adubo orgânico, sendo esta camada que se forma por cima do solo funciona como uma esponja que absorve a água que cai de mansinho por entre a folhagem das copas.

Esta água pode penetrar devagar na terra e alimentar as águas dos lençóis freáticos;

Na beira dos rios, para protege-los são as chamadas matas ciliares (o nome refere-se aos cílios, que protegem os nossos olhos), são as matas ciliares que ficam nas margens dos rios, sem elas a vida do rio corre perigo, essas matas afofam o solo da beira dos rios, funcionando como uma esponja, alimentando os lençóis de água que por sua vez alimenta o rio através de suas nascentes, suas raízes evitam a erosão, pois retêm as partículas do solo (terra) e outros matérias que iriam parar nos leitos dos rios, diminuindo o oxigênio da água e os alimentos dos peixes.

Ao plantarmos uma árvore, estaremos efetuando o “Seqüestro Legal de Carbono”, sendo as árvores o cativeiro do Co2, pois para a árvore se desenvolver ela necessita do Co2, o qual ela seqüestra do ar no processo de fotossíntese e ainda libera oxigênio puro, mas preste bem atenção à árvore passa a ser o cativeiro, se for cortada ou queimada o Co2 será novamente liberado do cativeiro.

Estes são alguns dos motivos que no Projeto Plantar RECICLAFRUTA da Cia Eco serão plantadas muitas árvores nativas frutíferas.

As árvores frutíferas têm um papel importante na alimentação de aves, insetos e morcegos que são agentes de polinização das flores e de dispersão das sementes de árvores nativas, ajudando a propagar as espécies vegetais num raio de muitos quilômetros e não são destinadas para o corte, e ainda serve de moradia para vários animais.

Se não for contido o Desmatamento, em apenas vinte e cinco anos, mais de 50.000 (cinqüenta mil) espécies de plantas estarão Extintas.

Cerca de 1,5 Km2 de floresta tropical é destruída a cada 6 minutos, neste ritmo, toda a floresta tropical restante estará destruída até o ano 2035.

Atualmente existe apenas uma árvore para cada 500 habitantes em nosso planeta.

Façamos como os índios da Indonésia da tribo Mandelings, jamais aceitaram a responsabilidade de abater uma árvore;

No Brasil os índios acreditam em seres sobrenaturais, como o Curupira e o Caapora, que perseguem e castigam quem destrói as árvores.

As árvores são seres vivos que nascem, crescem, se reproduzem e morrem!

Respeitar a Natureza é respeitar a vida!


Fonte: http://www.ciaeco.org/telas/Materia.asp?Id_Destaque=27

WWF Brasil -

WWF Brasil -

sábado, 5 de junho de 2010

5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente

Ecological Station Juréia-Itatins, visited during a Field Trip in the Atlantic Rainforest, 8-24 August 2009, São Paulo, Brazil.
A harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da natureza tem que deixar de ser mera utopia. Na foto, a Estação Ecológica Juréia-Itatins, uma unidade de conservação situada no litoral sul do estado de São Paulo.

O momento é de ação

O Planeta chega ao Dia Mundial do Meio Ambiente em momento crítico. É preciso agir e agir agora, para minimizar os impactos da sociedade de hoje sobre as futuras gerações.

Num momento em que a Natureza se apresenta especialmente inquieta, com manifestações causadas ou não pelo Homem – mas que cobram um preço alto em vidas –, tais como furacões furiosos, enchentes devastadoras, deslizamentos letais, invernos glaciais, chegamos ao Dia Mundial do Meio Ambiente chamando não somente à reflexão, mas, principalmente, à ação de todos em defesa da vida.

Todos temos como contribuir – direta ou indiretamente – para que as sociedades caminhem rumo à sustentabilidade e para que a harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da natureza deixe de ser mera utopia.
Atitudes individuais e coletivas, como o consumo consciente no dia a dia e a exigência, pela população, do cumprimento das leis por órgãos governamentais em todos os níveis são fundamentais.

À iniciativa privada cabe não somente investir em conservação do meio ambiente, mas, principalmente, assumir uma postura de responsabilidade socioambiental, trabalhando de dentro para fora, com adequação de suas cadeias produtivas e meios de produção, distribuição etc.

À sociedade civil organizada, em especial às ONGs socioambientalistas como o próprio WWF-Brasil, cabe conceber e aplicar soluções, realizar campanhas, mobilizar e facilitar o engajamento de indivíduos, governos e iniciativa privada num esforço conjunto para o bem comum das gerações de agora e do futuro.

E tudo isto tem que ser feito agora. A Natureza já nos envia seus sinais de alerta.

Saiba muito mais:

Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/dia_do_meio_ambiente/

Assoreamento e erosão degradam rios no Estado

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Rio Jaguaribe sofre com uma série de agressões ambientais. Com o desmatamento da mata ciliar que deveria proteger as encostas do fluxo hídrico, o assoreamento compromete o lugar
MELQUÍADES JR.

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MUTIRÃO DE LIMPEZA do Rio Poti, no Município de Crateús, foi uma das ações realizadas no Interior do Estado como parte da programação da Semana do Meio Ambiente
SILVÂNIA CLAUDINO

5/6/2010

Em diferentes municípios do Interior, os sinais da falta de respeito aos recursos naturais é uma evidência crescente

Limoeiro do Norte. O rio está assoreado. Quais? Não existe nenhum rio no Ceará que não sofra de assoreamento. O que muda é o nível de degradação. Rios como o Jaguaribe e o Banabuiú, os maiores e que abastecem mais da metade do Estado, sofrem de assoreamento, erosão das margens e poluição das águas. É o homem quem causa, também é quem sofre as consequências quando chove pouco ou se chove muito.

O rio cheio sem "fundura" se espalha pelos lados, consome as casas. É também neste sábado que os municípios do Interior, principalmente os que estão "em desenvolvimento", presenciam a verdadeira procissão de carros de som, em altíssimo volume, anunciando lojas e festas. Perto, ninguém consegue conversar. Em frente à Academia Limoeirense de Letras, cartazes de festas escondem parte do secular patrimônio arquitetônico. Erros de ortografia e ambientais. Tudo é poluição.

Nos 184 municípios do Estado do Ceará existem 236 grandes depósitos de lixo a céu aberto, os populares lixões. Tem de tudo muito: resto de comidas, material de construção, papéis, móveis, animais mortos e lixo hospitalar. Teoricamente, a caçamba despeja em espaços diferentes, mas na realidade é tudo uma coisa só. E quando a massa suja e fedorenta se decompõe dá origem ao chorume, líquido negro e viscoso que penetra no solo e, quando atinge o lençol freático contamina a água potável que tem contato direto com os rios. O Interior só conta com um aterro sanitário, este em Caucaia. Outros dois estão em fase de execução, na região do Cariri e no Complexo Trairi-Paraipaba-Paracuru. Alguns consórcios intermunicipais para construir aterros continuam no papel, e o papel nas gavetas dos gabinetes municipais.

Paradoxo

Nos espaços públicos e privados de vários municípios brasileiros, inclusive do Ceará, uma realidade paradoxal. Uma fila colorida de diversos baldes, para depósito de lixo orgânico, metais, papeis e vidros. Tudo vira um bolo só quando passa o carro da limpeza pública. É o que acontece em cidades como Tabuleiro do Norte e Quixeré. A menos que um catador atento recolha o material reciclável na própria origem, a chamada "conscientização ambiental" não tem passado de "romantismo ecológico", traduzido em preocupação sem atitude.

Em Limoeiro, um conjunto de mais de 100 mudas de árvores nativas na beira do Rio Jaguaribe foi plantado por estudantes e militantes de órgãos ambientais - até mesmo o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, plantou uma árvore. Hoje, menos da metade continua lá, resistindo às agressões.

Nas prateleiras da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, unidade descentralizada e principal instituição de ensino superior do Vale do Jaguaribe, diversas apostilas e livros trazem um recorte científico da realidade ambiental da região. Com as polêmicas envolvendo doenças e mortes por contaminação de venenos que agridem o meio ambiente, estudantes universitários, outros secundaristas e mesmo as crianças estão ocupando os espaços das bibliotecas para saber o que está acontecendo na região em que vivem, o que não está dito em seus livros didáticos.

Ocupação irregular

O grande impasse dos governos é conciliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade. As comunidades dos litorais leste e oeste vivem do turismo, mas é esse mesmo setor que tem gerado reclamações de quem vê e sofre com a ocupação desordenada, irregular e predatória. Em Canoa Quebrada, pousada invade a falésia (construída há milhões de anos), toma o espaço dos moradores nativos, que antes viviam da pesca, mas pretende empregar esses mesmos moradores em serviços gerais para os turistas que chegam.

A dona-de-casa cuida dos quartos da pousada, o marido ex-pescador vira bugueiro, competindo o território com aventureiros a toda velocidade em seus carros 4x4. A falta de conhecimento da área tem causado acidentes. E no mar de Icapuí, centenas de pescadores olham para o horizonte, prontos para pegarem nas armas e combater os predadores humanos que estão acabando com a lagosta, poluindo o meio ambiente.

É a chamada "guerra da lagosta" que, reiniciada a pesca após o período de defeso, ameaça vidas e desafia as autoridades ambientais no Estado. (MJ)

COMDEMAS

87,5 por cento dos municípios cearenses possuem Conselhos de Defesa do Meio Ambiente (Comdemas). Este crescimento, porém, não verifica-se com as secretarias municipais do setor

SEM MONITORAMENTO

Faltam órgãos para disciplinar setor

Limoeiro do Norte.
Todas as ações de políticas públicas em qualquer município refletem, direta ou indiretamente, no meio ambiente que, reunindo os múltiplos conceitos, pode ser resumido como "o espaço que rodeia e influencia todos os seres vivos e as coisas em geral".

Seguindo a realidade do resto do País, muitos municípios cearenses não possuem órgãos específicos para tratarem das questões ambientais. Muitas secretarias municipais e grupos de conselho da sociedade civil aglutinam uma série de outras finalidades e responsabilidades e os recursos ambientais são tratados como preocupação menor. Em função de conquistar o Selo Verde, aumenta o número de conselhos municipais.

A falta de um órgão ambiental de ação permanente favorece a existência de atividades pontuais, como as que ocorrem hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, em várias cidades do Ceará. Preservação, reciclagem, limpeza, plantio e cuidados sintetizam a missão da educação ambiental, geralmente encampada pelas escolas.

De acordo com o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), existem 161 municípios cearenses que criaram o Conselho de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), dez a mais do que no ano passado. Em termos percentuais, o Ceará é o 1º, no Brasil, na cobertura de cidades com conselhos ambientais.

A criação desses órgãos ocorre, geralmente, no primeiro semestre de cada ano, mas não é coincidência: é preciso ter Comdema para que o município possa concorrer ao Selo Verde, visto como troféu pelos gestores municipais. "Ter o Selo Verde dá a entender que o município é um grande preservador do Meio Ambiente, mas não é bem assim", afirma Tércio Vellardi, ambientalista da ONG Recicriança, em Aracati.

É com o relatório de ações educacionais como as desenvolvidas pelo grupo para sustentação do meio ambiente que a Prefeitura Municipal de Aracati enumera as ações públicas em favor do Meio Ambiente.

Em detrimento da realidade de degradação ambiental nas faixas litorâneas e com os cultivos contaminantes de carcinicultura, a Prefeitura foi agraciada duas vezes seguidas com o Selo Verde.

Principal ponto turístico do município, as falésias da Praia de Canoa Quebrada, que levaram milhões de anos para serem construídas, estão em processo contínuo de destruição, conforme série de reportagens já veiculadas no Caderno Regional. A área é de responsabilidade do Município e a regulamentação de ocupação dos espaços deve ser fiscalizada também pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

Ao contrário do crescimento do número de Condemas, poucas são as secretarias municipais do meio ambiente, ou equivalentes. Um exemplo é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de São Benedito, município da zona norte do Estado. Na região jaguaribana, existe a Autarquia Municipal do Meio Ambiente de Limoeiro do Norte, órgão ainda pequeno e, pelo menos por enquanto, mais voltado para as discussões ambientais do que em ações práticas.

No fim do mês de maio foi aprovado, na Câmara Municipal de Limoeiro, o projeto de políticas públicas ambientais, um manual que norteará as ações municipais no meio ambiente. A aprovação foi pouco conhecida porque é justamente em um de seus artigos que está a permissão para a prática da pulverização aérea de agrotóxicos na Chapada do Apodi. Caberá à autarquia, que não tem fiscais, a atividade de fiscalização.

Os municípios mais informados e atentos só tem até o dia 11 de junho, próxima sexta-feira, para enviar projetos que concorrem à segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Os projetos de ordem ambiental devem ser destinados a empreendimentos na área de saneamento. A seleção é feita pelo Ministério do Meio Ambiente, via Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. As informações podem ser obtidas no Ministério com Davi Navarro, pelo e-mail: davi.navarro@cidades.gov.br

Municípios e sociedade civil mais organizados em ações ambientais podem partir na frente quando em financiamentos de programas e projetos em favor dos recursos naturais. O desafio é manter uma organização permanente, mesmo diante da mudança de governos. (MJ)

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=795541

Alerta para o meio ambiente

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5/6/2010

O que você faria se sua casa começasse a desabar por cima de tudo? Assim parece estar o planeta Terra

Limoeiro do Norte. A casa muito engraçada, sem teto nem nada, sem parede e sem pinico, mas "feita com muito esmero", segundo a conhecida canção, é esse mundão que cerca o homem e fornece tudo o que ele precisa. A natureza não precisa do homem para sobreviver, mas agora depende dele para que se resolvam os problemas criados pela própria humanidade, que só existe graças à "mãe natureza".

Enquanto uma crescente mancha de petróleo polui ecossistemas na América do Norte, baleias são exterminadas nos mares do Japão, a Floresta Amazônica é sumariamente destruída, a caatinga cearense sofre com as queimadas e a poluição dos rios - que fornecem o líquido mais precioso da terra. Por sua vez, as cidades são infestadas de faixas publicitárias feias e irregulares, os carros de som agridem os ouvidos e mal deixam as pessoas se comunicarem.

Agrotóxicos

No alto de uma chapada, uma criança reclama de feridas pelo corpo, enquanto ela e a mãe bebem água envenenada com agrotóxicos. Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente, menos de comemoração e mais de reflexão sobre o que se tem feito de tão sem graça numa casa muito séria: o espaço em que todos vivemos. Em todos os problemas ambientais há uma agressão e uma justificativa, geralmente entremeada da "necessidade" material, mesmo que no lugar de sobrevivência se busque o lucro, e ainda assim o que se procure é "desenvolvimento". Com a escassez dos recursos naturais e o medo de sua completa extinção veio a palavra "sustentabilidade".

Queimada

O desenvolvimento almejado pelo homem é perseguido de forma sustentável? Se o agricultor queima a vegetação para abrir caminho da sua plantação, o solo não mais "sustenta" sua riqueza; se as máquinas pulverizadoras usam tanto agrotóxico que, passados alguns anos, o solo não dá a mesma produtividade, tampouco houve sustentabilidade.

A agricultura que emprega rápido e em grande quantidade, quando usa exaustivamente o solo (além de explorar o próprio trabalhador) não recebe mais do próprio chão a produtividade agrícola antes concebida. Chega a crise, culpam-se os mercados, e a primeira consequência do pouco lucro é o desemprego. De um jeito ou de outro, tudo se volta para o ser humano.

O debate consistente sobre a situação do meio ambiente é tão recente no Estado do Ceará que somente há três anos foi criado um órgão para dialogar com os executores das políticas públicas que, não importa quais sejam, terão influência direta ou indireta no meio ambiente. O Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), criado em 2007, é responsável pelo planejamento e implementação das políticas ambientais no Estado do Ceará. Promover, formular, planejar, elaborar, monitorar e efetivar são os verbos que mais resumem a missão e as competências do órgão.

"Deve existir um grande debate que envolva a federação e a realidade de cada município, para que se possa subsidiar a política estadual sobre o meio ambiente. Cada região do País tem uma situação diferente, e a legislação estadual é o que pode nortear as ações", explica Tereza Farias, atual presidente do Conpam.

Um dos problemas mais discutidos atualmente pelo órgão estadual e que exemplifica a necessidade de elo entre as instâncias públicas é a contaminação por agrotóxicos nos perímetros irrigados (especialmente a Chapada do Apodi), problema que tem estampado os noticiários e, para geógrafos ouvidos pela reportagem, manchado o meio ambiente e a condição humana de sobrevivência.

A falta de consenso entre os órgãos ligados à agricultura, pecuária, saúde e meio ambiente gerou a discussão não sobre quem seriam os responsáveis pelas contaminações, mas a quem compete responsabilizar os culpados e resolver o problema de vez. Para sair do problema e chegar à sua solução, se atravessa uma rede de canais que vão da conscientização ambiental ao interesse público e particular.

Pulverização aérea

Na teoria, o interesse público das questões essenciais à vida prevalece. Mas geralmente o que "fala" mais alto decide o rumo da situação: contra os principais institutos de pesquisa do Ceará, que associam veneno, contaminação e saúde (em alguns casos morte) nas lavouras da Chapada do Apodi, os poderes Executivo e Legislativo de Limoeiro do Norte decidiram a favor da pulverização de agrotóxicos, só mais um dentre vários capítulos que permeiam o meio ambiente no Ceará. Em Russas, onde as chaminés de indústrias cerâmicas são vistas do Centro da cidade, crianças e adultos debatem hoje a situação do meio ambiente. Os mais conscientes vão alertar que a "poda radical" de árvores, como por meio do fogo, é crime.

E quem fritar o bife para o almoço hoje e quer continuar pensando que não estará agredindo o meio ambiente, basta não jogar o óleo utilizado pelo ralo da pia. No Ceará, diversas instituições aproveitam para fabricar sabão e gerar a renda de famílias carentes.

É com a conscientização dos outros com o meio ambiente que a deficiente visual Raimunda Linete, de Limoeiro, fabrica sabão e vende de porta em porta. A preocupação do meio ambiente deu-lhe novamente um sentido para a vida.

O problema não é só a desobediência às leis. "A própria legislação precisa ser revista", afirma Tereza Farias. A agricultura familiar responde pela maior parte dos alimentos no País, mas a agricultura irrigada surge como pontencializadora do desenvolvimento. A sua execução de forma irregular é que provoca desmatamento e poluição, crescentes como o potencial de dividendos econômicos que gera.

Debate

"A política estadual do meio ambiente deve ser apoiada em um amplo debate"
Tereza farias
Presidente do Conpam

"O desenvolvimento que privilegia o lucro mais que vidas humanas é traiçoeiro"
Hidelbrando dos Santos
Geógrafo e diretor da Fafidam

Fique por dentro
ONU recomenda criação da data

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado todo dia 5 de junho. A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. A conferência reuniu 113 países, além de 250 Organizações Não Governamentais. A pauta principal abordava a degradação que o ser humano tem causado ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, em que a diversidade biológica deveria ser preservada acima de qualquer possibilidade. Por meio do decreto 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente. Lixões a céu aberto (236 só no Interior), poluição dos rios e ocupação irregular em áreas de preservação são alguns dos principais problemas encontrados no Ceará. No Estado, o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), criado em fevereiro de 2007, atua em quatro principais eixos: Educação Ambiental, Proteção dos Recursos Ambientais, Programa da Biodiversidade (Probio) e Gestão Ambiental Estratégica. Dentre as ações estão a implantação de Unidades Produtoras de Mudas e a criação da Unidade de Conservação Parque Estadual Sítio Fundão, no Município do Crato. Mesmo assim, algumas responsabilidades estavam paralisadas, como a Comissão Estadual dos Agrotóxicos, criada há alguns anos e que só este ano começa a ser reativada.

MAIS INFORMAÇÕES
Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente no Ceará (Conpam) - Fortaleza
(85) 3101.1252/1233


Melquíades Júnior
Colaborador

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=795518

sexta-feira, 4 de junho de 2010

E. E. M. São Francisco da Cruz comemora semana do meio ambiente


A E. E. M. são Francisco da Cruz realizou um momento de reflexão com os alunos na quadra esportiva do colégio, para chamar atenção da obrigação de toda comunidade escolar em preservar e respeitar o meio ambiente na qual estamos inserido.
Toda a escola foi mobilizada para este momento, uma das ações realizadas foi o plantio de um pé de tamarineiro que já se tornou símbolo do colégio, pois a escola tinha em seu pátio tamarineiro que foi cortada em razão da construção dos laboratórios de informatica, sendo até contestada por alguns professores e principalmente o diretor, onde, afirma que a mesma tinha toda uma história, funcionários que trabalharam nesta escola não atuam mais pois aposentaram-se, com muito sacrifício conseguiu plantar e cuidar do tamarineiro.
Como humano racionais podemos refletir que se uma planta tem que dar espaço para uma construção, planta-se outra em noutro lugar, com isso estamos contribuindo com nossa cobertura vegetal e não destruindo o meio e sim adaptando e transformando de maneira racional. Devido a esta reinvidicação da escola, foi idealizado o plantio de outro tamarineiro em outro local onde não mais pudesse atrapalhar construções futuras que porventura venha ocorrer, para garantir que esta planta não mais venha ser retirada por outros gestores no futuro foi relaborado um abaixo assinado na escola onde toda comunidade escolar, auxiliares, secretaria, gestão da escola, professores e pais de alunos estão sendo convidados a assinar o documento, que será guardado na escola e todo ano na seman do meio ambiente será lido para os alunos e recolhido mais assinaturas de pais e alunos que a escola receber no corrente ano. Outra atitude tomada para a conservação do tamarineiro foi a escolha do padrinho ou madrinha da planta nos turnos, manhã, tarde e noite, ou seja, cada padrinho nos seus respectivos turnos irão fiscalizar e colaborar com o cresicimento e cuidados com o mesmo.
Todos os alunos da escola foram mobilizados para organizar apresentações como: poesias, apresentação de cartazes, paródias e outras atividades com o tema meio ambiente, muitos alunos organizaram suas turmas e concretizaram as tarefas, uma das equipes da turma do 3º ano B da noite convidou uma representante da Secretaria do Meio Ambiente de Cruz, para entrevistá-la, aproveitando o momento a mesma expôs as ações e projetos que a secretaria vem desenvolvendo no município.
Foi também chamado atenção no evento, sobre as ações que cada um de nós concretizamos para contribuir com a preservação do meio ambiente, visto que muito se fala mas as ações são poucas.
O tema foi trabalhado na escola e sempre está sendo ressaltado e discutido em sala de aula pelos proessores e alunos.














Leitura do abaixo assinado pelo Prof. de biologia Clairton Freitas auxiliado pela Profa. Rosângela.


Apresentação dos alunos da tarde: paródia.



Professora Rosângela assinando o abaixo assinado para conservação do tamarineiro, axiliado pela professora Lidiane.

Professor Clairton Freitas com os líderes de sala no plantio do Tamarineiro.


Equipe do 3º B Noite entrevista representante da Secretaria de Meio Ambiente de Cruz, Mazé.


Apresentação de cartaz: Turma 1º C da noite.


Leitura de poesias.

Participação de alunos e professores no evento.



Documento idealizado pela escola, pergaminho.


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tamanduá-bandeira: um gigante comedor de formiga

Tamanduá-bandeira no campo
O tamanduá-bandeira é facilmente reconhecido por sua pelagem característica.

Para comer até 30 mil formigas e cupins por dia, esse mamífero precisa de habitats variados para sobreviver. Saiba mais sobre essa espécie que já foi encontrada em todos os estados brasileiros e hoje está ameaçada de extinção.

Ele mede cerca de 2,20 metros, pesa até 45kg, tem uma cauda grande e com pelos grossos e compridos e um focinho longo. O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) usa suas garras dianteiras para escavar vários formigueiros e cupinzeiros ao longo do dia para capturar, com sua língua extensível, até 30 mil formigas e cupins.
Essa espécie é facilmente reconhecida por sua pelagem característica, que tem uma faixa diagonal preta com bordas brancas, que se estende do peito até a metade do dorso. As patas dianteiras, que têm três garras longas, são mais claras do que as traseiras, que têm cinco garras, mais curtas.

Como se alimenta de formigas e cupins, não possui dentes. Seu olfato é aguçado, já que é a principal ferramenta para localizar suas presas. Quando encontra um formigueiro, o tamanduá-bandeira fica apenas alguns minutos no local, e logo se dirige a outra fonte de comida.
Mamífero ameaçado

O tamanduá-bandeira está adaptado para viver em ambientes variados. Apesar de passar a maior parte do tempo no chão, ele tem habilidade para subir em árvores. Ele também pode caçar durante o dia ou a noite, dependendo da temperatura e da chuva.

A espécie é encontrada em campos limpos, cerrados e florestas. Apesar de ser mais comum em áreas de cerrado, usa ambientes de floresta para repouso e abrigo, durante as horas mais quentes do dia, e utiliza os campos limpos para se alimentar quando as temperaturas estão mais amenas.

Por sua versatilidade, o tamanduá-bandeira pode ser encontrado da América Central até a América do Sul. Originalmente, ocorria em todos os estados brasileiros, mas atualmente está em risco de extinção em todas as regiões do país e já foi extinto no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

A degradação e a redução dos habitats são apontadas como as principais causas da perda populacional da espécie, mas a caça, o atropelamento em estradas e os incêndios florestais também contribuem para colocar o tamanduá-bandeira na lista de espécies ameaçadas de extinção.

Estratégias de conservação

As principais estratégias para a conservação do tamanduá envolvem a realização de estudos sobre o status de suas populações, a criação e manutenção adequada das unidades de conservação, a implantação de corredores ecológicos, a educação ambiental e a promoção de alternativas de desenvolvimento sustentável.

Saiba mais sobre o que o WWF-Brasil faz para manter os habitats do tamanduá-bandeira no Pantanal, na Amazônia e na Mata Atlântica.

É cauda ou cobertor?

Por sua dieta de pouco valor nutricional, o tamanduá-bandeira tem metabolismo lento e, por isso, apresenta dificuldade de regular a temperatura do próprio corpo. Para resolver esse problema, a espécie desenvolveu o hábito de se esconder do calor ou do frio no interior de florestas.

Mas essa não é a única estratégia. Apesar de viver nos trópicos, o tamanduá-bandeira tem uma pelagem densa, especialmente na cauda. Quando se deita para dormir, ele faz uma cavidade rasa no solo e coloca a própria cauda sobre o corpo. A cauda peluda funciona como isolante térmico e ainda ajuda a camuflar o animal.

As fêmeas, após cerca de 190 dias de gestação, também utilizam a cauda como cobertor para seus filhotes enquanto são amamentados. Os filhotes nascem pequenos e frágeis e são carregados no dorso da mãe durante aproximadamente nove meses.



Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/biodiversidade/especie_do_mes/junho_tamandua_bandeira.cfm

terça-feira, 1 de junho de 2010

Projeto livra carnaúbas de espécies nocivas

Clique para Ampliar

A carnaubeira é considerada a árvore símbolo do Estado do Ceará
ALEX PIMENTEL

1/6/2010

Trabalho de conscientização estimula estudantes de escolas públicas a lutarem pela preservação da carnaúba

Quixadá Professores e estudantes da rede de Ensino Fundamental deste município pretendem salvar pelo menos cinco mil carnaúbas. Eles estão preocupados com a preservação da árvore símbolo do Ceará. Além dos desmatamentos e queimadas, a espécie está sendo ameaçada por plantas invasoras. Com o auxílio de técnicos agrícolas, iniciaram o mapeamento ambiental para identificar as áreas mais afetadas. Em seguida realizam a limpeza dos troncos, eliminando a predadora natural, conhecida popularmente como trepadeira.

De acordo com o coordenador do projeto, o técnico agrícola José Carlos da Silva, o objetivo deverá ser alcançado até dezembro de 2012. Até lá, um exército de 15 mil jovens, armados com lápis, cadernos e facões, terá expulsado as matas nocivas. O processo será manual. Os cipós entrelaçados nos troncos das carnaubeiras serão cortados. No fim da batalha todos poderão contemplar um dos mais exóticos exemplares da mata branca, a palmeira nordestina, na Caatinga, único bioma tipicamente brasileiro.

Silva acredita no sucesso da proposta desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação, idealizada em parceria com o produtor rural e atual vice-prefeito de Quixadá, Airton Buriti. Todos os 14 distritos educacionais de Quixadá estão empenhados no projeto de preservação. Os voluntários estão sendo sensibilizados, dentro e fora da sala de aula. "Salve uma carnaúba, esse é o código da operação especial", disse o técnico.

Os alunos da Escola de Ensino Fundamental Maria Maia de Freitas foram alguns dos primeiros a entrarem na luta em prol da carnaúba. Conheceram de perto os efeitos causados pela espécie predadora. Rapidamente a folhagem invasora encobre toda a árvore. Sem o contato com o sol, a palmeira nativa é literalmente asfixiada. "Não foi preciso nossos alunos andarem muito para constarem essa realidade", explicou o diretor do Distrito Educacional de Várzea da Onça, Bezaliel Moura de Lima.

O coordenador executivo da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma) deste município, Ítalo Beethoven, enfatiza ser fundamental o envolvimento da comunidade e dos movimentos organizados nessa campanha.

As comunidades rurais também aprenderão a se beneficiar com a planta nativa. Poderão extrair a cera e produzir chapéus e bolsas. A ideia é agregar a carnaubeira à agricultura familiar, incrementar a economia do pequeno produtor e, além disso, sensibiliza-lo quanto a sua importância da sua preservação para o meio ambiente. Conforme a bióloga Flávia Prado, técnica da Semace, a Cryptostegia grandiflora, cuja denominação popular é unha-do-diabo ou boca-de-leão é a planta invasora responsável pelo ataque às carnaubeiras. "Trata-se de uma espécie exótica, de origem africana. Seu uso econômico é apenas ornamental. No entanto, é uma trepadeira prejudicial. Impede o desenvolvimento da carnaúba pelo sombreamento excessivo, além de possíveis anelamentos", afirma ela.

Natureza

"Quem participa aprende a importância da natureza para as nossas vidas"
José Carlos da Silva
Técnico agrícola

"Se não agirmos logo, em breve, só veremos carnaúbas por meio de fotografias"
Emanuela Raulino de Melo
Professora de Geografia

Fique por dentro
Símbolo do Ceará

Em 30 de março de 2004, pelo Decreto Lei N° 27.413, o então governador Lúcio Alcântara, instituiu a carnaúba como árvore símbolo do Ceará, passando inclusive a integrar o brasão do Estado. A decisão foi tomada considerando a importância de promover a conservação da biodiversidade, do desenvolvimento sustentável e do reconhecimento do valor histórico, cultural e paisagístico da árvore. Em seu Art.2º, o dispositivo legal condiciona o corte da carnaúba à autorização dos órgãos e entidades estaduais competentes.

MAIS INFORMAÇÕES:
Secretaria de Educação de Quixadá: (88) 3412.1966
Semace
(85) 3101.5550


Alex Pimentel
Colaborador

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=793898