segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cinco minutos de “verde” por dia podem melhorar a saúde mental

Caminando-por-parque
Foto: ©Eryoni

O senso comum diz que fazer atividades ao ar livre faz bem para a saúde. No entanto, até hoje não se sabia exatamente em que consiste esta relação ou de que forma o contato com o verde oferece benefícios.

Agora, um novo estudo da Universidade de Essex, na Inglaterra, começa a abordar estas questões. Ele conclui que a conexão com a natureza pode ser uma terapia infalível para melhorar a saúde mental.


Os resultados do estudo, publicado no começo de maio, indicam que atividades ao ar livre como caminhar, cuidar do jardim, andar de bicicleta ou passear por uma praça, para citar apenas algumas, podem melhorar o humor, a auto-estima e a saúde mental. E são necessários apenas cinco minutos destas atividades por dia.

Segundo artigo publicado no site da universidade, outros estudos de diferentes pesquisadores haviam confirmado que existem uma relação entre a natureza, fazer exercícios em áreas verdes e benefícios à saúde. Mas é a primeira vez que se pôde determinar quanto tempo é preciso passar junto à natureza para que se comece a notar a mudança: apenas cinco minutos.

A pesquisa foi realizada por Jo Barton e Jules Pretty, por meio de análises dos perfis de 1252 pessoas de diferentes idades, sexos e estados de saúde mental, compilados em dez estudos prévios feitos no Reino Unido. A conclusão: as atividades feitas ao ar livre, em espaços naturais, geravam melhoras na saúde física e mental dos entrevistados, e os benefícios eram ainda maiores se houvesse água nestes espaços.

Levando em conta esta informação, os pesquisadores sugerem que a conexão com a natureza deveria ser promovida pelo Estado, que os exercícios ao ar livre deveriam ser desenvolvidos com fins terapêuticos, que os edifícios e casas deveriam ser projetados para ampliar o acesso a espaços verdes e que as atividades ao ar livre deveriam ser incluídas na educação infantil.

"Acreditamos que haveria um grande benefício potencial para indivíduos, a sociedade e os custos do serviço de saúde se as pessoas se ‘auto-medicassem’ com mais exercícios verdes ", destacou Barton no Environmental Science & Technology Journal.

A solução prática para a população em geral? Uma caminhada de pelo menos cinco minutos em áreas verdes. Que tal experimentar durante uma semana para perceber as mudanças?

Fonte: http://blogs.discoverybrasil.com/descubra-o-verde/2010/05/cinco-minutos-de-verde-por-dia-podem-melhorar-a-sa%C3%BAde-mental.html


Hábitos de consumo da sociedade interferem na gestão dos resíduos sólidos

27/05/2010

O secretário do Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério, disse, nesta quarta-feira (26/5), no Rio de Janeiro, que é preciso a conscientização da população para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que está para ser votada no Senado Federal. Para Silvério, com a sociedade envolvida fica mais fácil de fazer a destinação adequada do lixo.

"Se a população não fizer sua parte, se o cidadão não mudar seus hábitos de consumo, terá problemas ao longo do tempo", ressaltou o secretário, lembrando que a política estabelece responsabilidades compartilhadas para a destinação do lixo.

Silvério participou da abertura do 6º Rio Ambiente e 1º Seminário Internacional de Tecnologia e Gestão de Resíduos Sólidos, eventos que discutem, até sexta-feira (28), propostas para a gestão dos resíduos sólidos e soluções concretas já implantadas com sucesso em outros países. Ele apresentou os princípios e desafios da política, falou sobre lixo eletrônico e explicou o processo de logística reversa.

Com essa logística, o Brasil passará a ter mais reciclagem. O produto sem utilidade para o consumidor volta para o fabricante, fazendo a desmontagem das peças e destinando cada material para serem recicladas.

Em 2009, foram gerados mais de 57 milhões de toneladas de resíduos sólidos no Brasil. Isso representa um crescimento de 7,7% em relação ao ano anterior, segundo dados da publicação "Panorama dos Resíduos Sólidos 2009", lançada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.

Apesar de ter sido constatada uma evolução na adequação da destinação de resíduos sólidos de 2008 para 2009, no cenário atual quase metade das 22 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil ainda são dispostos de forma inadequada, em aterros controlados ou lixões, que não garantem a devida proteção ambiental, revela o estudo.

O Rio Ambiente é voltado para profissionais das áreas de Ecologia e Meio Ambiente e para prestadores de serviços. O objetivo é promover a discussão sobre conjunto de alternativas e soluções para a gestão de resíduos sólidos.
Fonte: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=5829

10 maiores descobertas de 2009

Alastair Robinson (University of Cambridge) (BBC Brasil)

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A planta carnívora Nepernthes attenboroughii é uma das maiores conhecidas, com uma 'armadilha' do tamanho de uma bola de futebol americano. Ambientalistas temem que ela esteja em risco de extinção

K.J. Osborn (BBC Brasil)

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O verme'bombardeiro' Swima bombiviridis vive no fundo do mar e lança 'bombas' que, durante segundos, iluminam o ambiente. A característica é vista como um mecanismo de defesa.

Claude Marcel Hladik - Museu Nacional de História Natural (BBC Brasil)

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O inhame 'bizarro' Dioscorea orangeana é uma nova espécie comestível encontrada em Madagascar, mas os cientistas temem que esteja em risco de extinção, já que é amplamente consumido e cresce em um habitat desprotegido.

Cornelis Swennen - Prince of Songkla University (BBC Brasil)

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A descoberta da lesma comedora de insetos Aiteng ater resultou na criação de uma nova família de lesmas, a Aitengidae.

David Hall/seaphotos.com (BBC Brasil)

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O peixe-sapo Histiophryne psychedelica descoberto na Indonésia chama a atenção por seu desenho 'psicodélico' e por ser o único entre os peixe-sapos a ter o rosto plano.

A aranha Nephila komaci é a primeira espécie de Nephila a ser descrita desde 1879 e a maior já encontrada. A fêmea é mais de quatro vezes maior do que o macho.

Brian A. Perry - Universidade do Hawaii at Hilo (BBC Brasil)

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O cogumelo 'fálico' Phallus drewesii, de duas polegadas, foi batizado em homenagem ao cientista Robert Drewes, da Universidade da Califórnia, que passou mais de 30 anos pesquisando novas espécies na África.

Ralf Britz - Departamento de Zoologia, Museu de História Natural, Londres (BBC Brasil)

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Os machos do peixe-drácula Danionella Dracula tem dentes 'caninos' para lutar contra outros machos. Este é o primeiro registro de dentes como este encontrado na Cyprinidae, a maior família de peixes de água doce.

O peixe elétrico Gymnotus omarorum já era explorado e usado há décadas como 'modelo de espécie para se entender a fisiologia de um órgão elétrico e a eletro-comunicação', mas era conhecido, erroneamente, por outro nome. Ele mostra o quão pouco sabemos sobre a biodiversidade.

Jean Vacelet - CNRS-Université de la Méditerranée (BBC Brasil)

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O cientista que nomeou a esponja 'assassina' Meliiderma turbiformis afirma que há grande variedade de esponjas carnívoras no fundo do oceano, especialmente no Pacífico, onde a maioria das espécies ainda não foi descrita.

Fonte:http://verde.br.msn.com/galeria-de-fotos.aspx?cp-documentid=24368413&page=1

terça-feira, 25 de maio de 2010

A Importância das Plantas


As plantas tem muito mais valor do que normalmente costumamos dar.

As plantas não nos fornecem apenas oxigénio e são bonitas, elas são muito mais do que isso.

As plantas permitem a existência de grande parte dos seres vivos, inclusive nós.

Vou enumerar algumas das características que fazem das plantas um dos seres vivos mais excepcionais da Terra.

- Transformam o Dióxido de Carbono (CO2) em Oxigénio (O2)

- Fazem sombra (muito bom principalmente naqueles dias mais quentes).

- São o habitat de grande parte dos seres vivos.

- São o alimento de muitos seres vivos que nos comemos.

- Absorvem grandes quantidades de água das chuvas impedindo cheias.
(Uma árvore adulta pode absorver do solo até 250L de água por dia).

- Absorvem grandes quantidades de água das chuvas impedindo o arraste de sais minerais e outras substâncias da terra que permitem o crescimento das plantas e impedindo que o local em si se torne num deserto.

- Uma árvore isolada pode transpirar, em média, 400L de água por dia, produzindo um efeito refrescante equivalente a 5 ar - condicionados com capacidade de 2.500 kcal cada, a funcionar 20 horas por dia. Este vapor mistura-se com as partículas de poluição do ar, e quando se acumulam em nuvens, caem em forma de chuva Portanto, as árvores ajudam a retirar poluentes do ar!

- Dão-nos frutos e vegetais para comer. As florestas jovens, para poder crescer, libertam muito mais oxigénio do que dióxido de carbono. Isso significa que plantar uma árvore é produzir oxigénio.

- Muitas plantas têm fins medicinais, que muito provavelmente lhe salvaram a sua vida ou a dos seus ancestrais.

- Muitas são boas para fazer aquele chá que nos fazem tão bem.

- Transmitem alegria com as suas cores.

- Embelezam os locais onde estiverem.

- As árvores formam uma parede que impede a propagação do ruído.

- Algumas plantas liberam uma fragrância muito agradável.

- Transmitem paz e bem-estar.

Por isso pense muito bem antes de destruir e queimar seja que planta for.

Pense bem…muito bem…

Já agora por curiosidade as plantas que mais fornecem oxigénio são as algas marinhas.

Não seja apenas um homo tecnológicus mas um homo tecnoecológicus.

Fonte: http://simbiosedepazverdadenaterra.blogs.sapo.pt/4562.html

Alerta para espécies exóticas

MEIO AMBIENTE (30/11/2009)
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MARCELO FREIRE, biólogo, mostra o risco de introdução de espécies vegetais trazidas de outras regiões para o Ceará. O nim-indiano, muito utilizado em projetos paisagísticos, está sendo cultivado sem controle, em detrimento da flora nativa
CID BARBOSA


A introdução de espécies exóticas é, atualmente, a segunda principal causa de perda de biodiversidade global

Crescer e multiplicar. Ao longo do tempo, diversas espécies desenvolvem mecanismos para se perpetuar em regiões distantes e o próprio ser humano acaba sendo um importante vetor para atravessar barreiras geográficas. Mas quando esse transporte de animais e plantas se torna desenfreado a ponto de atropelar o processo natural, gera-se um dos principais problemas ambientais da atualidade: a proliferação de espécies exóticas, que na ausência de predadores naturais pode se tornar uma verdadeira praga, comprometendo o equilíbrio natural e até ocasionando prejuízos econômicos para o ser humano.

De acordo com o biólogo cearense Marcelo Freire Moro, doutorando em Biologia Vegetal pela Universidade de Campinas (Unicamp), a introdução de espécies exóticas é, atualmente, a segunda principal causa de perda de biodiversidade global, vindo depois da destruição de ecossistemas por meio do desmatamento, poluição etc.

"Nem todas as espécies introduzidas geram problemas. Qualquer espécie que chega de fora de uma região é exótica, mas ela só gera problemas caso se torne invasora, ou seja, caso comece a se espalhar sem controle. Antes de se fazer a introdução de uma planta ou animal em um novo local, existem protocolos de biossegurança para se avaliar qual o risco da espécie se tornar invasora", afirma o biólogo.

O problema, de acordo com ele, é que por motivações que vão desde pressões políticas para cultivar uma espécie com interesse econômico imediato, modismos em relação a plantas ornamentais ou bichos de estimação até a introdução clandestina ou mesmo acidental, estas espécies podem invadir ambientes naturais, prejudicando os exemplares nativos.

Nim-indiano
No Ceará, conforme pesquisa realizada pelo Instituto Horus, foram detectadas 34 espécies exóticas. Dessas, segundo Marcelo Moro, as que vem causando problemas mais evidentes são o escargot africano (Acatina fulica), o arbusto viuvinha (Cryptostegia grandiflora), a leucena (Leucaena leucocephala) e a azeitona-roxa (Syzygium cumini).

Outra espécie que vem sendo observada com atenção é o nim-indiano (Azadirachta indica), muito usada para fins ornamentais e por conta de seu potencial para produzir um inseticida natural. Na opinião do biólogo, a forma indiscriminada como estas plantas são utilizadas pode fazer com que a diversidade das espécies nativas fique desconhecida para os cearenses.

"No livro ´Monoculturas da Mente´, Vandana Shiva lamenta que, na Índia, onde o nim é nativo, as pessoas estejam cegamente plantando árvores de outros países, enquanto ignoram a biodiversidade nativa de lá. Aqui cometemos o mesmo erro: ignoramos as nossas plantas e só cultivamos o que vem de fora. Vandana Shiva provavelmente lamentaria se soubesse que expulsamos as plantas nativas do Ceará das nossas cidades e fomos buscar na Índia plantas totalmente estranhas para cultivarmos", alerta ele.

Com o desenvolvimento de meios de transporte mais modernos e capazes de estar em diferentes continentes, aumenta o potencial de levar espécies exóticas de um lugar para outro. Segundo a professora Helena Matthews-Cascon, doutora em Zoologia pela Universidade de New Hampshire, o trânsito de navios e plataformas de petróleo pelo litoral favorece este intercâmbio, o que pode trazer graves prejuízos para o equilíbrio marinho.

As espécies podem se incrustar no casco de navios ou numa plataforma, sendo levadas para ambientes onde proliferam pela ausência de predadores naturais. Também há o caso delas serem transportadas por meio da água de lastro, que é armazenada em tanques nos porões dos navios, com o objetivo de dar estabilidade às embarcações quando elas estão navegando sem carga.

"Quando esta água é captada no litoral, pode vir carregada de espécies, e quando o navio atraca no destino, a água de lastro é despejada e, junto com ela, traz estas espécies indesejáveis. Há legislações que determinam que a captação e o despejo sejam feitos em alto mar, mas muitas vezes isso pode ser perigoso pelo risco do navio virar".

A professora participa de uma equipe que monitora o aparecimento de espécies exóticas em áreas portuárias. O projeto envolve pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade de São Paulo (USP), por meio do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (Procad). "Fazemos o monitoramento na praia e na área portuária, mas o ideal seria se tivéssemos acesso ao local onde fica armazenada a água de lastro, mas é difícil conseguirmos permissão para entrar", diz Helena Cascon.

No litoral cearense, os pesquisadores já identificaram três espécies exóticas: uma concha bivalve oriunda do Caribe, de nome científico Isognomon bicolor, uma espécie de siri do Pacífico (Charybdis helleri) e o Phragmatopoma sp., um polychaeta (lê-se poliqueta) que constrói tubos de areia na praia, de origem desconhecida. Apesar de ainda não ter sido detectados problemas ambientais por aqui, há registros de desequilíbrios em outras regiões do País.

Opinião do especialista
Ser humano mudou 60% da caatinga


A caatinga é uma vegetação adaptada à seca, espinhosa e que perde suas folhas periodicamente. Por muito tempo, foi o bioma brasileiro menos estudado ecologicamente. Talvez, por conta de sua aparência inóspita e a falsa impressão de baixa riqueza biológica. Contudo, atualmente, vem sendo valorizados sua biodiversidade e serviços. Logo, diferentes frentes de investigação surgiram e, rapidamente, produziu-se um diagnóstico, nada agradável, sobre a integridade da biodiversidade. Constatou-se que uma enorme área da mata branca, acima de 60%, já havia sido alterada pelo homem, produto de anos de destruição de habitats, extração excessiva, poluição, fragmentação da paisagem e contaminação biológica. Contaminação biológica é a introdução e adaptação de espécies exóticas num dado lugar. O agente envolvido nesse processo é chamado de bioinvasor, que pode ocupar o espaço de uma espécie nativa e levá-la à extinção; pode quebrar vários processos ecológicos estáveis como cadeia alimentar, polinização, controle biológico etc.; e criar novas paisagens. Os desdobramentos dessas ações podem enfraquecer o desenvolvimento futuro de produtos na área agrícola, médica e industrial, gerando grande impacto econômico e social para a área atingida. As plantas estrangeiras se tornaram tão familiares entre nós, que a olhamos como plantas nativas. Essas plantas nos alimentam e nos alegram com a beleza apresentada, no entanto, algumas delas estão invadindo sutilmente nossas paisagens naturais e levando a significativas transformações.

Arnóbio Cavalcante
Pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia

Mais informações
Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Campus do Pici, Bloco 906
(85) 3366.9810


KAROLINE VIANA
Repórter
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=698997

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Esperança nas zonas mortas do oceano: descoberto animal que vive sem oxigênio

04/14/2010


Animal-anoxico
Imagem de uma das novas criaturas. ©BMC Biology.

Em diferentes áreas do oceano existem “zonas mortas”: águas com pouco ou nenhum teor de oxigênio, onde é impossível o desenvolvimento da vida marinha. Estas zonas podem existir por causas naturais ou antropogênicas, mas são perigosas por atentar contra a saúde dos oceanos, vitais para o planeta.

No entanto, uma nova descoberta pode significar que ainda há esperança para estas áreas. Cientistas da Universidade Politécnica Marche em Ancona, na Itália, encontraram três novas espécies de criaturas marinhas que podem sobreviver e se reproduzir sem oxigênio.



A descoberta ocorreu nas profundezas do mar Mediterrâneo, cerca de 200 quilômetros a oeste de Creta (Grécia), resultado de três expedições que pesquisaram a região ao longo de uma década, segundo informa a BBC britânica.

As novas criaturas medem menos de um milímetro e possuem um invólucro protetor. Uma delas recebeu o nome científico de Spinoloricus Cinzia e as demais, ainda não batizadas oficialmente, mas estão sendo chamadas de Rugiloricus e Pliciloricus. Duas delas continham ovos.

Os cientistas não puderam remover os animais com vida, mas cultivaram os ovos dentro do barco e comprovaram que eles podiam viver em condições anóxicas (sem O2).

Até o momento, acreditava-se que apenas as bactérias poderiam viver sem oxigênio, já que os corpos de animais multicelulares encontrados nas zonas mortas teriam, supostamente, chegado até elas de regiões vivas adjacentes.

A descoberta é muito importante por reacender uma questão fascinante: até onde os animais conseguem se adaptar a condições extremas? Segundo alguns cientistas consultados pela BBC, estas criaturas poderiam ajudar a descobrir se é possível existir vida sem oxigênio em outros planetas.

Resumo do estudo em BioMedCentral.com

Fonte: http://blogs.discoverybrasil.com/descubra-o-verde/2010/04/esperan%C3%A7a-nas-zonas-mortas-do-oceano-descoberto-animal-que-vive-sem-oxig%C3%AAnio.html#more

'Meio mundo pode ficar inóspito com mudança climática', diz estudo

Por BBC, BBC Brasil, Última atualização: 12/5/2010 11:53

'Meio mundo pode ficar inóspito com mudança climática', diz estudo

"Deserto"

O aquecimento global pode deixar até metade do planeta inabitável nos próximos três séculos, de acordo com um estudo das universidades de New South Wales, na Austrália, e de Purdue, nos Estados Unidos, que leva em conta os piores cenários de modelos climáticos.

O estudo, publicado na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences, afirma ainda que, embora seja improvável que isso aconteça ainda neste século, é possível que já no próximo, várias regiões estejam sob calor intolerável para humanos e outros mamíferos.

"Descobrimos que um aquecimento médio de 7ºC causaria algumas regiões a ultrapassar o limite do termômetro úmido (equivalente à sensação do vento sobre a pele molhada, e um aquecimento médio de 12ºC deixaria metade da população mundial em um ambiente inabitável", afirmou Peter Huber, da universidade de Purdue.

Os cientistas argumentam que ao calcular os riscos das emissões de gases atuais, é preciso que se leve em conta os piores cenários (como os previstos no estudo).

'Roleta russa'

Quando o professor Huber fala em um aquecimento médio de 12ºC, isso significaria aumentos de até 35ºC no termômetro úmido nas regiões mais quentes do planeta.

Atualmente, segundo o estudo, as temperaturas mais altas nesta medida nunca ultrapassam 30ºC. A partir de 35ºC no termômetro úmido, o corpo humano só suportaria algumas horas antes de entrar em hipertermia (sobre-aquecimento).

Huber compara a escolha a um jogo de roleta russa, em que "às vezes o risco é alto demais, mesmo se existe apenas uma pequena chance de perder".

O estudo também ressalta que o calor já é uma das principais causas de morte por fenômenos naturais e que muitos acreditam, erroneamente, que a humanidade pode simplesmente se adaptar a temperaturas mais altas.

"Mas quando se mede em termos de picos de estresse incluindo umidade, isso se torna falso", afirmou o professor Steven Sherwood, da universidade de New South Wales.

Calcula-se que um aumento de apenas 4ºC medidos por um termômetro úmido já levaria metade da população mundial a enfrentar um calor equivalente a máximas registradas em poucos locais atualmente.

Os autores também afirmam que um aquecimento de 12ºC é possível através da manutenção da queima de combustíveis fósseis.

"Uma implicação disso é que cálculos recentes do custo das mudanças climáticas sem mitigação (medidas para combatê-las) são baixos demais."

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte: http://verde.br.msn.com/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24216471


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Água da Chapada está poluída

Protesto e indignação: durante todo o dia de ontem, agricultores da Chapada do Apodi alertaram para o uso indiscriminado de agrotóxicos e os riscos para as comunidades.

13/5/2010

Audiência pública, promovida pela Câmara de Limoeiro, discutiu o impacto do agrotóxico nas comunidades
Limoeiro do Norte Em mais de dois anos de pesquisa, a Universidade Federal do Ceará e outras instituições foram categóricos em concluir: as comunidades da Chapada do Apodi estão bebendo água envenenada com resíduos dos agrotóxicos usados na lavoura. De 46 amostras do líquido para abastecimento humano, em todas foram encontrados princípios ativos que compõem diversos agrotóxicos, alguns com uso no País sendo reavaliados.

A informação foi divulgada durante a apresentação da professora Raquel Rigotto, do Departamento de Saúde Comunitária da UFC, e que lidera o núcleo de Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para a Sustentabilidade (Tramas) da universidade, ontem, na audiência pública realizada em Limoeiro do Norte.

O evento teve como objetivo discutir o impacto do agrotóxico nas comunidades cearenses. Participaram representantes de diversos órgãos estaduais e federais. O evento ocorreu após um dia de caminhadas com gritos e protestos contra os agrotóxicos.

Não cabia mais gente no auditório da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam), unidade da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Estudantes, trabalhadores rurais de várias cidades e movimentos sociais estaduais e nacionais acompanharam a discussão.

Dentre os venenos encontrados, muitos são considerados extremamente tóxicos e estão sendo revistos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a fim de saber se o País ainda deve continuar usando os produtos nas plantações.

Na torneira de uma casa na localidade de Santa Fé, na Chapada do Apodi, a análise laboratorial constatou a presença dos fungicidas fosetil e procimidona, dos herbicidas tetraloxidim e flumioxacin, e do inseticida carbaril. Esses venenos, altamente tóxicos, são usados nas plantações de abacaxi, melão e banana. No tanque que abastece a comunidade de Cabeça Preta, foram encontrados nada menos do que sete princípios ativos, entre fungicidas, herbicidas, acaricidas e inseticidas.

"Estamos diante de um quadro de extrema vulnerabilidade e de grave crise na saúde pública", afirmou a pesquisadora. Raquel citou, também, dados da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), que informaram que, de dez poços subterrâneos analisados, em seis foram encontrados princípios ativos de venenos e metais pesados. A Cogerh confirma a contaminação do aquífero Jandaíra, o segundo maior do Nordeste e que está justamente no subsolo da Chapada do Apodi, entre Ceará e Rio Grande do Norte.

Algumas das informações apresentadas, ontem, foram publicadas com exclusividade pelo Diário do Nordeste, na última terça-feira. Desde 2006, o jornal publica matérias sobre a contaminação dos agrotóxicos.

A pesquisa realizada há mais de dois anos pela médica é patrocinada pelo CNPq. Raquel Rigotto critica a falta de consonância entre os órgãos públicos para tratar do tema. Com documentos para provar, afirma que a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) transferem, uma para a outra, a responsabilidade de fiscalizar o uso de agrotóxicos.

A audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Limoeiro do Norte teve a participação de Pedro Luiz Gonçalves Serafim da Silva, da Procuradoria Regional do Trabalho de Recife e coordenador do Fórum Nacional Contra os Impactos do Agrotóxico. "Não existe agrotóxico seguro, e os equipamentos de proteção individual não protegem nada", alerta.

MELQUÍADES JÚNIOR
COLABORADOR
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=784601

CPMA resgata 18 animais na Cidade dos Funcionários


13/5/2010






CRIME AMBIENTAL: a Companhia de Policiamento Militar Ambiental chegou ao local após denúncia feita ao órgão. Os animais serão entregues ao Centro de Triagem do Ibama


A Companhia de Policiamento Militar Ambiental (CPMA) resgatou - na tarde de ontem, de uma residência situada na Cidade dos Funcionários - 18 animais da fauna silvestre brasileira. Entre eles, duas aves que compõem a lista dos animais em extinção: o bicudo e o papagaio-de-cara-roxa. Esse último é considerado uma das espécies de papagaio mais ameaçadas em todo o mundo, conforme a ONG Ambiente Brasil. Estima-se que só existam cerca de três mil deles soltos na natureza.

O imóvel, que matinha os bichos em cativeiro, está à venda. Lá foram encontrados também dois macacos, sendo um deles conhecido como "mico-das-mãos-de-ouro".

Entre os 18 animais existiam: um bicudo, um sanhaço-de-coqueiro, uma graúna, um sabiá, dois galos-de-campina, uma golinha, dois pássaros da espécie cancão, três periquitos-da-terra, um macaco-prego, um mico-das-mãos-de-ouro e quatro papagaios-papa-cacau. Esses papagaios são provenientes da região norte do Brasil e também podem ser encontrados em países vizinhos.

O resgate dos animais foi um trabalho realizado numa parceria entre a CPMA e uma equipe de técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), após denúncia.

Os pássaros apreendidos foram transportados nas gaiolas que estavam, e os macacos, em caixas especiais. Da residência, seguiram para o 23º DP. De lá, serão entregues ao Centro de Triagem do Ibama, situado em Messejana, onde devem ficar de quarentena, até que estejam em condições adequadas de voltarem ao seu hábitat natural.

Os animais serão examinados por uma equipe de veterinários e biólogos, informou José Ribamar Alves Nascimento, tratador do Ibama.

Os proprietários do imóvel não estavam no local, mas logo depois da chegada dos policiais, um homem que se dizia ser advogado da família compareceu à residência. Ele disse não saber se o proprietário tinha licença de criador amadorista.

Os vizinhos do imóvel disseram que não se sentiam incomodados com o canto dos pássaros, e que a família ali residente era muito pacífica. Portanto, ficaram surpresos com a presença de duas viaturas em frente à casa e a movimentação no local. Conforme o guia de fauna da ONG Ambiente Brasil, o papagaio-da-cara-roxa está entre os ameados porque morrem todos os anos milhares deles enquanto são contrabandeados por meio das fronteiras.

Quase sempre empacotados em espaços insuficientes e inadequados para a quantidade que é capturada, os papagaios terminam morrendo durante as longas horas de viagem. Muitos quebram asas e não resistem, além de passarem sede e estresse excessivo pelo cansaço e medo durante a captura.

De acordo com o guia de fauna, nove entre dez papagaios capturados morrem antes de chegarem ao destino final. Esse local, vale ressaltar, geralmente trata-se de feiras que praticam a venda ilegal de pássaros e de outros bichos.

O papagaio-da-cara-roxa é considerado símbolo de um dos mais ricos ecossistemas biológicos da Terra, a região da Serra do Mar e a região de Guaraqueçaba, no estado do Paraná, região Sul do Brasil.

Risco

Algumas pessoas não imaginam que, ao pendurar em casa gaiolas com pássaros para acordar ouvindo o canto desses animais, podem estar cometendo um crime ambiental. Mesmo se as espécies forem nativas da região onde estão reclusas.

Se não tiver a devida permissão, licença ou autorização do órgão competente, a pessoa que mantém animais da fauna silvestre em cativeiro pode ser apenada com detenção de seis meses a um ano e multa.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=784587

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Viva a Terra

Curta um pouco do planeta Terra, nossa casa maior, assista ao clip da música Você faz parte. Curta essa e mude seus hábitos, por uma vida ambientalmente saudável.
Promovido por Discovery Channel.

Cinzas vulcânicas ainda mantêm fechados 4 aeroportos na Espanha

Do G1, com agências internacionais

Fuerteventura também teve de ser fechado por conta da nuvem.
Sevilha foi reaberto, e aeroporto de Madri opera em capacidade plena.


O aeroporto de Fuerteventura teve de ser fechado nesta terça-feira (11) devido à nuvem de cinzas vulcânicas vinda da Islândia, somando-se aos de Málaga, Granada, Jerez e La Palma, segundo a autoridade espanhola de aviação Aena.

O terminal de Sevilha foi reaberto, e foram retiradas as restrições no espaço aéreo entre 20 mil e 35 mil pés, devolvendo ao aeroporto de Madri, em Barajas, sua plena capacidade.

A agência de supervisão aérea Eurocontrol havia alertado sobre um aumento da concentração de cinzas no patamar entre 0 e 20 mil pés na região do aeroporto de Fuerteventura. A agência europeia já havia alertado que a área afetada atravessaria previsivelmente a Península Ibéria e o sudeste da França na tarde desta terça-feira.

VC no G1: Foi afetado pelos atrasos? Envie sua foto, seu vídeo e seu relato

vulcaoImagem aérea tomada nesta terça-feira (11) mostra cinzas, fogo e fumaça que se erguem do vulcão da geleira. (Foto: AP)

Os aeroportos de Málaga e Federico García-Lorca de Granada-Jaén tiveram que fechar a partir das 17h30 locais, enquanto que os terminais de La Palma e Jerez permaneciam fechados desde a madrugada e os dois de Tenerife e La Gomera, assim como os de Badajoz e Sevilha, também afetados desde as primeiras horas, puderam reabrir horas depois, indicou a Aena.

A autoridade espanhola recomenda aos passageiros que entrem em contato com suas companhias aéreas ou com a Aena se têm de voar nas próximas horas.

O Eurocontrol disse que as áreas de grandes concentrações de cinzas em altitudes altas no meio do Atlântico Norte estavam dispersando, melhorando a situação dos voos transatlânticos.

agência de tráfico aéreo europeu já avisou na segunda-feira que as zonas de maior concentração das cinzas poderiam se mover desde o oceano Atlântico e voltar à Península Ibérica, ameaçando novos fechamentos do espaço aéreo de Espanha e Portugal.

Há semanas, a Europa enfrenta reiterados fechamentos do tráfego aéreo, desde que o vulcão em erupção sob a geleira Eyjafjallajokull, na Islândia, começou a lanças cinzas em abril.

menino
Menino descansa no saguão do aeroporto de Sevilha, na Espanha, nesta terça-feira (11), durante período do fechamento. (Foto: AP)

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/cinzas-vulcanicas-ainda-mantem-fechados-4-aeroportos-na-espanha.html

Relatório da ONU alerta para risco de destruição acelerada da biodiversidade

Países descumpriram meta de proteção de espécies. Efeito da Amazônia pode levar à extinção de animais.

Do Globo Amazônia, em São Paulo

Novo relatório das Nações Unidas sobre biodiversidade divulgado nesta segunda-feira (10) alerta para o risco de degradação e colapso de ecossistemas importantes para o homem. O documento também atenta para a extinção de espécies em uma velocidade nunca antes vista.

A meta acordada por governos de diversos países em 2002 para "atingir uma redução significativa da taxa de perda de biodiversidade" não foi atingida até 2010, aponta o documento, que se baseia em estudos enviados pelas nações-membro e em uma projeção de cenários futuros.

O relatório servirá de base para futuras discussões entre líderes mundiais, como na reunião internacional sobre biodiversidade marcada para outubro, no Japão.

Iberê Thenório/Globo Amazônia

Floresta parcialmente destruída (degradada) na Amazônia. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)

A ONU alerta que a perda massiva de biodiversidade no planeta é cada vez mais iminente e que, por consequência disso, a humanidade pode ser prejudicada com a transformação dos ecossistemas em paisagens muito menos produtivas e úteis ao homem. Alguns ecossistemas estariam próximos de alcançar pontos-limite para se transformar irreversivelmente.

A Amazônia representa um importante bioma analisado no relatório. Por causa do desmatamento e das queimadas, segundo o documento, a floresta pode entrar em um processo de decadência que afetará o regime de chuvas no continente e o clima global. Além disso, pode levar à extinção massiva de espécies. O relatório leva em consideração a queda no desmatamento por corte raso (remoção total da mata) registrada na região nos últimos anos, mas alerta para o aumento da degradação florestal (destruição parcial).

Agência Estado/Ag. Estado

Mortandade de peixes no Amazonas após seca em 2009. (Foto: Agência Estado)

Outros riscos ambientais destacados são o aumento da incidência de rios e lagos infestados por algas e com alta mortandade de peixes, além do colapso dos ecossistemas de corais devido a um aumento da acidez e da temperatura dos oceanos, ameaçando milhões de espécies.

“As notícias não são boas. Continuamos a perder biodiversidade a uma taxa nunca antes vista na história”, aponta o secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, Ahmed Djoghlaf. “O relatório deve servir como um chamado para a humanidade. Business as usual (cenário futuro em que se considera que a atividade humana não sofre alteração para reduzir impacto ambiental) não é mais uma opção se quisermos impedir danos irreversíveis aos sistemas vitais de nosso planeta”, diz.

O relatório argumenta que é possível deter a destruição dos ecossistemas se medidas coordenadas forem tomadas para reduzir a pressão sobre o meio natural. Uma nova estratégia a ser adotada é o combate às causas indiretas da perda de biodiversidade, como determinados padrões de consumo, crescimento do comércio e alterações demográficas.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1590706-16052,00-RELATORIO+DA+ONU+ALERTA+PARA+RISCO+DE+DESTRUICAO+ACELERADA+DA+BIODIVERSIDAD.html

segunda-feira, 10 de maio de 2010

ONU alerta que 1,2 mil espécies de aves migratórias estão ameaçadas no mundo

Segundo ONU, aves em risco de extinção são 'sinal de que condições de determinados ecossistemas mudaram'

07 de maio de 2010 | 12h 46
EFE

Um total de 1.227 espécies de aves migratórias estão ameaçadas, o equivalente a 12,4% das 9.865 existentes, segundo alerta nesta sexta-feira o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), devido a celebração neste fim de semana do dia mundial das aves migratórias.

"As aves migratórias têm um papel de indicadores, já que nos permitem observar os efeitos negativos da nossa forma de vida sobre o planeta e sobre a biodiversidade", ressaltou o diretor do Pnuma, Bert Lenten.

Quando uma ave se encontra em perigo de extinção, de acordo com o Pnuma, isso supõe "um sinal de que as condições de determinados ecossistemas mudaram, o que pode afetar outras espécies dependentes". A ONU reporta que cerca de 19% das aves estão classificadas como migratórias, das quais 11% estão em risco e até 31 espécies se encontram na lista vermelha da União Mundial para Conservação da Natureza.

Entre elas, aparecem o periquito-de-ventre-laranja (neophema chrysogaster), o maçarico-de-bico-fino (numenius tenuirostris), a íbis-eremita (geronticus eremita), o abibe-sociável (vanellus gregarius) e o albatroz-das-galápagos (phoebastria irrorata). Estas espécies enfrentam muitas ameaças humanas, como constata a ONU, entre elas a agricultura e a invasão de animais exóticos.

O dia mundial das aves migratórias neste final de semana contará com eventos em países como Espanha, Argentina, Colômbia, Chile, Porto Rico, Índia, França, Itália, Nepal, Estados Unidos e Zimbábue e outras 30 nações no mundo.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,onu-alerta-que-12-mil-especies-de-aves-migratorias-estao-ameacadas-no-mundo,548452,0.htm

Campanha Saco é um Saco ajuda a eliminar 600 milhões de sacolas do meio ambiente

07/05/2010

Melissa Silva

Após onze meses de articulações com diferentes empresas, entidades, artistas e organizações da sociedade civil, a campanha "Saco é um Saco" do Ministério do Meio Ambiente apresenta os números que demonstram a redução significativa das sacolas plásticas. Em 2007, de acordo com a indústria do plástico, 18 bilhões de sacolas foram produzidas no Brasil. Já em 2009, com apenas seis meses de campanha, o número caiu para 15 bilhões, uma redução de 16,66%.

Desde o início da campanha, em junho de 2009, 600 milhões de sacolas plásticas foram evitadas em todo o País, o equivalente a 4% do que foi produzido no ano passado. Em contrapartida, mais de 195.800 sacolas retornáveis foram distribuídas por diversos parceiros da campanha como Gol, Carrefour, Walmart, Kimberly-Clark e CPFL. Neste ano, espera-se que a redução chegue a 10%, o correspondente a 1,5 bilhão de sacolas plásticas.

O Walmart, além de ter desenvolvido o mote da campanha e sua identidade visual, produziu dois filmes e instituiu uma série de programas de desestímulo ao uso de sacolas plásticas em suas lojas, que já resultaram em R$ 700 mil reais de descontos aos consumidores, mais de 2 milhões de sacolas retornáveis vendidas e uma redução de 138 milhões de sacolas plásticas em 2009.

Com o patrocínio do Carrefour, a campanha investiu em estratégias de internet voltadas para as mídias sociais, angariando 619 seguidores no Twitter, alcançando 271 mil pageviews no Blog e mais de 124,4 mil visualizações dos filmes no Youtube. No embalo da campanha, a rede de supermercados implementou as ecocaixas em suas lojas e anunciou o banimento das sacolas plásticas até 2014, passando a oferecer sacos de bioplástico e sacolas biodegradáveis à R$ 0,30, com valor revertido para caridade.

A Kimberly-Clark estampou o selo da campanha nas embalagens de um de seus produtos e distribuiu gratuitamente 140 mil sacolas retornáveis aos clientes que consumiram o produto.

Durantes os mais de 300 dias de campanha, diversas ações foram executadas pelo MMA, com a ajuda dos parceiros. A CPFL divulgou mensagens da campanha em suas contas de luz, atingindo 29,5 milhões de clientes. Nos metrôs de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, cartazes da campanha foram vistos por 4,2 milhões de passageiros por dia. Os vídeos da campanha tiveram 20.600 exibições nas salas da rede de cinemas Rain, tendo sido assistidos por 22,5 milhões de cinéfilos. Em voos da GOL, 225 mil passageiros participaram de ações, como a distribuição de sacolas retornáveis.

Vários artistas, como Xuxa, Maitê Proença, Cristiane Torloni, Júnior do AfroReggae e o surfista Teco Padaratz também aderiram voluntariamente à causa, emprestando suas vozes à campanha de rádio. Eles doaram gentilmente o direito de uso ao Ministério e gravaram gratuitamente spots de trinta segundos, que foram distribuídos para 40 rádios comerciais e 1.980 rádios comunitárias.

Para a coordenadora técnica da campanha, Fernanda Daltro, o diferencial foi justamente ter conseguido agregar tantos parceiros e, principalmente, o impacto causado na sociedade. "Até a indústria do plástico teve de se mobilizar par dar uma resposta sobre como reduzir o impacto ambiental das sacolas plásticas, tamanha a demanda gerada pela campanha".

Apesar do tema já vir sendo discutido, Daltro acredita que o fato da campanha ter um slogan simpático, uma linguagem interessante, com discurso atual e utilizando mídias novas - que permitiram a participação direta da sociedade -, fez com que as empresas fossem "tomadas pela necessidade de fazer algo, não só pela motivação da campanha, mas, principalmente pela repercussão dela na sociedade e a manifestação a favor da redução das sacolas plásticas", destacou.

Veja a avaliação completa e os resultados da Campanha.

Dias das Mães - Com o slogan "Neste Dias das Mães, dê um presente à Mãe Natureza: Recuse Sacolas Plásticas. Todas as mães agradecem", o MMA busca sensibilizar os filhos para que presenteiem suas mães e, principalmente, a Natureza, substituindo as antigas sacolinhas por embalagens criativas e, de preferência, recicláveis.

Para ajudar nos hábitos de consumo dos filhos que irão comprar o presente na última hora, foi preparada uma exposição da campanha no shopping Boulervard, em Brasília, e às 16h, o tema será incluído na programação teatral do shopping.

Fonte: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=5766

Empregos verdes demandam qualificação profissional

Para se colocar no mercado, cursos técnicos ou de nível superior chegam para atender a demanda que, de acordo com profissionais da área, está começando a se expandir no Ceará


08 Mai 2010 - 16h11min

Empresas poluidoras vão precisar de profissionais que as adequem ao modo sustentável de produção(Foto: JOE KLAMAR /AFP)
Ao contrário do que parece, a maioria das vagas destinadas às ocupações verdes (ecologicamente corretas e sustentáveis), por enquanto, ainda não é ocupada por quem possui nível superior de escolaridade, conforme explica Paulo Sergio Muçouçah, coordenador da área de empregos verdes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Mas ele explica que a qualificação é ainda necessária.

``Um cortador da cana-de-açúcar, utilizada na produção de energia renovável, possui um emprego verde e não precisa ter nível superior, desde que seja decente. Mas paralelo ao corte da cana existe um processo paralelo, por isso saber manejar máquinas agrícolas é importante``, exemplifica.

Para quem quer se capacitar nesta área, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) oferece cursos voltados para a área ambiental, como o Técnico em Meio Ambiente, Produção Mais Limpa, e Gerenciamento de Resíduos Sólidos. De acordo com Thomas Edson Torres, consultor e instrutor ambiental do Senai, o curso Técnico em Meio Ambiente é o mais completo, pois dá condições da pessoa atuar com planejamento ambiental, projetos ambientais, controle e monitoramento ambiental e sistema de gestão ambiental.

Já o curso de Produção Mais Limpa forma profissionais para atuarem dentro de empresas, visando redução de desperdício, otimizando matéria-prima, insumos e trazendo benefícios econômicos e ambientais.

``O mercado está começando a se expandir para essa área ambiental``, afirma Thomas. De acordo com ele, os projetos previstos para o Ceará, como a Refinaria e o possível estaleiro, que geram um impacto ambiental, devem demandar ainda mais profissionais.

A advogada Letícia Neves terminou o curso Técnico em Meio Ambiente, no Senai, mês passado e trabalha como voluntária em uma associação. Letícia, que possui pós-graduação em educação ambiental, afirma ter ficado muito satisfeita com o curso, que complementou seus conhecimentos.

``O curso valorizou muito pelas aulas de campo, muitas aulas práticas, que talvez nem fossem possíveis em uma universidade``, explica. Nascida no Rio Grande do Sul, a jovem afirma querer atuar na área de educação ambiental. ``No Rio Grande do Sul já existia há mais tempo essa cultura de reciclar lixo e aqui não. Quando cheguei aqui continuei com os mesmo hábitos, passando para os meus vizinhos a importância da coleta``, explica.

Eólicas
A geradora de energia Bons Ventos, que tem quatros parques eólicos no Ceará & um na Taíba, município de São Gonçalo do Amarante, e três em Aracati -, conta com 40 funcionários. De acordo com Luis Eduardo Barbosa, diretor presidente da empresa, muitos cargos são de nível superior, mas os operacionais, que monitoram e fazem os motores funcionarem, possuem formação técnica. Só para esse cargo, a empresa conta com 24 profissionais. Já os cargos de direção e gerencia são ocupados, em grande parte, por engenheiros.E para quem visa capacitação superior, os cursos de engenharia ambiental, telecomunicações e saneamento ambiental são opções. (Daiana Godoy. Especial para O POVO)
SERVIÇO
- Engenharia ambiental (Fanor)
Site: www.fanor.edu.br
Telefone: (85) 3052.4814

- Engenharia Ambiental e Engenharia de Telecomunicações (Unifor):
Site: www.unifor.br
Telefone: (85) 3477-3000

- Engenharia Ambiental e Saneamento Ambiental (IFCE)
Site: www.ifce.edu.br/
Telefone: (85) 3878.6300 e (85) 3307.3605

- Técnico em Meio Ambiente,
Produção Mais Limpa, Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Senai)
Site: www.senai-ce.org.br
Telefone: (85) 3421.5210
Fonte: http://opovo.uol.com.br/opovo/empregospopulares/981526.html

Conheça a nova tendência do mercado: os empregos verdes

Trabalhar contribuindo com o meio ambiente é uma das tendências do mercado de hoje, com geração de empregos nos mais diversos setores e promessa de aumento da demanda nos próximos anos

Daiana Godoy
Especial para O POVO
daianagodoy@opovo.com.br

08 Mai 2010 - 16h11min

No Ceará, existem mil profissionais envolvidos nos parques eólicos(Foto: Deivyson Teixeira)
Atuar na produção de energias renováveis, agricultura orgânica, em atividades que contribuem na diminuição da emissão de gás carbônico e em educação são algumas das ocupações definidas como empregos verdes, que já totalizam em mais dois milhões no Brasil, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

No estudo Empregos verdes: rumo ao trabalho decente em um mundo sustentável, com baixas emissões de carbono, produzido pela órgão, define empregos verdes como ``postos de trabalho nos setores da agricultura, indústria, construção civil, instalação e manutenção, bem como em atividades científicas, técnicas, administrativas e de serviços que contribuem substancialmente para a preservação ou restauração da qualidade ambiental``.

Segundo Paulo Sergio Muçouçah, autor do estudo Empregos Verdes no Brasil: quantos são, onde estão e como evoluirão nos próximos anos, o Nordeste tem grande mercado para esses profissionais, como na produção de energia renovável, como o biocombustível, em usinas de cana de açúcar, e nos polos de energia eólica, como os que existem no Ceará. ``Especificamente relacionadas ao combate à seca, temos trabalho de construção de cisternas, construção de açudes, e o próprio projeto de transposição das águas do rio São Francisco``, detalha.

Para ele, os empregos verdes ``ajudam a proteger e restaurar ecossistemas e a biodiversidade; reduzem o consumo de energia, materiais e água por meio de estratégias de prevenção altamente eficazes; descarbonizam a economia; e minimizam ou evitam a geração de todas as formas de resíduos e poluição``.

Entre as diversas áreas em que se pode atuar neste ramo, Paulo cita também trabalho com manejo florestal, saneamento em geral, reciclagem de resíduos em geral, construção civil, arquitetura e destaca a área de telecomunicações. ``Apesar de ser uma profissão relativamente nova, telecomunicações geram um impacto muito forte, com o tele-atendimento, que evita o deslocamento das pessoas``.

Ele afirma que a tendência é que a cada ano o número de empregos aumente, e destaca a atividade de agricultura orgânica, que cresce 30% ao ano. Mas além de todas as contribuições para o meio ambiente, o emprego verde tem que ter a característica de emprego decente, ou seja, ter salários adequados, condições seguras de trabalho e direitos trabalhistas, inclusive o direito de se organizar em sindicatos.

E-MAIS

> De acordo com Pedro Perrelli, diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), no Ceará existem 1.000 profissionais envolvidos nos parques eólicos, desde as fases iniciais de instalação até as fases dos parques
em operação.

> As atividades que mais demandam profissionais são nas áreas da construção civil, montagens mecânicas, montagem elétrica, além da mão de obra especializada (montadores, soldadores, eletricistas) e técnica de grau médio.

NÚMEROS

2 milhões

É O NÚMERO DE EMPREGOS VERDES JÁ EXISTENTES NO PAÍS, SEGUNDO A OIT
Fonte: http://opovo.uol.com.br/opovo/empregospopulares/981524.html

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mancha de óleo já atinge costa da Louisiana


A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou, nesta quinta-feira, que parte do óleo derramado no vazamento no Golfo do México já atingiu a costa do Estado da Louisiana.

Uma autoridade local disse à BBC que o óleo atingiu uma ilha perto do delta do rio Mississipi. Alguns residentes da região costeira e um correspondente da BBC em Louisiana afirmaram que já podiam sentir o cheiro do petróleo vindo do mar.

Ainda nesta quinta-feira, o governo da Louisiana declarou Estado de emergência devido ao vazamento de petróleo.

A decisão foi tomada depois de a Guarda Costeira americana ter revelado que a quantidade de petróleo que vaza do poço da plataforma Deepwater Horizon é cinco vezes maior do que se pensava e ameaça chegar à costa já nesta sexta-feira, devido à mudança na direção dos ventos.

"Soubemos que os dados da agência para Oceanos e Atmosfera agora mostram que a mancha de petróleo pode alcançar nossa costa antes do que o esperado", disse o governador da Louisiana, Bobby Jindal, em nota oficial.

"Falei com a secretária (nacional de Segurança Interna, Janet) Napolitano nesta noite para destacar as necessidades do Estado enquanto nos preparamos para o impacto da mancha de petróleo."

"Como a mancha de petróleo se aproxima de nossa costa, pedimos mais recursos da Guarda Costeira e da BP (British Petroleum, que operava a plataforma), enquanto trabalhamos para diminuir os efeitos da mancha", afirmou o governador.

Janet Napolitano, por sua vez, anunciou que o governo dos Estados Unidos determinou que a mancha de petróleo que pode atingir a costa da Louisiana é um evento de importância nacional.

Segundo ela, isto significa que as autoridades estaduais poderão pegar recursos de todo o país para lidar com a situação.

Napolitano também afirmou que um segundo centro de comando está sendo estabelecido na cidade de Mobile, no Estado do Alabama, para ajudar na coordenação dos esforços para conter o vazamento de petróleo.

Militares

O petróleo formou uma mancha com uma área de cerca de 72 km por 170 km - maior do que a área da Jamaica.

A contra-almirante Mary Landry, da Guarda Costeira, disse em Nova Orleans que o equivalente a 5 mil barris de petróleo por dia estão vazando no mar a 80 km da Louisiana.

Segundo Landry, técnicos da Noaa (sigla em inglês da Agência Americana para Oceanos e Atmosfera) revisaram para cima a estimativa do tamanho do vazamento baseados em fotos aéreas, estudo da trajetória da mancha e condições climáticas locais, entre outros fatores.

Com a piora da situação, militares americanos foram mobilizados nesta quinta-feira para ajudar a conter o petróleo pela primeira vez desde o início do vazamento.

Fogo

Uma equipe da Guarda Costeira ateou fogo a parte da mancha de petróleo, em uma tentativa de salvar o frágil ecossistema de pântanos da Louisiana. O Estado abriga cerca de 40% dos pântanos e mangues americanos e é o habitat de inúmeras espécies de peixes e aves.

A queima controlada da mancha foi feita em uma área cerca de 50 km a leste do delta do Rio Mississippi, de acordo com as autoridades.

A plataforma Deepwater Horizon, que pertence à empresa suíça Transocean e estava sendo operada pela British Petroleum (BP), explodiu na terça-feira passada e afundou na quinta-feira, depois de ficar dois dias em chamas.

Onze trabalhadores desapareceram depois do desastre, que está sendo considerado o mais grave do tipo em quase uma década.

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte: http://verde.br.msn.com/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24084742

Lagoa embeleza a Parangaba


5/5/2010
O bairro atravessa o tempo, vivendo sua diversidade e mantendo a independência de comércio e serviços

O mercado imobiliário, há tempos, descobriu o potencial do bairro, daí a crescente expansão de edifícios residenciais. O comércio oferece uma independência ao lugar, que ganha autonomia com a instalação de agências bancárias. Ao mesmo tempo, apresenta seus bolsões de pobreza e marginalidade. Mais para o bem do que para o mal, a vida na Parangaba pulsa fortemente, especialmente, no entorno da sua lagoa.

Ela é a segunda maior de Fortaleza, perdendo apenas para a lagoa de Messejana. Foi no seu contorno, com o povoamento e as primeiras construções, que o bairro nasceu, atravessou mais de um século de existência e integra a história afetiva da Capital cearense.

Esse é o sentimento do aposentado Jeová Pedra, nascido e criado no bairro. Ele lembra os laços estreitos que o lugar sempre estabeleceu com a Cidade, mas mantendo independência muito própria, equivalente a de uma cidade do Interior.

Era por esse motivo que havia o cinema Excelsior, que funcionou à direita da Igreja da Matriz; as casas comerciais; e a lagoa, onde a população se supria de água e, ainda, do peixe, como fonte de subsistência.

Jacarés

Ainda hoje, a atividade pesqueira artesanal se faz presente na lagoa, não obstante o histórico de ter, no passado, criatórios de jacarés. O pescador José Paulo Pinheiro diz que o inverno inibiu a produção do pescado.

Para o memorialista Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez, a independência do bairro é resultado de sua transformação ao longo da história. No princípio, era uma aldeia indígena. Depois, foi elevada à condição de vila. Chegou a ser distrito de Fortaleza. Até que, em 1921, virou um bairro da Capital.

Os nomes do lugar também foram se modificando com o passar do tempo. Chegou a se chamar Arroches (inclusive, o primeiro nome da Avenida João Pessoa era Estrada do Arroches, homenagem a uma localidade portuguesa), depois Porangaba e, por fim, Parangaba.

Nirez lembra que são diversos os pontos em comum com Messejana. Ambos mantiveram o status de distrito, e existe, ainda, uma semelhança física. As igrejas matrizes mantêm o mesmo posicionamento, assim como suas principais praças e os corredores de acesso.

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS
Bar Avião e Asilo são ícones

De um lado, o Bar Avião, que o exotismo de sua construção era referência da Parangaba antiga. De um outro, o Asilo de Parangaba, hoje denominado Hospital São Vicente.

Ambos os equipamentos são considerados ícones do bairro. O Bar Avião padeceu do desleixo ao longo do tempo. No lugar do bar, funciona uma borracharia, e a antiga construção de cimento de um avião bimotor se encontra degradada, há tempos sem reparos.

Já o hospital mantém, ainda, viva sua missão de receber pacientes com problemas psíquicos. O psiquiatra Anchieta Maciel afirma que a unidade hospitalar era, no século XIX até meados do século XX, a única que atendia a pobres e desvalidos, apesar das limitações médicas e terapêuticas da época. No entanto, conseguiu acompanhar a modernidade, adotando o que há de mais apropriado para o tratamento das doenças da mente.

No meio de ambos os símbolos do bairro, havia a linha férrea, que teve, na Parangaba, a segunda estação, depois de Fortaleza. O pesquisador Nirez conta que surgiu no momento em que se concebeu a ligação da linha férrea até Baturité. Depois, foi expandida até o Crato, com um ramal que dava acesso ao estado da Paraíba.

Aristocracia

No entorno da lagoa, residia também o Barão de Aratanha, detentor de diversas terras na área central, inclusive onde hoje está o Santuário do Sagrado Coração de Jesus. A construção do templo foi uma iniciativa do poderoso aristocrata.

Fique por dentro
Missão dos Jesuítas


O bairro era a antiga aldeia indígena catequizada pelos jesuítas da Companhia de Jesus. Foi elevada à condição de vila no anos de 1759, com o nome de Arroches. Foi incorporada à Fortaleza pela lei nº 2, de 13 de maio de 1835; depois foi restaurado município pela lei nº 2.097, de 25 de novembro em 1885, com o nome de Porangaba; e finalmente foi incorporado à Fortaleza pela lei nº 1.913, de 31 de outubro 1921. No século XVIII, o antigo Arroches se destacava como ponto intermediário no transporte de gado, com a Estrada do Barro Vermelho-Parangaba, estrada que ligava o Barro Vermelho (Antônio Bezerra) à Parangaba; e a Estrada da Paranjana, que ligava Messejana à Parangaba. Com a construção da Estrada de Ferro de Baturité, uma estação de trem é instalada em 1873, e Parangaba estava ligada com a Capital. Durante o último período como município, chegou a ter sua própria linha de bonde, entre os anos de 1894 e 1918. Em 1941, a malha ferroviária de Parangaba foi expandida com direção ao Mucuripe, e, em 1944, o nome da estação foi alterada para Parangaba. Essa estação, nos dias de hoje, faz parte do Metrô de Fortaleza. Uma estação elevada está sendo construída pelo Metrofor.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=779908

Opinião do autor do blog.
Este exemplo de desenvolvimento poderia muito bem ser trabalhado pelo nosso município, pios a hitória do mesmo se assemelha com a história de nossa querida Cruz, mas pelo contrário de lá, nossa lagoa hoje é dpósito de lixo e esgoto e está totalmente abandonado. Vamos lutar para resgatar o nosso ambiente sadio e sutentável.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Percentual de desmatamento nos EUA e Canadá é maior que no Brasil, diz estudo


redação UrbanPost
de São Paulo

Estudo realizado pela National Academy of Science (PNAS), dos Estados Unidos, publicou recentemente estudo mostrando que o mundo perdeu, entre 2000 e 2005, cerca de 1 milhão de metros quadrados de florestas antivas. O volume representa 3,1% da cobertura vegetal do planeta, de acordo com os sites TreeHugger e Mongabay.
A pesquisa mostra que, no período, Estados Unidos e Canadá tiveram as maiores perdas percentuais – em números absolutos, o Brasil registrou a maior área devastada.
Foram analisados dados dos seguintes países: Rússia, Brasil, EUA, Canadá, Indonésia, China e Congo. Entre 2000 e 2005, de acordo com o levantamento, o Brasil perdeu 165 mil quilômetros quadrados de florestas, ou 3,6% do total da área verde. Já o Canadá perdeu 160 mil metros quadrados (5,2% da cobertura), enquanto os EUA foram responsáveis pela devastação de 120 mil metros quadrados (6% do total de suas florestas).
A devastação foi provocada tanto pela ação do homem quanto por causa de desastres naturais, informa o estudo.

Fonte: http://verde.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24071553