sexta-feira, 30 de abril de 2010

A área do planeta Terra é finita.


A estimativa em relação ao número de habitantes para o ano 2050 é assustadora.

Ao longo da história da humanidade diversas modificações aconteceram quanto ao número de habitantes na Terra. Desse modo, é possível perceber períodos nos quais o número de habitantes era modesto e outros, como o atual, com números considerados bastante elevados. O crescimento populacional significa uma alteração no número de uma população de forma positiva.

O crescimento populacional ocorreu no decorrer da história, às vezes em ritmo compassado, outras vezes de maneira veloz, um bom exemplo é o século XX, período no qual houve maior crescimento da população.

Fazendo uma retrospectiva quanto ao número da população mundial, é possível traçar uma comparação entre o passado, o presente e o futuro. Cerca de 300 milhões de pessoas era a população mundial há aproximadamente 2.000 anos. A população permaneceu sem apresentar crescimento relevante ao longo de extensos períodos, uma vez que havia momentos de apogeu no crescimento populacional e outros de profundos declínios.

Por causa da instabilidade do crescimento populacional foi preciso cerca de 1.600 anos para que o contingente atingisse 600 milhões de habitantes. O crescimento da população desenvolveu-se em diferentes intensidades, que pode ser simplificado da seguinte forma:

• Em 10.000 a.C o planeta abrigava poucos milhões de habitantes.

• No ano 1 d.C a população mundial totalizava cerca de 250 milhões de habitantes.

• Após 1.600 anos, a soma da população mundial não ultrapassava 500 milhões de habitantes.

• Em 1850, 200 anos depois, a população do planeta atingiu 1 bilhão de pessoas.

• De 1850 a 1950 o contingente populacional teve um estrondoso crescimento, alcançando 2,5 bilhões de habitantes.

• 40 anos depois, a população já havia crescido mais do que o dobro, totalizando 5,2 bilhões de habitantes.
• A partir do ano 2.000 a população total do mundo somava 6 bilhões de pessoas.

No dia 05 de agosto de 2008, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou um relatório que apresenta uma estimativa em relação ao número de habitantes em escala planetária para o ano de 2050, que poderá atingir 9,2 bilhões de pessoas.

O relatório levantou as possíveis causas para esse crescimento, a elevação na expectativa de vida, além do maior acesso ao tratamento da AIDS. O estudo afirmou também que no mês de julho de 2008 a população atingiu 6,7 bilhões de habitantes.

De acordo com a pesquisa, o crescimento da população deve ocorrer de forma significativa somente nos países em desenvolvimento, no caso dos países desenvolvidos as mudanças serão modestas.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/crescimento-populacao-mundial.htm

Fonte de pesquisa da imagem:http://blogmais.wordpress.com/2008/05/29/imagens-bonitas-planeta-terra/

Fibra do coco já está sendo reciclado no Ceará

Mais uma atitude ambientalmente correta está acontecedo com a fibra do coco, uma empresa está utilizando a fibra para fabricação de diversos produtos, o Brasil ainda não tornou-se um consumidor dos produtos feitos a partir da fibra, estes produtos estão sendo consumidos mais no exterior através da exportação. Veja a reportagem da tv o povo a seguir.

Resposta global aos desastres naturais

Eles causaram cerca de 1 milhão de mortes em dez anos; ONU cria plano para reduzir danos a partir de 2015

30 de abril de 2010 | 0h 00

Jamil Chade, correspondente em Genebra - O Estado de S.Paulo

A erupção de um vulcão perto do Ártico este mês afetou empregos na produção de flores no Quênia e provocou perdas à economia europeia superiores às dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Um tsunami causado por um terremoto no Chile em fevereiro deixou toda a bacia do Pacífico em suspense por mais de 24 horas.

Nos últimos dez anos, a economia global sofreu prejuízos de quase US$ 1 trilhão por conta de desastres naturais. Diante de fenômenos que afetam áreas cada vez mais povoadas, com impacto global, a Organização das Nações Unidas criou o primeiro plano internacional de redução de riscos de desastres. O objetivo é que todos os governos signatários adotem até 2015 as diretrizes, uma espécie de guia sobre o que cada cidade, governo estadual e nacional precisa fazer para proteger as populações e alertar países vizinhos dos riscos.

"Precisamos aprender com o que estamos enfrentando para criar um regime de resposta de emergência às crises", diz Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU para o Meio Ambiente.

2004. A consciência de que o mundo precisava de uma estratégia coordenada surgiu quando o tsunami provocado por um terremoto na Ásia em 2004 matou mais de 200 mil pessoas em oito países. E ganhou força com terremotos como os registrados este ano no Chile, Haiti e China.

No caso do Haiti, a própria ONU fracassou. A organização tentou montar a partir de 2004 uma política de redução de riscos no país, mas não conseguiu fazer o projeto vingar a tempo de evitar as 230 mil mortes registradas no tremor de janeiro. O sucesso do plano internacional passa por uma maior eficiência, até mesmo das agências da ONU, criticadas pela burocracia, em criar condições que permitam a países pobres aderir ao programa.

"Pela primeira vez, temos uma consciência global e isso pode mudar a maneira pela qual podemos nos preparar para enfrentar esse desafio", diz a sueca Margareta Wahlstrom, subsecretária-geral da ONU para a Redução de Riscos de Catástrofe. Além disso, nunca houve tanta capacidade de disseminar rapidamente informação sobre desastres, o que permitiria uma redução considerável do número de vítimas.

Outro argumento é o de que reduzir riscos é atraente em termos econômicos. Para cada US$ 1 investido em prevenção de desastres e planejamento urbano, pode-se economizar até US$ 7 em resgate e reparo de danos.

Passos. A proposta prevê que cada governo nacional e local estabeleça seu plano. O primeiro passo é monitorar áreas de risco e o segundo, montar um sistema de alerta, para permitir a retirada rápida da população. Além disso, padrões de construção mais rigorosos podem garantir que hospitais, escolas, usinas de energia e abastecimento de água continuem funcionando mesmo durante calamidades.

A ONU também vai cobrar dos signatários que façam campanhas de conscientização, ensinando aos moradores como agir em desastres. O processo não se resume aos cidadãos comuns. Membros do governo precisam ser treinados sobre como responder à crise e se comunicar.

Esses princípios podem parecer senso comum. Mas muitos governos não contam com nenhum planejamento nem reservas orçamentárias para lidar com desastres. Experts da ONU admitem que um dos maiores obstáculos para criar a estratégia internacional é convencer políticos de que precisam investir em projetos que não têm visibilidade imediata para os eleitores.

Os dados para justificar esses investimentos falam por si só. Segundo a ONU, o número de desastres naturais passou de uma média de 50 por ano, na década de 60, para 165 por ano na década de 80. Entre 2000 e 2010, foram registrados em média mais de 385 desastres naturais por ano. O número de pessoas afetadas subiu para 2,4 bilhões, ante 1,7 bilhão nos anos 90.

Ásia. Cerca de 85% das 780 mil mortes provocadas por desastres naturais de 2000 a 2009 ocorreram na Ásia. Os eventos mais devastadores foram o tsunami de 2004 (226 mil mortes), o ciclone Nargis, ocorrido em 2008 em Mianmar (138 mil), e o terremoto registrado no mesmo ano em Sichuan, China (87 mil).

Segundo o relatório The Right to Survive, publicado pela ONG Oxfam no ano passado, a vulnerabilidade dos países menos desenvolvidos a catástrofes é evidente. Segundo o documento, nos países mais ricos um desastre natural mata, em média, 23 pessoas. Nos países pobres, essa média é de 1.052 pessoas.

Para Michael Bailey, líder da equipe de questões de segurança humanitária da Oxfam, o motivo dessa disparidade é uma combinação cruel de fatores. " No Japão, por exemplo, eles estão acostumados a terremotos, então têm um serviço pós-desastre excelente", afirma. "Nos países pouco desenvolvidos as pessoas morrem muito no pós-desastre. Não têm acesso a comida, a água de qualidade, a um serviço de saúde decente."

Pelos dados da Oxfam, quase 250 milhões de pessoas foram afetadas por ano por desastres naturais de 1998 a 2007. A ONG prevê que, no caso de fenômenos climáticos, o número de vítimas crescerá 50% em 2015.

"Tentamos mapear uma tendência. Poderá haver mais vulnerabilidade, mas não dá para ser categórico", diz Bailey. "Por um lado, há mais pessoas morando nas zonas costeiras e favelas; por outro, cerca de 200 milhões de pessoas saíram da zona de pobreza nos últimos anos."

Brasil. Estudos do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Brasil acompanha essa tendência internacional de aumento da vulnerabilidade a "eventos climáticos extremos". Enquanto no Sudeste e no Sul isso significa aumento de picos de chuva, no Nordeste e no leste da Amazônia são esperadas secas mais intensas.

Na Região Sudeste, por exemplo, o Inpe detectou um aumento do número de dias com precipitações que superam 30 ou 40 milímetros. "A relação não é direta: se houver mais chuva haverá mais mortes", explica o pesquisador José Marengo. "Há um componente não climático que conta: o péssimo planejamento das cidades." /COLABORARAM KARINA NINNI E FERNANDA FAVA, ESPECIAL PARA O ESTADO, E ADRIANA CARRANCA

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100430/not_imp544951,0.php


Desastre ambiental na extração de combustíveis fósseis

29/04/2010 - 23h54

Mancha de óleo atinge costa da Louisiana

da BBC Brasil

A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou, nesta quinta-feira (29), que parte do óleo derramado no vazamento no golfo do México já atingiu a costa do Estado da Louisiana.

Uma autoridade local disse à BBC que o óleo atingiu uma ilha perto do delta do rio Mississipi. Alguns residentes da região costeira e um correspondente da BBC em Louisiana afirmaram que já podiam sentir o cheiro do petróleo vindo do mar.

Ainda nesta quinta-feira, o governo da Louisiana declarou Estado de emergência devido ao vazamento de petróleo.

A decisão foi tomada depois de a Guarda Costeira americana ter revelado que a quantidade de petróleo que vaza do poço da plataforma Deepwater Horizon é cinco vezes maior do que se pensava e ameaça chegar à costa já nesta sexta-feira, devido à mudança na direção dos ventos.

"Soubemos que os dados da agência para Oceanos e Atmosfera agora mostram que a mancha de petróleo pode alcançar nossa costa antes do que o esperado", disse o governador da Louisiana, Bobby Jindal, em nota oficial.

"Falei com a secretária (nacional de Segurança Interna, Janet) Napolitano nesta noite para destacar as necessidades do Estado enquanto nos preparamos para o impacto da mancha de petróleo."

"Como a mancha de petróleo se aproxima de nossa costa, pedimos mais recursos da Guarda Costeira e da BP (British Petroleum, que operava a plataforma), enquanto trabalhamos para diminuir os efeitos da mancha", afirmou o governador.

Janet Napolitano, por sua vez, anunciou que o governo dos Estados Unidos determinou que a mancha de petróleo que pode atingir a costa da Louisiana é um evento de importância nacional.

Segundo ela, isto significa que as autoridades estaduais poderão pegar recursos de todo o país para lidar com a situação.

Napolitano também afirmou que um segundo centro de comando está sendo estabelecido na cidade de Mobile, no Estado do Alabama, para ajudar na coordenação dos esforços para conter o vazamento de petróleo.

Militares

O petróleo formou uma mancha com uma área de cerca de 72 km por 170 km - maior do que a área da Jamaica.

A contra-almirante Mary Landry, da Guarda Costeira, disse em Nova Orleans que o equivalente a 5 mil barris de petróleo por dia estão vazando no mar a 80 km da Louisiana.

Segundo Landry, técnicos da Noaa (sigla em inglês da Agência Americana para Oceanos e Atmosfera) revisaram para cima a estimativa do tamanho do vazamento baseados em fotos aéreas, estudo da trajetória da mancha e condições climáticas locais, entre outros fatores.

Com a piora da situação, militares americanos foram mobilizados nesta quinta-feira para ajudar a conter o petróleo pela primeira vez desde o início do vazamento.

Fogo

Uma equipe da Guarda Costeira ateou fogo a parte da mancha de petróleo, em uma tentativa de salvar o frágil ecossistema de pântanos da Louisiana. O Estado abriga cerca de 40% dos pântanos e mangues americanos e é o habitat de inúmeras espécies de peixes e aves.

A queima controlada da mancha foi feita em uma área cerca de 50 km a leste do delta do Rio Mississippi, de acordo com as autoridades.

A plataforma Deepwater Horizon, que pertence à empresa suíça Transocean e estava sendo operada pela British Petroleum (BP), explodiu na terça-feira passada e afundou na quinta-feira, depois de ficar dois dias em chamas.

Onze trabalhadores desapareceram depois do desastre, que está sendo considerado o mais grave do tipo em quase uma década.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u728121.shtml


O Estado de S.Paulo

O atual vazamento de petróleo no Golfo do México pode ser o segundo maior acidente ambiental da história americana, atrás apenas do vazamento do navio Exxon Valdez no Alasca em 1989. Se não for contido, o vazamento da empresa britânica British Petroleum (BP) na costa da Louisiana despejará 15,9 milhões de litros de óleo cru no mar, enquanto o acidente do Alasca deixou vazar 41,6 milhões de litros.

A partir de amanhã, equipes de emergência reforçarão os trabalhos de drenagem do óleo, como parte de um esforço de US$ 100 milhões para limpar a área. A ideia é reduzir a pressão do poço que está jorrando petróleo sem parar. A plataforma Deepwater Horizon, da BP, explodiu na terça-feira da semana passada e depois afundou, após ficar dois dias em chamas. A mancha no mar já chega a cerca de 1,5 mil km². Uma das soluções, segundo a guarda costeira da Louisiana, será atear fogo na mancha de petróleo para tentar reduzi-la.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100428/not_imp543938,0.php

domingo, 25 de abril de 2010

Pense em quem votar nestas eleições

Editorial

Consciência eleitoral

25/4/2010

Com o lançamento dos postulantes a candidato em vários cargos nas próximas eleições, volta à tona o crônico e impreciso gênero de comprometimento de inúmeros cidadãos em relação ao consciente exercício de seu voto, posto em xeque por pesquisa que aponta uma realidade preocupante. Em inquestionável demonstração de alienação política, cerca de 65% dos eleitores do País não se lembram em quem votaram no pleito passado para lhes representar no Poder Legislativo.

Estudiosos que analisam essa anomalia política, classificada como amnésia eleitoral, observam no fato a notória carência de espírito democrático, ocasionadora da ausência do necessário acompanhamento dos votantes quanto ao desempenho das personalidades que escolheram.

Segundo se constata, em grande parte dos casos, tal estranho esquecimento decorre de votos conseguidos por motivos aleatórios, de caráter estritamente circunstancial e completamente alheio aos imprescindíveis critérios para a escolha adequada de um representante político do povo. Nesse processo de alheamento, os compromissos de voto são assumidos em troca da concessão dos mais diversificados e, por vezes, exóticos tipos de favores. Entre eles, a concessão de empregos, bolsas de estudo, financiamento de times amadores de futebol, doação de dinheiro em espécie e, até mesmo, presentes pessoais de pequena monta. A distribuição de óculos e dentaduras, vista por alguns como fato folclórico, infelizmente ainda faz parte da realidade.

Ao contrário do que se costuma supor, o irresponsável câmbio de interesses eleitoreiros acontece, indistintamente e nas mesmas proporções, em faixas contrastantes de baixo e alto poder aquisitivo, tanto nos Estados mais pobres quanto naqueles de maior nível socioeconômico e de mais elevados níveis de instrução. A troca do voto por benesses de toda espécie e o subsequente esquecimento dos políticos favorecidos com a barganha estão presentes desde os mais desconhecidos grotões nordestinos às mais desenvolvidas cidades do Sudeste. Ressalte-se que o voto permutado nunca leva em consideração o partido ao qual o candidato pertence, não obedecendo, por conseguinte, aos mínimos critérios de uma apropriada avaliação.

Tão grave desvirtuamento do verdadeiro sentido de cidadania e do conceito de estado democrático concorre, sem qualquer dúvida, para o baixo nível por último detectado naqueles que deveriam, por pressuposto, esmerarem-se em ser padrões de ética e honestidade no cenário político. A cada dia, registram-se constrangedoras atuações de representantes arrivistas e despreparados para o cumprimento da elevada função pública que lhes foi delegada.

Torna-se oportuno enfatizar e esclarecer que o direito ao voto, embasado na consciência cívica de exercê-lo, é um atributo visceralmente ligado ao futuro do País e, mais do que nunca, imprescindível para consolidar a credibilidade, sempre tão posta à prova, dos que exercem mandatos outorgados pelo que se entende por soberana decisão popular, requisito fundamental da democracia.

É patente que o baixo índice de politização do eleitor constitui um dos problemas institucionais graves do Brasil.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=774354

sábado, 24 de abril de 2010

Conscientização ambiental; para alguns besteira ambiental

O ser humano as vezes se comporta de maneira bem irracional em relação a nossa casa maior, mal sabe o ignorante por ingenuidade ou por ganância de riqueza, valores; que se a Terra sofrer consequências maiores como grandes abalos císmicos, derretimento de geleiras como prevêem alguns especialistas do clima, a nossa raça é a mais ameaçada de extinção, podendo a terra mais tarde se recuperar e nós com toda essa ganância ir pro espaço. O planeta terra não nos pertence e sim ao contrário, nós é que pertencemos a ele quer queira ou não. Temos mania de jogar fora o que não queremos mais ou algo que nos prejudique, já pensou se o planeta terra se comportasse desta forma, para onde jogar o lixo do ser humano?
Temos que usar nossa inteligênica não somente para se dar bem na vida e ganharmos dinheiro, pois temos um futuro pela frente que alguém mais cedo ou mais tarde vai pagar pelas ações relizadas. Diante desta realidade de destruição da nossa casa, nós somos os irracionais e os outros animais são racionais. Pense nisso. Reflita, e dê uma chance para seu neto, bisneto etc. Que Deus o abençõe.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Em defesa do Meio Ambiente

Política

EUA

Marina Silva discursará em Washington sobre o meio ambiente

Senadora participará de evento público comemorativo do Dia da Terra, organizado no 'Mall', grande esplanada central de Washington, onde se concentram monumentos e museus da capital americana


22 Abr 2010 - 19h09min

A candidata à Presidência do Brasil pelo Partido Verde (PV), Marina Silva, se reunirá, no fim de semana, com representantes do governo do presidente americano, Barack Obama, em Washington, onde participará, no domingo, de um evento por ocasião do Dia da Terra - celebrado esta quinta-feira, 22 -, informou uma organização ambientalista.

Marina, que é senadora pelo estado do Acre e foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula, falará com funcionários do conselho ambiental da Casa Branca, informou a organização Fundo de Defesa do Meio Ambiente em um comunicado.

Ao meio-dia de domingo, 25, ela discursará em evento público comemorativo do Dia da Terra, organizado no "Mall", grande esplanada central de Washington, onde se concentram os monumentos e museus da capital americana.

Marina, que é uma referência internacional na luta pela preservação do meio ambiente, deixou o governo Lula em 2008, após seis anos à frente da pasta do Meio Ambiente, por desacordos com a política de desenvolvimento do País.

Em 2009, se desfiliou do Partido dos Trabalhadores (PT), após receber um convite para ser candidata dos "verdes" à Presidência.

Por enquanto, os favoritos às eleições de outubro são o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), seguido da candidata do governo, Dilma Rousseff.

Fonte: http://opovo.uol.com.br/politica/975830.html

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia do Planeta Terra

Em breve: Earth Day!

Em um único dia, milhares de ligações. Todas sobre as mudanças climáticas. Para quem? Ninguém menos do que para os governadores de seus países, estados e cidades.

A idéia do Earth Day é que o mundo inteiro faça o mesmo no dia 22 de abril, ou seja, pegar o telefone e cobrar os governantes por uma moratória da queima de carvão, pelo uso de energias renováveis e por construções mais eficientes.

Diversos eventos voltados ao meio ambiente aconteceram nesse dia ao redor do mundo. Nova Iorque, Tokyo, Buenos Aires, Sydney e Barcelona são alguns dos exemplos de locais onde poderão ser vistos shows e outros eventos voltados ao Dia da Terra.

Por que no dia 22 de abril? Foi nesta data que o senador estadunidense Gaylord Nelson fundou, em 1970, a comemoração no país para que a discussão sobre o meio ambiente se tornasse algo nacional. Denis Hayes, então estudante da Harvard, foi chamado para organizar os eventos. Nesse ano, cerca de 20 milhões de pessoas participaram das atividades. Hoje, acredita-se que aproximadamente 500 milhões de cidadãos de todo o mundo fazem algo pelo meio ambiente nessa data.

A mesma organização que promove as celebrações desenvolveu também o Global Water Network, um site para conscientizar o público sobre os problemas com a água e para gerar fundos e patrocínios para projetos de tratamento desse recurso e de ampliação do saniamento básico. O dinheiro arrecado, então, é destinado para Ongs da América do Sul, África e Oriente Médio.

Não se esqueça: no dia 22 de abril, pegue o telefone, ligue para os seus representantes e cobre políticas que ajudem o meio ambiente.

LEIA TAMBÉM: Uma reflexão sobre o Dia da Terra

Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/planeta/79773_post.shtml

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ave em extinção


Dia de campo divulga habitat de espécie rara

21/4/2010

Observar o pássaro Soldadinho-do-Araripe em seu habitat é atração que já tem admiradores na região do Cariri

Juazeiro do Norte. Admiradores de pássaros tiveram oportunidade rara no sopé da Chapada do Araripe. Puderam apreciar uma das espécies de rara beleza, que corre o risco de extinção, o Soldadinho-do-Araripe, durante atividade de observação em campo que aliou o turismo e a conscientização ambiental. A Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) promoveu a observação de aves no Geosítio Riacho do Meio, na cidade de Barbalha. O evento contou com o apoio das entidades internacionais BirdLife International, Royal Society for the Protection of Birds e Geopark Araripe.

Esta é a primeira vez que a população local tem a oportunidade de participar de uma atividade do gênero de forma organizada. Foram cerca de 15 participantes, pessoas ligadas a órgãos ambientais e admiradores da natureza. Mesmo assim, o biólogo Weber Girão, que também é vice-presidente da entidade, dedicada à preservação da biodiversidade e uso responsável dos recursos naturais da região Nordeste, afirma que o número de participantes esteve acima do convencional, já que para esse tipo de atividade tem que ser uma quantidade reduzida.

Ele ressalta que embora o Cariri receba turistas do Brasil e de outros países com o único objetivo da observação de aves, se decidiu fazer esse trabalho no sentido de levar ao conhecimento das pessoas a riqueza da biodiversidade e do próprio habitat do pássaro.

No início deste ano, uma pesquisa apresentada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, classificou a ave do Araripe em estado crítico de perigo de extinção, junto com algumas espécies brasileiras, na mesma situação. A classificação trata-se do último nível antes do desaparecimento na natureza. No caso do Soldadinho-do-Araripe, há outro fator importante: a possível extinção dessas aves está diretamente ligada a questão hídrica, já que fontes de água na área da Chapada estão desaparecendo.

Plano de conservação

A Aquasis desenvolve um Plano de Conservação com o Soldadinho-do-Araripe. O pássaro tem como habitat áreas de encosta da Chapada do Araripe, nos municípios do Crato, Barbalha e Missão Velha. Recentemente foi realizado encontro, no Crato, a fim de traçar novas estratégias de ação.

Weber afirma que a observação de aves é uma atividade que vem atraindo cada vez mais adeptos no mundo todo, por requerer principalmente o interesse do praticante e não demandar grandes gastos com equipamento, apenas um binóculo e atenção aos movimentos. Mas, tanto para aquele que utiliza somente os sentidos da visão e da audição, quanto para o que investe dinheiro na prática do lazer, ele explica que o importante é a preservação do animal em seu ambiente natural.

O objetivo da Aquasis com o evento foi formar um grupo de observadores de aves livres na região do Cariri. Ele ressalta que a quantidade de participantes poderia perturbar os pássaros. No entanto, o biólogo reforça que, havendo interessados, poderão ser formados novos grupos. O Riacho do Meio constitui um espaço importante da área da Chapada do Araripe, onde foram desenvolvidas as atividades, levando ao conhecimento das pessoas a importância da preservação do local, para a sobrevivência das espécies. A ave foi descoberta no ano de 1996.

Conforme Weber, é uma das 14 espécies de aves ameaçadas de extinção encontradas no Ceará. Ele explica ser o Soldadinho-do-Araripe a única ave naturalmente endêmica do Ceará. A conservação dessa espécie já seria um símbolo para identificar o trabalho de proteção da natureza no Estado.

"A observação de aves pode ser uma excelente alternativa, pois o impacto ambiental é praticamente nulo e promove o envolvimento das pessoas com a natureza em liberdade", explica o biólogo. A região da Chapada do Araripe é um tipo de Meca dos observadores de aves que visitam o Brasil, pois abriga 280 espécies de aves aproximadamente, tendo o Soldadinho-do-Araripe como seu maior atrativo.

Extinção

"O uso de gaiolas é extremamente nociva ao meio ambiente, levando algumas espécies à extinção"
Weber Girão
Biólogo

MAIS INFORMAÇÕES
Aquasis
Praia de Iparana s/n, Caucaia
aquasis@aquasis.org
www.aquasis.org; (85) 3318.4911

RISCO DE EXTINÇÃO

Ave é a mais ameaçada do Estado

Juazeiro do Norte.
A ave-símbolo do Ceará, o Soldadinho-do-Araripe (Antilophia bokermanni), é a mais ameaçada de extinção no Estado. O pássaro foi descoberto em 1996 por Galileu Coelho e Weber Silva, sendo incluída, em 2000, na lista global de espécies ameaçadas da ONG BirdLife International.

A ONG classifica a ave como "Criticamente em Perigo", considerado o nível mais grave antes da extinção na natureza. Em 2003, passou a constar na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. Segundo Weber, o Soldadinho-do-Araripe encontra-se ameaçado por habitar as raras florestas úmidas nas encostas da Chapada, que somam apenas 28Km.

Atualmente, Weber reside na região do Cariri para iniciar projeto de pesquisa sobre o pássaro, dentro do programa de preservação.

Reprodução

O pássaro se reproduz sobre a água, onde se concentram os frutos dos quais depende para sobreviver. Os ainda fartos recursos hídricos fazem da região do Cariri um tipo de oásis em meio ao sertão, sendo a principal riqueza natural que permite esta região ser considerada o celeiro do Ceará.

A relação íntima do Soldadinho-do-Araripe com as águas torna esta espécie um símbolo para a conservação na natureza, promovendo o envolvimento da sociedade local na gestão e proteção dos recursos naturais vitais para todos.

O Projeto Soldadinho-do-Araripe tem como uma de suas principais metas desenvolver grupos de observadores de aves com a população local, incentivando para os cuidados com o ecossistema.

As observações deverão ocorrer aos sábados, em diferentes locais, estando também previstas atividades para a comemoração dos 64 anos da Floresta Nacional do Araripe, durante os dias 28 e 30.

O grupo de observadores conta com binóculos e lunetas doadas pela Sociedade Real para a Proteção das Aves. O Projeto Soldadinho-do-Araripe é mantido com recursos do programa de prevenção de extinções da entidade britânica BirdLife International.

Elizângela Santos
Repórter

Fonte:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=771832

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Crise no planeta terra 2010

Veja os maiores terremotos deste ano pelo mundo

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da Reportagem Local

Uma série de terremotos atingiu entre terça-feira e quarta-feira a região da Província de Qinghai, na China, deixando ao menos 400 mortos e outros 10 mil feridos. O mais forte dos tremores teve magnitude 6,9, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora a atividade sísmica mundial.

Veja outros terremotos de grande magnitude que atingiram o mundo neste ano:

12 de janeiro:

Um terremoto devastador de magnitude 7 atingiu a região da capital do Haiti, Porto Príncipe, deixando mais de 230 mil mortos e 2 milhões de desabrigados.

27 de fevereiro:

Um tremor de magnitude 8,8 devastou o centro-sul do Chile e causou vários tsunamis na pior tragédia do tipo desde 1950. Segundo o balanço mais recente do governo, foram 486 mortos e 79 desaparecidos no tremor, que deixou ainda mais de 2 milhões de pessoas e causando danos materiais estimados em US$ 30 bilhões (R$ 53,8 bilhões).

4 de março:

Um terremoto de magnitude 6,4 atinge Taiwan, sem deixar vítimas.

6 de março:

Um terremoto de magnitude 7,1 atingiu o sudoeste de Sumatra, na Indonésia, sem deixar vítimas.

8 de março:

Um tremor de magnitude 6 registrado deixou ao menos 41 mortos em Elazig, na Turquia, onde causou o desabamento de dezenas de casas de pedra e barro em uma Província remota.

14 de março:

Um terremoto de magnitude 6,6 atinge o noroeste do Japão e é sentido em várias cidades da região. Não há vítimas.

No mesmo dia, um terremoto de magnitude 7 causa pânico nos moradores do leste da Indonésia, mas não causa alertas de tsunami ou vítimas.

25 de março:

Um terremoto de magnitude 6,1 atinge as Filipinas sem deixar vítimas ou danos materiais.

O tremor, que teve epicentro no mar, ao norte do estreito de Mindoro e a 72,4 quilômetros de profundidade, foi sentido na capital, Manila.

4 de abril:

O tremor de magnitude 7,2, com epicentro a 60 quilômetros da fronteira mexicana com os EUA, foi sentido nos Condados de San Diego, Orange, Imperial e Riverside, além de atingir levemente edifícios em locais mais distantes, como em Los Angeles.

O terremoto no México foi o terceiro de grande intensidade ocorrido na América no último trimestre, após o de 7 graus que devastou o Haiti em janeiro o de 8,8 que atingiu o sul e o centro do Chile em fevereiro.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u720570.shtml

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Terremoto na china

Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 14/4/2010 8:24

Terremoto na China deixa cerca de 400 mortos

Cerca de 400 pessoas morreram e 10 mil ficaram feridas no terremoto de 7,1 graus de magnitude que atingiu nesta quarta-feira a remota província de Qinghai, no noroeste da China, informou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

O terremoto atingiu a região montanhosa, próxima à fronteira com o Tibete, de manhã cedo, hora local, quando muitas vítimas estavam em casa.

Segundo a mídia chinesa, autoridades do condado de Yushu, uma área próxima ao epicentro, disseram que mais de 85% dos prédios da região foram derrubados pelo tremor.

O epicentro atingiu o vilarejo de Rima. Segundo as autoridades locais, trata-se de uma região de pastos, com baixa densidade populacional, a 50 quilômetros de Jiegu, onde fica o governo de Yushu.

A capital da província, Xining, fica a 800 quilômetros de distância.

Outros tremores secundários foram registrados depois do sismo.

Resgate

As autoridades chinesas enviaram tropas e equipes de resgate para a área, mas segundo o correspondente da BBC em Pequim, Damian Grammaticas, o trabalho será difícil, já que a região é muito remota e não conta com nenhum aeroporto nos arredores.

Um morador da região disse à agência de notícias Reuters que ainda há pessoas presas sob os escombros. Os moradores e funcionários da autoridade local tentam ajudar os soterrados.

"Muitos estudantes ficaram presos sob os escombros de uma escola vocacional derrubada", disse à Xinhua o assessor da Prefeitura Tibetana Autônoma de Yushu.

"Há feridos por toda a parte. Faltam barracas, equipamentos médicos, remédios e médicos."

O vice-diretor de notícias da estação de TV do condado de Yushu, Karsum Nyima, disse ao canal chinês CCTV que a destruição foi rápida.

"Todo mundo está fora, nas ruas, em frente de suas casas, tentando encontrar seus parentes", afirmou.

Há dois anos, em maio de 2008, a província chinesa de Sichuan sofreu um forte terremoto, que causou a morte de 87 mil pessoas. Entre as vítimas estavam milhares de estudantes de escolas primárias.

Cinco milhões de pessoas perderam suas casas no tremor e as autoridades estimaram que o trabalho de reconstrução levaria três anos.

Posteriormente, o governo puniu os responsáveis por compilar listas com o nome das vítimas e cidadãos que sugeriram que a baixa qualidade da construção das escolas havia contribuído para o alto número de mortos.

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terça-feira, 13 de abril de 2010

É ou não culpa da espécie humana

Humanidade não pode salvar o planeta, afirma criador da Teoria de Gaia

Mudar os hábitos para tentar salvar o planeta é "uma bobagem", na opinião de um dos mais conceituados especialistas em meio ambiente no mundo, o britânico James Lovelock, para quem a Terra, se for salva, será salva por ela mesma.

"Tentar salvar o planeta é bobagem, porque não podemos fazer isso. Se for salva, a Terra vai se salvar sozinha, que é o que sempre fez. A coisa mais sensível a se fazer é aproveitar a vida enquanto podemos", afirmou Lovelock em entrevista à BBC.

O cientista de 90 anos é autor da Teoria de Gaia, que considera o planeta como um superorganismo, no qual todas as reações químicas, físicas e biológicas estão interligadas e não podem ser analisadas separadamente.

Considerado um dos "mentores" do movimento ambientalista em todo o mundo a partir dos anos 1970, Lovelock é também autor de ideias polêmicas como a defesa do uso da energia nuclear como forma de restringir as emissões de carbono na atmosfera e combater as mudanças climáticas.

Gatilho

Para Lovelock, a humanidade não "decidiu aquecer o mundo deliberadamente", mas "puxou o gatilho", inadvertidamente, ao desenvolver sua civilização da maneira como conhecemos hoje.

"Com isso, colocamos as coisas em movimento", diz ele, acrescentando que as reações que ocorrem na Terra em consequência do aquecimento, entre elas a liberação de gases como dióxido de carbono e metano, são mais poderosas para produzir ainda mais aquecimento do que as próprias ações humanas.

Segundo ele, no entanto, o comportamento do clima é mais imprevisível do que pensamos e não segue necessariamente os modelos de previsão formulados pelos cientistas.

"O mundo não muda seu clima convenientemente de acordo com os modelos de previsões. Ele muda em saltos, como vemos. Não houve aumento das temperaturas em nenhum momento neste século. E tivemos agora um dos invernos mais frios em muito tempo em todo o hemisfério norte", diz Lovelock.

Energias renováveis

Durante a entrevista à BBC, o cientista britânico afirmou ainda não ver sentido na busca de alguns hábitos de consumo diferentes ou no desenvolvimento de energias renováveis como forma de conter as mudanças climáticas.

"Comprar um carro que consome muita gasolina não é bom porque custa muito dinheiro para manter, mas essa motivação é provavelmente mais sensata do que a de tentar salvar o planeta, que é uma bobagem", diz.

Para Lovelock, a busca por formas de energia renováveis é "uma mistura de ideologia e negócios", mas sem "uma boa engenharia prática por trás".

"A Europa tem essas enormes exigências sobre energias renováveis e subsídios para energia renovável. É um bom negócio, e não vai ser fácil parar com isso, mas não funciona de verdade", afirma.

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Opinião do Prof. Clairton Freitas, Eu particularmente não concordo, em partes, principalmente no ponto em que ele afirma que a terra, ela própria provoca mais aquecimento que a ação humana, e as atividades humanas onde fica nesta história, será que a grande emissão de CO2 causada pelo homem não influi nem contribui?

domingo, 11 de abril de 2010

mensagem

Quando a última árvore tiver caído,
quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado,
vocês vão entender que dinheiro não se come.

sábado, 10 de abril de 2010

Mudanças climáticas - ONU

Por BBC, BBC Brasil, Última atualização: 5/2/2010 8:42

Chefe de painel do clima da ONU diz que relatório tinha apenas um erro

Chefe de painel do clima da ONU diz que relatório tinha apenas um erro

"Rajendra Pachauri"

Os erros revelados recentemente em um relatório da ONU sobre mudanças climáticas não invalidam os dados científicos que mostram a necessidade de ações para evitar as consequências dessas mudanças, segundo afirma o principal cientista responsável pelo documento.

Em entrevista à BBC, o indiano Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), disse que o 4º relatório do órgão, divulgado em 2007, continha apenas um grande erro, mas que esse erro já foi admitido publicamente e corrigido.

O IPCC reconheceu no mês passado que o relatório havia se equivocado ao afirmar que as geleiras do Himalaia poderiam desaparecer até 2035.

"Há claramente um erro que ocorreu, infelizmente, mas que reconhecemos e expressamos nosso arrependimento. Mas há uma grande quantidade de dados científicos lá. O relatório do IPCC é um grande trabalho, e acho que tudo o que dissemos lá é totalmente válido", afirmou Pachauri antes da Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável do IPCC, iniciada nesta sexta-feira em Nova Déli.

"Nós mostramos claramente que os impactos das mudanças climáticas, se não fizermos nada, vão se tornar progressivamente mais sérios. Não é só uma questão de aquecimento, é também a ocorrência de problemas com eventos climáticos extremos com um grande impacto na sociedade", afirmou o cientista da ONU.

Críticas pessoais

Pachauri foi pessoalmente criticado sobre sua conduta no caso, por não ter tomado providências apesar de ter supostamente tomado conhecimento do erro no relatório antes da cúpula global sobre o clima em Copenhague, em dezembro.

O presidente do IPCC rebateu durante a entrevista as pressões para sua renúncia, afirmando que as polêmicas que o envolvem não devem desviar a atenção sobre o debate central em relação às mudanças climáticas.

"Não acho que o mundo vai se distrair (da discussão central). Não acho que a comunidade científica vai se distrair", afirmou.

Pachauri rebateu ainda as acusações de que teria se beneficiado financeiramente do comércio de crédito de carbono com empresas privadas por meio de sua posição como presidente do Instituto de Pesquisas Energéticas (Teri, na sigla em inglês).

Segundo ele, todo o dinheiro que ele recebe com seu trabalho de consultoria para empresas privadas é revertido ao instituto, que é uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de levar energia solar a pessoas sem acesso a energia elétrica.

"Nem um centavo (dos pagamentos por seu trabalho de consultoria privada) vai para o meu bolso", afirmou.

Cúpulas

A reunião de Nova Déli é a primeira conferência mundial sobre mudanças climáticas desde o fracasso da cúpula global de Copenhague, no ano passado, que falhou em conseguir um acordo mundial para cortes nas emissões de gases para o combate às mudanças climáticas.

Os negociadores da ONU esperam que um acordo global possa ser alcançado até a próxima grande cúpula sobre o clima, programada para o final do ano na Cidade do México.

Porém muitos temem que as polêmicas envolvendo os erros cometidos pelo IPCC e a conduta pessoal de Pachauri possam alimentar os argumentos daqueles que consideram "alarmistas" as recomendações dos relatórios da ONU.

No final do ano passado, o IPCC já havia rebatido acusações de que dados coletados pela Unidade de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha, teriam sido manipulados após o vazamento de centenas de e-mails trocados por pesquisadores da universidade e de outras instituições sugerindo que dados que contrariavam a teoria de que o aquecimento global é resultado de ações humanas estariam sendo descartadas.

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