quinta-feira, 4 de novembro de 2010

GERENCIAMENTO AMBIENTAL: A história das coisas

GERENCIAMENTO AMBIENTAL: A história das coisas: "Será que precisamos consumir tudo isso mesmo? Quais são os problemas do consumo exagerado? Somos consumidores e desperdiçadores... da nature..."

Metamorfose de Rã Touro

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Exposição de Plantas



01/10/10
Como encerramento do conteúdo de Biologia do 2º ano, Reino Plantae, agora no 3º bimestre, foi realizado na quadra poliesportiva do colégio estadual São Francisco da Cruz, uma exposição sobre as partes e funções das plantas, as equipes foram organizadas da seguinte forma: partes funções e tipos de, raízes, caule e folhas, apresentado pelos alunos do 2º anos C, dos turnos manhã, tarde e noite; partes funções e tipos de, flores, frutos e sementes, apresentados pelos alunos dos 2º B, dos turnos manhã, tarde e noite, plantas medicinais alunos do 2º anos A, dos turnos manhã, tarde e noite, esta turma destacou a importância das plantas medicinais, no tratamento de algumas complicações no organismo humano, chamando a atenção para os cuidados com estas, alertando os visitantes sobre os riscos de se automedicar, muitas vezes, em vez de estar resolvendo o problema poderá complicar ainda mais, pois devido a quantidade ingerida pode acarretar em uma intoxicação na pessoa devido a quantidade de substâncias ingeridas. Os visitantes foram os próprios alunos da escola das turams de 1º anos e 3º anos, houve empolgação dos alunos tanto dos que estavam apresentando quanto dos que estavam visitando. Os professores de biologia; Noé Vasconcelos e Clairton Freitas, já planejam para o próximo ano a realização da II exposição, com um número maior de curiosidades sobre o mundo das plantas e também a idéia de convidar a comunidade local para visitar a exposição. Veja as fotos do momento.



A exposição foi realizada na quadra poliesportiva da escola

domingo, 26 de setembro de 2010

Aterros projetados permanecem no papel

CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS

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Há poucos aterros e muitos problemas inda a serem enfrentados no Estado do Ceará
FOTOS: MIGUEL PORTELA

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Asmoc atingiu 86% de ocupação no método trincheira

26/9/2010

Enquanto o governo tenta implantar 30 aterros consorciados, no Asmoc a expectativa é de ampliação

Viçosa, Maracanaú, Acaraú e Sobral. O mato tomou conta do acesso. O portão está fechado com cadeado, mas a cerca lateral deixou de existir. Na entrada do terreno, uma casa abandonada, já sem portas e janelas, não dá pistas de que ali funcionaria o primeiro aterro sanitário consorciado do Estado: Viçosa/Tianguá, na Chapada da Ibiapaba. Sua pedra fundamental foi lançada em 2002, quando não havia sequer arcabouço jurídico para este tipo de iniciativa.

Oito anos depois, o retrato é de abandono e frustração, conforme o secretário de Infraestrutura de Viçosa, Sérgio Fontenele. "Fizemos a estrada de acesso, o isolamento da área, que fica a 18 km das duas cidades, escavamos a primeira trincheira, construímos o pátio de estacionamento, a casa da administração, controle e pesagem dos caminhões e o mais difícil, a compra dos tratores, que custaram R$ 300 mil", conta.

Para começar a funcionar, o aterro precisava da lagoa de estabilização, poço de captação de chorume, eletrificação e de balança de pesagem. À época, o projeto era de R$ 2 milhões. "Aí, o vento mudou, e ele muda de quatro em quatro anos, e o dinheiro parou de vir. O projeto empacou", resume o secretário.

Embora reconheça que parte do projeto foi bancada pelo governo estadual, o secretário lamenta que a implantação tenha parado por uma questão política. "Não é culpa isolada de ninguém. No Brasil, quando um dirigente sai, o que assume prefere, muitas vezes, começar do zero. Não dá para inaugurar obra já iniciada e dizer que foi o pai da criança", pontua.

Consórcios intermunicipais

Desde 2006, o governo estadual tenta implantar 30 aterros sanitários regionalizados no Ceará, por meio de consórcios intermunicipais. Só três iniciativas deram alguns passos: Viçosa/Tianguá; Paracuru/Paraipaba/Trairi; e Crato/Juazeiro do Norte/Barbalha. A previsão era de cobrir 1,8 milhão de habitantes, demandando investimentos da ordem de R$ 94,37 milhões. "Estamos dando apoio institucional e técnico para a implantação dos consórcios", diz Fernando Sérgio Studart Leitão, da Coordenadoria de Saneamento Ambiental da Secretaria das Cidades. A tarefa conta com o apoio do Associação de Prefeitos e Municípios do Ceará (Aprece).

Oficialmente, são oito consórcios formados (envolvendo 60 municípios) e pelo menos 15 em vias de concretização, totalizando 23 iniciativas. "Até março de 2011, estaremos com todos estes consórcios legalmente estabelecidos", arrisca Leitão, para quem essa é a alternativa das pequenas cidades para cumprir as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Degradação

O entorno do Aterro Sanitário de Maracanaú já denuncia o que pode ser constatado logo na entrada: a existência de um comércio degradante, no qual seres humanos disputam, entre urubus e cães, a tão cobiçada mercadoria: o lixo. Um mercado que funciona sem qualquer tipo de regulamentação, exceto a lei da oferta e da procura, é capaz de render para um dos integrantes da cadeia, os atravessadores ou balanceiros, lucro de até 100%.

Com balanças instaladas no próprio aterro, balanceiros e catadores se confundem num mesmo cenário, marcado pela desigualdade social. A entrada com portão demonstra que existe um controle do lixo, no entanto, a presença de catadores dentro do aterro é sinal de que suas regras não estão sendo respeitadas.

A aglomeração de catadores e de sacos de lixo nas ruas próximas ao aterro sanitário de Maracanaú, cuja operacionalização é de responsabilidade da Secretaria de Obras, denunciam a sua precária infraestrutura, com uma rede reciclagem clandestina. "Infelizmente temos ainda catadores", lamenta Pedro Hermano, coordenador do setor de gestão integrada de resíduos sólidos da Secretaria do Meio Ambiente de Maracanaú.

A relação dos catadores com o lixo não é de repúdio ou nojo. Pelo contrário, é do lixo que retiram a sobrevivência. O constrangimento pode ser observado sobretudo nos jovens, que demonstram um certo pudor ao falar sobre o assunto: "A gente veio trazer a merenda da mãe. É ela que vem todo dia de manhã e só volta à noite", afirma Fabiana Pereira da Silva, de 18 anos, explicando que a mãe, Maria Liduina Pereira Ângelo, de 50 anos, "recicla plástico e papel". O ganho é considerado razoável, "ela tira R$ 80,00 por semana", embora considere o trabalho duro. A atividade é insalubre, mas garante a sobrevivência dos cem catadores. Só que apenas 73 vão ter a possibilidade de participar da Cooperativa de Produção dos Catadores do Conjunto Vida Nova (Coomvida) que começou a funcionar de forma experimental, como explica o presidente, Luís Carlos Marreiro de Souza, 25 anos, catador desde os sete. "Comecei no Jangurussu", lembra, estimando que existam cerca de 500 a 700 catadores no município. Construído pelo governo do Estado, em 1997, o equipamento ocupa área de 90 hectares e deveria servir aos municípios de Maranguape e Pacatuba. Em 1998, o aterro foi municipalizado e hoje, recebe apenas o lixo de Maracanaú e parte de Maranguape.

Tudo parado

Luciano Ferreira da Silva nem se incomoda com a fumaça, no trator, de luvas, óculos escuros e chinelos, ele revolve o lixo que queima forte. Funcionário de empresa terceirizada que presta serviço à Prefeitura, ele trabalha no que seria o Aterro Sanitário de Acaraú, no litoral oeste do Ceará, a 203km de Fortaleza. "Aqui é um aterro. Não está pronto ainda", comenta. Das trincheiras previstas, apenas uma foi aberta, recebendo resíduos de todo tipo, misturados, queimando e, ao mesmo tempo, sendo espalhados para outros pontos, por conta do vento forte. "Falta a lagoa de transbordo, a estação de reciclagem", acrescenta.

O "aterro sanitário" de Acaraú recebe, por dia, cerca de 15 toneladas de resíduos. "Ainda é um lixão. Faz um ano e três meses que retomamos as obras. O aterro está em fase de implantação", admite o secretário municipal de Meio Ambiente, Elias Silveira. Não deu para esperar a concretização do consórcio intermunicipal, que iria construir um aterro para sete municípios da região - entre eles Cruz, Bela Cruz, Jijoca e Marco.

Com 10 hectares, o local tem licença de instalação da Semace e prevê a abertura de uma vala exclusiva para lixo hospitalar. Faltou verba para avançar. "A obra toda custa R$ 2,2 milhões. Já saiu uma parcela de R$ 250 mil, de um total de R$ 804 mil previstos na primeira etapa", argumenta o secretário. Falta muito. "A intenção da prefeitura é concluir o aterro e colocá-lo em funcionamento em 2011. Mas esse é um ano de eleição e está tudo parado", resume.

Funcionários catam

O aterro controlado de Sobral, licenciado pela Prefeitura do município, recebe cerca de 150 toneladas diárias de resíduos da sede, distritos e da cidade vizinha, Meruoca. Nos últimos dez anos, essa quantidade se ampliou, à medida em que avançou a economia da Zona Norte, conforme José Maria Araújo Rodrigues, gerente operacional do aterro. "Era uma média de 110 toneladas, antes de aumentar a industrialização e o turismo".

Para dar conta do material, são 12 funcionários. Cinco dos quais fazem o trabalho dos antigos catadores, ou seja, retiram da sujeira o que pode ser reciclado. "Não chega a 10% o que pode ser reaproveitado". Pelo menos 100 famílias disputavam os resíduos, há quatro anos, antes da construção do aterro. Das 150t/dia de lixo que o aterro recebe, 60% poderiam ser recicladas. Os pneus são colocados à parte, para serem mandados à Votorantim, cimenteira que os utiliza no co-processamento.

CAPITAL

Asmoc absorve 4 mil toneladas/dia

Fortaleza Em 1991 o governo do Ceará construiu três aterros sanitários, em Aquiraz, Caucaia e Maracanaú. Por ser o maior deles, o de Caucaia passou a receber o lixo de Fortaleza, com a desativação do Lixão do Jangurussu, em 1998. Segundo o engenheiro Helano Brilhante, diretor de Resíduos Sólidos da Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (Acfor), o aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (Asmoc), após 12 anos, atingiu 86% de ocupação no método trincheira.

A Ecofor Ambiental coleta os resíduos em Fortaleza e gerencia o Asmoc e o Aterro Sanitário de Aquiraz, que também recebe o lixo do Eusébio. Conforme João Júlio de Holanda Sombra, superintendente operacional da empresa, o Asmoc opera numa área de 123 hectares, 24 horas por dia, com 58 funcionários e 25 terceirizados. Lá são realizadas aproximadamente 800 pesagens diárias, totalizando cerca de quatro mil toneladas, 98% coletadas na Capital.

Segundo suas informações, em sete anos, o volume de lixo encaminhado ao Asmoc aumentou aproximadamente 20% e, só do ano passado para cá, o incremento foi de 7%. Ele atribui este crescimento ao investimento na universalização da coleta, crescimento da cidade e aumento do poder aquisitivo.

Ainda assim, investimentos recentes em equipamentos (incluindo a aquisição de um compactador de 25t) transferem para 2015 o atingimento da capacidade do aterro, para o qual já há projeto de ampliação. Ainda de acordo com João Júlio, há projeto para a construção de um novo aterro sanitário, mas o local ainda é mantido em segredo para evitar especulações.

A Ecofor e a Prefeitura também realizam estudos para promover a redução do lixo acumulado. Um deles propõe destinação diferenciada as 140t diárias de restos de poda, o que inclui a fabricação de briquetes para alimentar fornos; e compostagem. (MC)


Iracema Sales e Samira de Castro // Maristela Crispim
Repórteres // Editora

Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=857285

Responsabilidades para todos nós

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De acordo com a Resolução Conama Nº 416/2009, para cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras devem dar destinação adequada a um pneu inservível, o que é reforçado pela Política de Resíduos Sólidos
FOTO: KID JÚNIOR

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Muitos artesãos encontram na sucata inspiração para os seus trabalhos
FOTO: MIGUEL PORTELA

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Há pessoas que ainda jogam lixo na rua acreditando que pagam impostos para manter a cidade limpa
FOTO: VIVIANE PINHEIRO

26/9/2010.

O Brasil vive a expectativa de ver minimizados os danos causados pelo lixo, mas todos devem se engajar

No dia 2 de agosto passado, o presidente Lula sancionou, após 20 anos de tramitação, a Lei Nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes relativos à gestão integrada de resíduos sólidos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

Ela estabelece, entre outros princípios, os da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; o do reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.

Entre os instrumentos postos para a sua execução, estão os planos de resíduos sólidos; a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa; o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; o monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária; a educação ambiental; e os incentivos fiscais, financeiros e creditícios.

A Lei também estabelece que, na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a ordem de prioridade não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Planos

A elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) é condição para os municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.

Ela estabelece que serão priorizados os municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos; e os que implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

Responsabilidades

Mas o grande destaque desta Lei está na instituição da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.

Essa responsabilização tem por objetivo compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis; promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua ou outras cadeias produtivas e reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais.

Da mesma forma, deve incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade; estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis; propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade; e também incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental.

Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes têm responsabilidade que abrange investimento no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado de produtos que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à reutilização, à reciclagem ou a outra forma de destinação ambientalmente adequada; cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível; e divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a seus respectivos produtos.

Da mesma forma, são responsáveis pelo recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim como sua subsequente destinação final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de logística reversa; e compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o município, participar das ações do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema de logística reversa.

Embalagens

A nova Lei estabelece, ainda, que as embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem. Dessa forma, cabe aos responsáveis assegurar que sejam: restritas em volume e peso às dimensões requeridas à proteção do conteúdo e à comercialização do produto; projetadas de forma a serem reutilizadas de maneira tecnicamente viável e compatível com as exigências aplicáveis ao produto que contêm; recicladas, se a reutilização não for possível.

São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), ou em normas técnicas; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Proibições

Pela nova Lei, é proibida a destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos; in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração. Também é proibida a queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade.

Igualmente são proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos, a utilização dos rejeitos dispostos como alimentação; catação; criação de animais domésticos; e fixação de habitações temporárias ou permanentes. Outra proibição da Lei diz respeito à importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação.

De acordo com a Lei, a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos deverá ser implantada em até quatro anos após a sua data de publicação, ou seja, agosto de 2014.

Já a exigência de elaboração dos planos estadual e municipal de gestão integrada de resíduos sólidos entra em vigor dois anos após a data de publicação da Lei, em outras palavras, em agosto de 2012.

ENTREVISTA

*Gemmelle Oliveira Santos

"As pessoas precisam saber que ganhos a cidade e o meio ambiente terão"

Qual a sua avaliação sobre a situação atual dos resíduos sólidos no País?

Apesar dos avanços faço uma avaliação ruim pois é majoritária a quantidade de pessoas (da sociedade, do poder público e dos órgãos ambientais) que vê o tema com repulsa. Certamente, algumas cidades no Brasil assumem a questão dos resíduos sólidos como um tema-chave, promovem campanhas de educação ambiental, incentivam a redução do consumo desenfreado, implantam sistemas de coleta seletiva e reciclagem, reconhecem e melhoram a vida dos catadores, aproveitam o gás gerado em áreas de disposição, mitigam diversos impactos sociais e ambientais, etc, mas esses locais ´são pontos fora da curva´, ou seja, são exceções. Mas, na maioria das cidades o cenário é bem diferente.

Quais são os principais impactos ambientais do acúmulo de lixo, na forma de lixões?

Dispor os resíduos sólidos num lixão é uma prática fácil, de baixo custo e comum à maioria das cidades brasileiras, especialmente as de pequeno porte. As consequências dessa ação aparecem, no mínimo, no meio social, ambiental e econômico, tanto no presente, quanto no futuro e em áreas próximas ou distantes do lixão. Surgem doenças por micro e macrovetores, poluição e/ou contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, degradação da paisagem, poluição do ar por gases de efeito estufa, além do fato de os lixões abrigarem catadores que buscam, entre os resíduos e animais, o que comer e/ou o que vender. Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, essa prática, o lançamento in natura a céu aberto, será proibida e as prefeituras terão que se adequar.

Qual é o primeiro passo a avançar para minimizar os impactos da produção / consumo / geração de resíduos no ambiente?

Não há um único caminho para resolvermos todos os problemas advindos da questão dos resíduos sólidos. Precisamos de ações individuais e coletivas, atitudes em nossas residências e também na indústria, participação do órgão ambiental e interesse nas prefeituras. Ações que permitam às pessoas refletirem sobre a necessidade de reduzirmos esse consumismo insano, paralelamente às ações voltadas à coleta seletiva dos materiais, ao reúso, à reciclagem. Precisamos também de ações que levem ao aterro sanitário apenas o rejeito de uma cadeia produtiva e não ´o todo´, como vem acontecendo.

Como os sistemas de coleta seletiva podem ser eficientes?

Eu diria que o primeiro passo para se evitar o fracasso de um programa de coleta seletiva é o planejamento e desenvolvimento de um programa permanente e contínuo de educação ambiental. As pessoas precisam saber porque vão participar, que ganhos indiretos ou diretos a cidade e o meio ambiente terão com a iniciativa delas. Paralelamente, é necessário acertar o destino final adequado para os materiais e também como e onde esses resíduos serão transportados e/ou armazenados/processados. É necessário também saber se há mercado para os recicláveis ou se a economia ecológica, sozinha, é capaz de lidar com esse quantitativo. Após essas etapas, vem a compra e/ou confecção dos recipientes padrões da coleta seletiva, dimensionados para os pontos de coleta da e a inserção dos catadores (alfabetizados, capacitados, uniformizados, associados) nessa cadeia.

*Professor do IFCE

Maristela Crispim
Editora

Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=857283

Município dá exemplo de coleta seletiva

LITORAL OESTE

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Varrição das ruas, de manhã cedo, em Cruz: o jumentinho já foi incorporado ao cotidiano da comunidade
FOTO: KID JÚNIOR

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O gari Geraldo Silveira recolhe o lixo das praças, que é depositado nos coletores especiais. A população colabora, separando o que pode ser reciclado
FOTO: KID JÚNIOR

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Seu Antônio chegou a catar no lixão. Hoje, trabalha na coleta seletiva, iniciada recentemente, em Piquet Carneiro
FOTO: KID JÚNIOR

26/9/2010

O meio ambiente faz parte da agenda da administração de Cruz. A coleta seletiva integra um dos programas

Cruz. O dia mal começou, mas os trabalhadores Marcelo Geraldo Silveira e Fábio Silveira Nascimento já estão a postos. Com uma carrocinha puxada por um jumento, fazem a varrição e o recolhimento de parte do lixo das principais ruas do município de Cruz, a 231km de Fortaleza. Peculiar para os visitantes, a situação nem chama mais a atenção dos moradores da cidade, uma das poucas no Estado a ter um sistema de coleta seletiva. O projeto vem sendo desenvolvido desde 2003. E conseguiu o principal: sensibilizar a população, pouco afeita a separar seus resíduos até então.

"O jumentinho da limpeza pública passa todo dia. A gente deixa num saco o que pode ser reciclado, ou deposita direto nos tambores (coletores especiais) colocados nas praças. O lixo comum fica em sacos e sacolas plásticas", descreve uma moradora, que prefere não ser identificada. Assim, os garis - mesmo sem equipamentos de proteção - recolhem PET, papel, papelão, plástico, ferro, aço e vidro. Cada casa que participa do projeto ganha um selo, para ser identificada pelos garis.

"A gente junta tudo na carroça. O que não serve vai para o lixão", conta Geraldo, funcionário da empresa que faz o trabalho de limpeza pública, hoje terceirizado. O lixão ainda é uma "mácula" nas boas práticas da cidade, como admite a professora Maria José Farias, educadora ambiental da Prefeitura. Assim, as ruas limpinhas e praças impecáveis, com coletores coloridos que chamam a atenção, escondem um destino final ainda inadequado para os resíduos.

Pela saúde

A iniciativa de coleta seletiva em Cruz começou na Secretaria Municipal de Saúde. Na época, em 2002, a cidade era detentora de índices alarmantes de mortalidade infantil. "Houve um trabalho de mobilização dos agentes de saúde, que visitavam as casas e perguntavam se a população estava interessada em participar da coleta seletiva", comenta Ricardo Leite, da coordenação de Meio Ambiente da Prefeitura. Em seguida, foi realizado um seminário sobre o destino do lixo, com a participação de lideranças comunitárias.

O projeto foi feito na base da experimentação, pois a Prefeitura tinha ideia mas não sabia como fazer a separação correta dos resíduos. "Compramos os tambores para separar o lixo úmido do seco e alugamos quatro galpões que se encheram de recicláveis. Não conhecíamos o mercado". Então, a administração convidou uma pessoa que estava fazendo a coleta seletiva em Jijoca para auxiliar em Cruz.

Em 2006, a coleta foi estendida aos distritos, num esforço da gestão de melhorar os indicadores sociais. Hoje, o serviço é terceirizado, prestado pela empresa Reciclagem Renascer. "Foi uma maneira de não parar. O recolhimento não paga a estrutura necessária", informa Maria José, acrescentando que a Prefeitura tentou passar a venda de material para uma cooperativa, mas não conseguiu reunir número suficiente de catadores. "O município também não encontrou recursos para montar um centro de triagem adequado", completa.

Apesar das dificuldades, a questão ambiental vem sendo tratada como prioridade da gestão. São quatro programas interligados: Agenda 21, Programa Verde, Programa de Educação Ambiental e Coleta Seletiva. "No primeiro, estamos implantando a A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública), promovendo a economia de recursos naturais como água, energia, papel, entre outros". Os papeis oriundos da coleta seletiva feita nos prédios oficiais vão para o Programa Verde e são reciclados nas escolas municipais. As garrafas PET recolhidas são utilizadas nas oficinas com pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). "Cada criança que nasce na cidade recebe uma muda de árvore, num vaso feito com PET pelos pacientes do Caps", conta Maria José. A Prefeitura quer implantar a primeira certificação ambiental do município, o Selo Escola Verde. "Temos um coordenador ambiental em cada uma das 24 escolas públicas. Eles são responsáveis por introduzir as discussões ambientais no dia a dia da comunidade".

Panorama nacional

O número de municípios brasileiros que operam programas de coleta seletiva aumentou pouco mais de 9%, entre 2008 e 2010, segundo a pesquisa Ciclosoft, realizada pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). São, hoje, 443 contra 405, há dois anos. Dos 443 municípios, apenas estão 45 no Nordeste. O envolvimento de prefeituras na coleta seletiva tende a crescer, na medida em que a população passa a cobrar dos governantes uma postura proativa em relação ao recolhimento e destinação dos resíduos sólidos. No entanto, é preciso cautela: desde o início da pesquisa, em 1994, essa foi a menor taxa de evolução.

"A desaceleração na expansão demonstra a limitação no envolvimento das prefeituras, sobretudo de municípios menores, e a necessidade de uma política federal que obrigue, normatize e cobre o avanço sustentável e consistente da coleta seletiva e da reciclagem no País", explica Victor Bicca, presidente do Cempre. "A Política Nacional de Resíduos Sólidos deverá dar novo fôlego ao sistema".

APOIO DAS ESCOLAS

Primeiros passos no Interior

Reriutaba e Piquet Carneiro. "A senhora já ouviu falar em coleta seletiva?" É assim que os dez agentes do meio ambiente de Reriutaba, no Norte do Estado, trabalham: de porta em porta, sensibilizando a população para a separação dos resíduos secos e úmidos. "Começamos a coleta seletiva no ano passado, em quatro bairros. É preciso, primeiro, um processo educativo", comenta a secretária do Meio Ambiente do município, Gislanny Oliveira.

A limpeza pública é terceirizada. A administração municipal capacita os garis, o acompanhamento e a acomodação do material reciclável. "O grosso é vendido a um deposeiro de Varjota. Parte do que é recolhido é doado para artesãos. Com o óleo de cozinha, fazemos sabão ecológico. As garrafas PET viram vassouras".

Já em Piquet Carneiro, no Sertão Central, o projeto Cidade Limpa e Sustentável também ensaia fazer coleta seletiva. A Secretaria do Meio Ambiente também tem parceria com jovens das escolas e até conseguiu resgatar do lixão o "seu" Antônio de Freitas, hoje agente ambiental, que recolhe o material reciclável e troca por gêneros alimentícios e itens de limpeza, na venda mantida pela administração pública. (SC)

Samira de Castro
Repórter

Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=857439&aviso=yes

sábado, 21 de agosto de 2010

bactéria resistente a todo tipo de antibiótico

Thursday, 19 August 2010
Bactéria NDM-1
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1vfSSGaQkx97kDbjCXrVYKqR2s61IV3rwM6jBUDGfIo-z39hBX0sjJb3yxjitD9nA5QtwQmfre36ktU6UyelQm1Wvxbjm-Yhl8hXUAXzyMQRzwJqgpP_KQzGqEr5cxI7SfU6poEnMFZI/s1600/bacterias-1.jpg
Através de um comunicado, a DGS pediu uma vigilância mais efectiva dos hospitais a pacientes que sejam provenientes de países com casos de infecções pela bactéria NDM-1. A bactéria em causa, que é resistente a todos os tipos de antibióticos, foi identificada recentemente em Inglaterra por um estudo realizado por médicos ingleses e publicado na revista científica "The Lancet".

O Director-Geral da Saúde disse que, até ao momento, não foram identificados em Portugal casos de doentes infectados por bactérias resistentes aos antibióticos, no entanto, por haver possibilidade de importação dessas bactérias, o responsável recomenda uma "vigilância activa, principalmente em ambiente hospitalar e em doentes vindos da Índia e de outros países onde já existem casos descritos".

Até ao momento, já foram identificados 44 casos de pacientes infectados pela bactéria NDM-1 na Índia e outros no Bangladesh e no Paquistão.

Alguns pacientes ingleses que possuíam a bactéria e foram identificados no estudo tinham visitado recentemente um desses países.

Fonte: Direcção-Geral da Saúde (DGS)
Publié par jchacim à l'adresse Thursday, August 19, 2010
blog: http://jchacim.blogspot.com/2010/08/bacteria-ndm-1.html

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Consciência política

Caros internautas, na parte superior da página inicial do blog tem um link com o título, saiba em quem votar, lá deixo minha opinião sobre os políticos no Brasil, façam uma leitura do artigo e colaborem com opiniões. Espero interagir com todos, abraços.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Equador receberá US$ 3,6 bi para não explorar petróleo na Amazônia

Governo assina termo onde se compromete a deixar reservas intactas; acordo é o primeiro do tipo no mundo.

04 de agosto de 2010 | 0h 27

O governo do Equador assinou nesta terça-feira um termo de compromisso com as Nações Unidas pelo qual concorda em não explorar reservas de petróleo que ficam dentro de uma área de proteção ambiental na Amazônia para, em troca, receber cerca de US$ 3,6 bilhões de países ricos.

Pelos termos do acordo, as reservas de petróleo que ficam dentro do Parque Nacional de Yasuní, na Amazônia equatoriana, devem ficar intactas por pelo menos uma década.

O montante que será fornecido em troca é cerca de metade do que o país poderia ganhar com a venda do combustível.

De acordo com o governo equatoriano, os campos têm capacidade para produzir 846 milhões de barris de petróleo.

'Histórico'

De acordo com Rebeca Grynspan, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que estava presente na assinatura do termo, em Quito, esta é a primeira vez que um país se compromete com um acordo deste tipo.

"A assinatura deste acordo é uma medida audaciosa, vanguardista e histórica. Este é o primeiro país do mundo a fazê-lo, mantendo permanentemente a fonte de carbono embaixo da terra, com um mecanismo efetivo e verificável", disse.

Segundo o governo do Equador, a iniciativa deve evitar que 407 milhões de toneladas de carbono sejam lançadas na atmosfera.

Entre os países que mostraram interesse em contribuir com o fundo que pagará o Equador estariam Alemanha, Holanda, Noruega e Itália.

Reserva

A reserva de Yasuní, onde ficam os campos de petróleo, está entre as regiões com maior biodiversidade do mundo.

Com uma área de 10 mil quilômetros quadrados, a reserva abriga diversas espécies, algumas das quais só ocorrem nesta região. O local também abriga grupos indígenas.

O petróleo é o maior produto de exportação do Equador, mas grupos de defesa do meio ambiente afirmam que a exploração tem causado danos à região amazônica.

A ONU estuda propor acordos parecidos a outros países, entre eles, Guatemala, Vietnã e Nigéria. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


Tópicos: Internacional, Equador, Pnud, Petróleo, Acordo, Amazonia, Biodiversidade, Vida, Meio ambiente

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,equador-recebera-us-36-bi-para-nao-explorar-petroleo-na-amazonia,590001,0.htm

Conservação da orla marítima

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Ocupação desordenada, poluição e mudanças climáticas são desafios dos gestores das cidades litorâneas
JULIANA VÁSQUEZ

4/8/2010

Promovido pelo Conpam, Encontro dos Prefeitos da Orla do Ceará busca a adesão de práticas de conservação

Fortaleza. Gestores e representantes dos 20 municípios que atualmente ocupam o litoral cearense reuniram-se, durante todo o dia de ontem, no I Encontro de Prefeitos dos Municípios da Orla Marítima do Ceará. Promovido pelo Conselho Estadual de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), na Capital cearense, o evento foi realizado no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU) e objetiva sensibilizar os prefeitos a aderirem ao Projeto Orla.

A iniciativa busca articular as ações das três esferas do pacto federativo (União, estados e municípios) para planejar e implementar ações que combatam a degradação ambiental e regularizem o uso e ocupação da faixa de praia de forma sustentável.

De acordo com a coordenadora de Políticas Ambientais do Conpam, Maria Dias, até o momento, os municípios de Aquiraz, Beberibe, Fortaleza e Icapuí já aderiram ao Projeto Orla. "Mas já recebemos ofícios de Aracati, Cascavel e Caucaia requerendo a adesão, enquanto outros prefeitos, aqui mesmo no encontro, já manifestaram a intenção de fazer parte do Projeto Orla", explica.

Interessados

O primeiro passo para que as prefeituras interessadas possam fazer parte do Projeto é enviar uma ficha demonstrando interesse na adesão e encaminhá-la ao Comissão Técnica Estadual do Projeto Orla. A comissão avalia o pedido e emite um parecer técnico para o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, para que este possa referendá-lo.

Também foi discutido no encontro a certificação Praia Limpa, que visa reconhecer e incentivar as cidades a adotarem medidas efetivas de proteção das praias e aplicabilidade dos instrumentos da política do meio ambiente de forma a garantir a proteção, conservação e restauração do patrimônio natural.

"Regularizar o uso e ocupação da faixa de praia envolve projetos complexos e muitas vezes as ações do Estado, dos municípios e do Governo Federal não coincidem. O Ceará tem 572km de litoral, e o que acontece em um local afeta os demais. É importante que haja a adesão dos entes governamentais e daqueles que vivem e trabalham na praia, porque o Projeto Orla contempla uma ação conjunta e integrada", ressalta Tereza Farias, presidente do Conpam.

Alerta

O encontro contou ainda com representantes do Ministério Público Estadual, do Ibama, da Federação da Indústrias do Ceará (Fiec) e da Superintendência do Patrimônio da União no Ceará. A promotora Sheila Pitombeira alertou sobre os riscos decorrentes da falta de atenção a problemas como ocupação desordenada, degradação ambiental e poluição. "Vivemos um período de mudanças climáticas, mas parece que ainda se vive num momento de ficção, em que as pessoas acham que não serão afetadas, que não vai chegar aqui. Falta planejamento".

Também esteve presente a coordenadora estadual do Projeto Orla e representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Márcia Oliveira, que ressaltou a importância do projeto na busca de reconhecer o papel de todos no processo.

"O litoral é o ponto mais vulnerável à elevação do nível do mar, que vem ocorrendo por conta das mudanças climáticas no planeta. No Ceará, a orla tem um peso muito importante por conta da economia, pois é uma área estratégica para turismo, usinas eólicas, portos, estaleiros. Isso sem falar dos pescadores e comunidades tradicionais que vivem nesses locais, e que devem ser protegidos. Então é preciso territorializar todas estas questões para que os diferentes atores possam ser contemplados. Uma ação só é efetiva se for executada, e para isso é preciso a cooperação de todos".

Desafios

De acordo com o prefeito de Beberibe, Odivar Facó, que aderiu ao Projeto Orla em 2007, seu Município e Fortaleza foram os únicos que concluíram o planejamento das ações. Ainda assim, colocar o planejamento em prática ainda é um desafio, numa costa com cerca de 52km e muitos interesses.

"Muitas ações já vem sendo implementadas, como a limpeza das praias, a proibição de passagem de veículos em alguns trechos, fiscalização de construções na área. Mas sempre há os conflitos, cada categoria ou setor tem o seu interesse. Por isso acho importante este encontro, para conhecer como outros locais trabalharam estas questões em prol da orla".

Parceria

"Somente com uma ação integrada é possível resolver os problemas do litoral"
Márcia oliveira
Coordenadora nacional do Projeto Orla/ Ministério do Meio Ambiente

"O encontro servirá para adquirir experiência e fortalecer a união de todos"
Odivar Facó
Prefeito de Beberibe

"Tentamos mobilizar para a limpeza das praias, mas ainda não se tornou um hábito"
Ademar Pinto
Prefeito de Barroquinha

"Apesar da vocação turística, não se pode permitir atuar de qualquer forma"
Josimar Moura Aguiar
Prefeito de Trairi

MAIS INFORMAÇÕES
Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam)
(85) 3101.1234
www.conpam.ce.gov.br

Karoline Viana
Repórter

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=825916

sábado, 12 de junho de 2010

Reciclagem de Lixo , dicas.

COLETA SELETIVA: O que pode ser reciclado?

Fundação Aprender

Saiba o que pode ser encaminhado para a coleta seletiva e o que deve ir para o lixo comum.

Recolha seu lixo!

Muita gente joga fora coisas no lixo sem se preocupar o fim que aqueles resíduos irão tomar. Mas em nossos tempos muitas pessoas estão acordando para o consumo responsável e a quantidade de lixo produzido pela humanidade diariamente. Seguem algumas instruções sobre como dar uma finalidade nobre para seu lixo!

Papel

Separe para reciclagem:

  • papéis de escritório
  • papelão
  • caixas em geral
  • jornais
  • revistas
  • livros
  • listas telefônicas
  • cadernos
  • papel cartão
  • cartolinas
  • embalagens longa-vida
  • listas telefônicas
  • livros

Evite o consumo, pois não são recicláveis:

  • papel carbono
  • celofane
  • papel vegetal
  • termofax
  • papéis encerados ou palstificados
  • papel higiênico
  • lenços de papel
  • guardanapos
  • fotografias
  • fitas ou etiquetas adesivas

Plástico

Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:

  • sacos
  • CDs
  • disquetes
  • embalagens de produtos de limpeza
  • PET (como garrafas de refrigerante)
  • canos e tubos
  • plásticos em geral

Evite o consumo, pois não são recicláveis:

  • plásticos termofixos (usados na indústria eletro-eletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos)
  • embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos)
  • isopor

Vidros

Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:

  • garrafas de bebida
  • frascos em geral
  • potes de produtos alimentícios
  • copos

Evite o consumo, pois não são recicláveis:

  • espelhos
  • cristais
  • vidros de janelas
  • vidros de automóveis
  • lâmpadas
  • ampolas de medicamentos
  • cerâmicas
  • porcelanas
  • tubos de TV e de computadores

Metais

Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:

  • latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco)
  • latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas)
  • tampas de garrafa
  • embalagens metálicas de congelados
  • folha-de-flandres

Jogue no lixo, pois não são recicláveis:

  • clips
  • grampos
  • esponjas de aço
  • tachinhas
  • pregos
  • canos

Orgânicos

O que não for óleos e gorduras, cave um buraco na terra para depositar estes materiais. Após estar completo, tampe e comece a preencher outro buraco. As plantas agradecem! Se mora em apartamentos ou não possa usar a terra, procure na internet sobre COMPOSTAGEM e veja a melhor maneira de cuidar dos seus resíduos orgânicos.

O que fazer com os materiais não reciclados

Evite o consumo destes produtos. Por exemplo, prefira o queijo embalado em papel do que em pratos de isopor e filme de PVC. Não compre filme de PVC para embalar alimentos. Se tiver espaço em casa, armazene. Um dia poderá ter alguma utilidade, ou ser inventado alguma forma de reciclar estes materiais.

A NATUREZA AGRADECE!

Fonte: http://www.fundacaoaprender.org.br/coleta-seletiva

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Plantar ÁRVORES NATIVAS é fundamental para garantir a Biodiversidade local

Qua, 05 de Março de 2008 00:00
  1. Nativas – Ocorrem naturalmente em uma determinada região
  2. Exóticas – São plantadas estranhas ao meio, oriundas de outras regiões, países ou continentes

Porque plantar ÁRVORES NATIVAS

Qualidade do arUma planta jovem produz mais oxigênio do que gás carbônico, enquanto uma árvore velha faz o processo contrário.
Alimento ilimitadoAs árvores frutíferas produzem alimento natural o ano todo. Isso pode ser a solução para a fome mundial!
Prevenção contra enchentes Uma árvore adulta pode absorver do solo até 250 litros de água por dia.
Mantém o ciclo natural do ambienteA água absorvida contém nutrientes de matéria orgânica, como fezes de animais. Por sua vez, as folhas e frutos das árvores são consumidos pelos animais, que liberam seus dejetos novamente no solo, para mais tarde ser levado pelas águas da chuva e assim sucessivamente.
Servem de abrigoAs raízes das árvores, quando próximas a rios, ficam expostas dentro da água, servindo de abrigo para os peixes.
Refrescam o ambienteUma árvore adulta transpira até 400 litros de água por dia, o que refresca o equivalente a cinco condicionadores de ar com capacidade de 2.500 kcal cada, trabalhando 20 horas por dia!
Diferenciam a temperaturaA temperatura no centro de uma cidade chega a ficar 6°C acima do que em bairros distantes (ou mais arborizados).
Sombra frescaA radiação solar fica acumulada na copa das árvores, tornando o chão mais fresco e ameno.
Isolamento naturalAs árvores impedem a propagação de sons, formando uma parede acústica ao seu redor.
Fauna Com o plantio de árvores, os animais terão fontes de alimento e habitat para reproduzir, prevenindo a extinção de espécies ameaçadas.
Harmonia nativaNão existe competição entre as árvores, favorecendo o crescimento conjunto das plantas.
Resistentes a pragasEspécies nativas não são exterminadas por doenças, pois já desenvolveram uma defesa própria para cada região.
Previne erosão do soloA camada formada no solo pelas folhas forma uma proteção da ação direta da chuva na terra, o que causa a erosão. A erosão pode ser prejudicial em diversas formas:
- em rios:A erosão leva terra para o fundo do rio, deixando-o mais raso. Com isso, o rio seca nos períodos de pouca chuva, matando os peixes e destruindo os mananciais naturais.
- no solo:A erosão leva as sementes embora, não permitindo o nascimento de novas plantas.
- aos animais:A água forte tampa os ninhos de animais que os fazem no chão, matando os filhotes.
- aos lençóis freáticos:Local sem vegetação não possui boa absorção de água, não dando tempo para a água da chuva penetrar no solo. Isso prejudica os lençóis freáticos, extinguindo rios e lagos.

Porque NÃO plantar árvores exóticas

Proliferação descontroladaPor não possuírem predadores naturais, essas espécies se multiplicam sem controle, se tornando uma praga.
Relacionamento desarmoniosoNão possuem boa relação com as árvores nativas, chegando a matar suas concorrentes.
Absorção exageradaAlgumas espécies exóticas absorvem muita água, deixando o terreno seco e impróprio para plantio.
Fácil germinaçãoAlgumas espécies possuem sementes de fácil germinação, necessitando somente de um ambiente não muito seco. Com isso, elas podem se tornar uma praga predominante.
Crescimento rápidoEssas árvores possuem o crescimento muito rápido e disputam pela sombra de outras plantas de forma desigual.

Fonte: http://www.consultorsocial.com.br/viveiros/noticias/57-plantar-arvores-nativas-e-fundamental-para-garantir-a-biodiversidade-local.html

Importância das árvores





Porque Plantar?


Árvore, uma verdadeira maquina complexa e silenciosa.

Cada ser vivo tem seu lugar na natureza e realiza muitas tarefas.

As árvores são muito importantes tanto para nossas vidas como para o equilíbrio da natureza.

Diariamente, uma árvore com 10 metros de altura absorve cerca de 250 litros de nutrientes que estão dissolvidos no solo, transportando-os até o mais alto de suas folhas, as folhas por sua vez, absorvem o gás carbônico (Co2), matéria bruta para a transformação dos sais minerais em carboidratos, e a luz do sol, da qual todo o sistema da árvore depende para se desenvolver, este processo chama-se Fotossíntese: foto=luz, e síntese=colocar junto.

Durante este processo a uma árvore de porte médio, libera aproximadamente 2 metros cúbicos de oxigênio puro.

As raízes são os órgãos de alimentação, fixação e sustentação.

Todas as plantas funcionam como fabricas de matéria orgânica e produzem alimento para quase todos os animais sob a forma de raízes, folhas, flores, frutos e sementes.

Calculou-se na Europa, que uma árvore de porte médio transpira o equivalente a 60 litros d’água por dia, a unidade escapa pela folhas na forma de vapor d’água e fica espalhada no ar, sendo que este vapor se mistura com as partículas de poeiras que flutuam no ar ficando cada vez mais pesadas devido ao acumulo e caem ao chão, as árvores são eficientes removedoras de poeiras nas ruas.

Uma pesquisa feita na Alemanha demonstrou que o teor de partículas de poeira em ruas arborizadas é de apenas 25% em relação às não arborizadas.

As grandes quantidades de vapor de água liberadas pelas árvores ajudam a controlar o clima da região.

Por isto, as árvores podem refrescar muito uma rua, um bairro, uma cidade e uma nação.

Uma árvore de porte médio tem o mesmo poder de resfriamento de (4)quatro maquinas de ar condicionado.

Assim como ocorre com as ondas de calor, também as ondas sonoras têm sua energia freada, quando se chocam com a barreira das árvores, ao bater nas folhas o som é em parte absorvido, e parte desviado de seu curso, tornando-se menos intenso ou sendo inteiramente eliminado.

Não poderíamos deixar de mencionar outras importantes funções das árvores no meio ambiente como:

Sua madeira que serve para fabricação celulose, papel, madeiras para móveis e madeiras para construção, de suas folhas e raizes extrai-se óleos medicinais para fabricação de remédios.

Sua beleza, uma árvore é sempre bonita, o verde de suas folhas nos acalma, como é bom encontrar uma árvore quando o dia está muito quente e sol forte.

A copa das árvores quebra o impacto das gotas de chuvas e ao mesmo tempo, o solo fica coberto por uma camada de folhas e galhos secos que caem das árvores formando uma excelente adubo orgânico, sendo esta camada que se forma por cima do solo funciona como uma esponja que absorve a água que cai de mansinho por entre a folhagem das copas.

Esta água pode penetrar devagar na terra e alimentar as águas dos lençóis freáticos;

Na beira dos rios, para protege-los são as chamadas matas ciliares (o nome refere-se aos cílios, que protegem os nossos olhos), são as matas ciliares que ficam nas margens dos rios, sem elas a vida do rio corre perigo, essas matas afofam o solo da beira dos rios, funcionando como uma esponja, alimentando os lençóis de água que por sua vez alimenta o rio através de suas nascentes, suas raízes evitam a erosão, pois retêm as partículas do solo (terra) e outros matérias que iriam parar nos leitos dos rios, diminuindo o oxigênio da água e os alimentos dos peixes.

Ao plantarmos uma árvore, estaremos efetuando o “Seqüestro Legal de Carbono”, sendo as árvores o cativeiro do Co2, pois para a árvore se desenvolver ela necessita do Co2, o qual ela seqüestra do ar no processo de fotossíntese e ainda libera oxigênio puro, mas preste bem atenção à árvore passa a ser o cativeiro, se for cortada ou queimada o Co2 será novamente liberado do cativeiro.

Estes são alguns dos motivos que no Projeto Plantar RECICLAFRUTA da Cia Eco serão plantadas muitas árvores nativas frutíferas.

As árvores frutíferas têm um papel importante na alimentação de aves, insetos e morcegos que são agentes de polinização das flores e de dispersão das sementes de árvores nativas, ajudando a propagar as espécies vegetais num raio de muitos quilômetros e não são destinadas para o corte, e ainda serve de moradia para vários animais.

Se não for contido o Desmatamento, em apenas vinte e cinco anos, mais de 50.000 (cinqüenta mil) espécies de plantas estarão Extintas.

Cerca de 1,5 Km2 de floresta tropical é destruída a cada 6 minutos, neste ritmo, toda a floresta tropical restante estará destruída até o ano 2035.

Atualmente existe apenas uma árvore para cada 500 habitantes em nosso planeta.

Façamos como os índios da Indonésia da tribo Mandelings, jamais aceitaram a responsabilidade de abater uma árvore;

No Brasil os índios acreditam em seres sobrenaturais, como o Curupira e o Caapora, que perseguem e castigam quem destrói as árvores.

As árvores são seres vivos que nascem, crescem, se reproduzem e morrem!

Respeitar a Natureza é respeitar a vida!


Fonte: http://www.ciaeco.org/telas/Materia.asp?Id_Destaque=27

WWF Brasil -

WWF Brasil -

sábado, 5 de junho de 2010

5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente

Ecological Station Juréia-Itatins, visited during a Field Trip in the Atlantic Rainforest, 8-24 August 2009, São Paulo, Brazil.
A harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da natureza tem que deixar de ser mera utopia. Na foto, a Estação Ecológica Juréia-Itatins, uma unidade de conservação situada no litoral sul do estado de São Paulo.

O momento é de ação

O Planeta chega ao Dia Mundial do Meio Ambiente em momento crítico. É preciso agir e agir agora, para minimizar os impactos da sociedade de hoje sobre as futuras gerações.

Num momento em que a Natureza se apresenta especialmente inquieta, com manifestações causadas ou não pelo Homem – mas que cobram um preço alto em vidas –, tais como furacões furiosos, enchentes devastadoras, deslizamentos letais, invernos glaciais, chegamos ao Dia Mundial do Meio Ambiente chamando não somente à reflexão, mas, principalmente, à ação de todos em defesa da vida.

Todos temos como contribuir – direta ou indiretamente – para que as sociedades caminhem rumo à sustentabilidade e para que a harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da natureza deixe de ser mera utopia.
Atitudes individuais e coletivas, como o consumo consciente no dia a dia e a exigência, pela população, do cumprimento das leis por órgãos governamentais em todos os níveis são fundamentais.

À iniciativa privada cabe não somente investir em conservação do meio ambiente, mas, principalmente, assumir uma postura de responsabilidade socioambiental, trabalhando de dentro para fora, com adequação de suas cadeias produtivas e meios de produção, distribuição etc.

À sociedade civil organizada, em especial às ONGs socioambientalistas como o próprio WWF-Brasil, cabe conceber e aplicar soluções, realizar campanhas, mobilizar e facilitar o engajamento de indivíduos, governos e iniciativa privada num esforço conjunto para o bem comum das gerações de agora e do futuro.

E tudo isto tem que ser feito agora. A Natureza já nos envia seus sinais de alerta.

Saiba muito mais:

Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/dia_do_meio_ambiente/

Assoreamento e erosão degradam rios no Estado

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Rio Jaguaribe sofre com uma série de agressões ambientais. Com o desmatamento da mata ciliar que deveria proteger as encostas do fluxo hídrico, o assoreamento compromete o lugar
MELQUÍADES JR.

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MUTIRÃO DE LIMPEZA do Rio Poti, no Município de Crateús, foi uma das ações realizadas no Interior do Estado como parte da programação da Semana do Meio Ambiente
SILVÂNIA CLAUDINO

5/6/2010

Em diferentes municípios do Interior, os sinais da falta de respeito aos recursos naturais é uma evidência crescente

Limoeiro do Norte. O rio está assoreado. Quais? Não existe nenhum rio no Ceará que não sofra de assoreamento. O que muda é o nível de degradação. Rios como o Jaguaribe e o Banabuiú, os maiores e que abastecem mais da metade do Estado, sofrem de assoreamento, erosão das margens e poluição das águas. É o homem quem causa, também é quem sofre as consequências quando chove pouco ou se chove muito.

O rio cheio sem "fundura" se espalha pelos lados, consome as casas. É também neste sábado que os municípios do Interior, principalmente os que estão "em desenvolvimento", presenciam a verdadeira procissão de carros de som, em altíssimo volume, anunciando lojas e festas. Perto, ninguém consegue conversar. Em frente à Academia Limoeirense de Letras, cartazes de festas escondem parte do secular patrimônio arquitetônico. Erros de ortografia e ambientais. Tudo é poluição.

Nos 184 municípios do Estado do Ceará existem 236 grandes depósitos de lixo a céu aberto, os populares lixões. Tem de tudo muito: resto de comidas, material de construção, papéis, móveis, animais mortos e lixo hospitalar. Teoricamente, a caçamba despeja em espaços diferentes, mas na realidade é tudo uma coisa só. E quando a massa suja e fedorenta se decompõe dá origem ao chorume, líquido negro e viscoso que penetra no solo e, quando atinge o lençol freático contamina a água potável que tem contato direto com os rios. O Interior só conta com um aterro sanitário, este em Caucaia. Outros dois estão em fase de execução, na região do Cariri e no Complexo Trairi-Paraipaba-Paracuru. Alguns consórcios intermunicipais para construir aterros continuam no papel, e o papel nas gavetas dos gabinetes municipais.

Paradoxo

Nos espaços públicos e privados de vários municípios brasileiros, inclusive do Ceará, uma realidade paradoxal. Uma fila colorida de diversos baldes, para depósito de lixo orgânico, metais, papeis e vidros. Tudo vira um bolo só quando passa o carro da limpeza pública. É o que acontece em cidades como Tabuleiro do Norte e Quixeré. A menos que um catador atento recolha o material reciclável na própria origem, a chamada "conscientização ambiental" não tem passado de "romantismo ecológico", traduzido em preocupação sem atitude.

Em Limoeiro, um conjunto de mais de 100 mudas de árvores nativas na beira do Rio Jaguaribe foi plantado por estudantes e militantes de órgãos ambientais - até mesmo o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, plantou uma árvore. Hoje, menos da metade continua lá, resistindo às agressões.

Nas prateleiras da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, unidade descentralizada e principal instituição de ensino superior do Vale do Jaguaribe, diversas apostilas e livros trazem um recorte científico da realidade ambiental da região. Com as polêmicas envolvendo doenças e mortes por contaminação de venenos que agridem o meio ambiente, estudantes universitários, outros secundaristas e mesmo as crianças estão ocupando os espaços das bibliotecas para saber o que está acontecendo na região em que vivem, o que não está dito em seus livros didáticos.

Ocupação irregular

O grande impasse dos governos é conciliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade. As comunidades dos litorais leste e oeste vivem do turismo, mas é esse mesmo setor que tem gerado reclamações de quem vê e sofre com a ocupação desordenada, irregular e predatória. Em Canoa Quebrada, pousada invade a falésia (construída há milhões de anos), toma o espaço dos moradores nativos, que antes viviam da pesca, mas pretende empregar esses mesmos moradores em serviços gerais para os turistas que chegam.

A dona-de-casa cuida dos quartos da pousada, o marido ex-pescador vira bugueiro, competindo o território com aventureiros a toda velocidade em seus carros 4x4. A falta de conhecimento da área tem causado acidentes. E no mar de Icapuí, centenas de pescadores olham para o horizonte, prontos para pegarem nas armas e combater os predadores humanos que estão acabando com a lagosta, poluindo o meio ambiente.

É a chamada "guerra da lagosta" que, reiniciada a pesca após o período de defeso, ameaça vidas e desafia as autoridades ambientais no Estado. (MJ)

COMDEMAS

87,5 por cento dos municípios cearenses possuem Conselhos de Defesa do Meio Ambiente (Comdemas). Este crescimento, porém, não verifica-se com as secretarias municipais do setor

SEM MONITORAMENTO

Faltam órgãos para disciplinar setor

Limoeiro do Norte.
Todas as ações de políticas públicas em qualquer município refletem, direta ou indiretamente, no meio ambiente que, reunindo os múltiplos conceitos, pode ser resumido como "o espaço que rodeia e influencia todos os seres vivos e as coisas em geral".

Seguindo a realidade do resto do País, muitos municípios cearenses não possuem órgãos específicos para tratarem das questões ambientais. Muitas secretarias municipais e grupos de conselho da sociedade civil aglutinam uma série de outras finalidades e responsabilidades e os recursos ambientais são tratados como preocupação menor. Em função de conquistar o Selo Verde, aumenta o número de conselhos municipais.

A falta de um órgão ambiental de ação permanente favorece a existência de atividades pontuais, como as que ocorrem hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, em várias cidades do Ceará. Preservação, reciclagem, limpeza, plantio e cuidados sintetizam a missão da educação ambiental, geralmente encampada pelas escolas.

De acordo com o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), existem 161 municípios cearenses que criaram o Conselho de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), dez a mais do que no ano passado. Em termos percentuais, o Ceará é o 1º, no Brasil, na cobertura de cidades com conselhos ambientais.

A criação desses órgãos ocorre, geralmente, no primeiro semestre de cada ano, mas não é coincidência: é preciso ter Comdema para que o município possa concorrer ao Selo Verde, visto como troféu pelos gestores municipais. "Ter o Selo Verde dá a entender que o município é um grande preservador do Meio Ambiente, mas não é bem assim", afirma Tércio Vellardi, ambientalista da ONG Recicriança, em Aracati.

É com o relatório de ações educacionais como as desenvolvidas pelo grupo para sustentação do meio ambiente que a Prefeitura Municipal de Aracati enumera as ações públicas em favor do Meio Ambiente.

Em detrimento da realidade de degradação ambiental nas faixas litorâneas e com os cultivos contaminantes de carcinicultura, a Prefeitura foi agraciada duas vezes seguidas com o Selo Verde.

Principal ponto turístico do município, as falésias da Praia de Canoa Quebrada, que levaram milhões de anos para serem construídas, estão em processo contínuo de destruição, conforme série de reportagens já veiculadas no Caderno Regional. A área é de responsabilidade do Município e a regulamentação de ocupação dos espaços deve ser fiscalizada também pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

Ao contrário do crescimento do número de Condemas, poucas são as secretarias municipais do meio ambiente, ou equivalentes. Um exemplo é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de São Benedito, município da zona norte do Estado. Na região jaguaribana, existe a Autarquia Municipal do Meio Ambiente de Limoeiro do Norte, órgão ainda pequeno e, pelo menos por enquanto, mais voltado para as discussões ambientais do que em ações práticas.

No fim do mês de maio foi aprovado, na Câmara Municipal de Limoeiro, o projeto de políticas públicas ambientais, um manual que norteará as ações municipais no meio ambiente. A aprovação foi pouco conhecida porque é justamente em um de seus artigos que está a permissão para a prática da pulverização aérea de agrotóxicos na Chapada do Apodi. Caberá à autarquia, que não tem fiscais, a atividade de fiscalização.

Os municípios mais informados e atentos só tem até o dia 11 de junho, próxima sexta-feira, para enviar projetos que concorrem à segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Os projetos de ordem ambiental devem ser destinados a empreendimentos na área de saneamento. A seleção é feita pelo Ministério do Meio Ambiente, via Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. As informações podem ser obtidas no Ministério com Davi Navarro, pelo e-mail: davi.navarro@cidades.gov.br

Municípios e sociedade civil mais organizados em ações ambientais podem partir na frente quando em financiamentos de programas e projetos em favor dos recursos naturais. O desafio é manter uma organização permanente, mesmo diante da mudança de governos. (MJ)

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=795541

Alerta para o meio ambiente

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5/6/2010

O que você faria se sua casa começasse a desabar por cima de tudo? Assim parece estar o planeta Terra

Limoeiro do Norte. A casa muito engraçada, sem teto nem nada, sem parede e sem pinico, mas "feita com muito esmero", segundo a conhecida canção, é esse mundão que cerca o homem e fornece tudo o que ele precisa. A natureza não precisa do homem para sobreviver, mas agora depende dele para que se resolvam os problemas criados pela própria humanidade, que só existe graças à "mãe natureza".

Enquanto uma crescente mancha de petróleo polui ecossistemas na América do Norte, baleias são exterminadas nos mares do Japão, a Floresta Amazônica é sumariamente destruída, a caatinga cearense sofre com as queimadas e a poluição dos rios - que fornecem o líquido mais precioso da terra. Por sua vez, as cidades são infestadas de faixas publicitárias feias e irregulares, os carros de som agridem os ouvidos e mal deixam as pessoas se comunicarem.

Agrotóxicos

No alto de uma chapada, uma criança reclama de feridas pelo corpo, enquanto ela e a mãe bebem água envenenada com agrotóxicos. Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente, menos de comemoração e mais de reflexão sobre o que se tem feito de tão sem graça numa casa muito séria: o espaço em que todos vivemos. Em todos os problemas ambientais há uma agressão e uma justificativa, geralmente entremeada da "necessidade" material, mesmo que no lugar de sobrevivência se busque o lucro, e ainda assim o que se procure é "desenvolvimento". Com a escassez dos recursos naturais e o medo de sua completa extinção veio a palavra "sustentabilidade".

Queimada

O desenvolvimento almejado pelo homem é perseguido de forma sustentável? Se o agricultor queima a vegetação para abrir caminho da sua plantação, o solo não mais "sustenta" sua riqueza; se as máquinas pulverizadoras usam tanto agrotóxico que, passados alguns anos, o solo não dá a mesma produtividade, tampouco houve sustentabilidade.

A agricultura que emprega rápido e em grande quantidade, quando usa exaustivamente o solo (além de explorar o próprio trabalhador) não recebe mais do próprio chão a produtividade agrícola antes concebida. Chega a crise, culpam-se os mercados, e a primeira consequência do pouco lucro é o desemprego. De um jeito ou de outro, tudo se volta para o ser humano.

O debate consistente sobre a situação do meio ambiente é tão recente no Estado do Ceará que somente há três anos foi criado um órgão para dialogar com os executores das políticas públicas que, não importa quais sejam, terão influência direta ou indireta no meio ambiente. O Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), criado em 2007, é responsável pelo planejamento e implementação das políticas ambientais no Estado do Ceará. Promover, formular, planejar, elaborar, monitorar e efetivar são os verbos que mais resumem a missão e as competências do órgão.

"Deve existir um grande debate que envolva a federação e a realidade de cada município, para que se possa subsidiar a política estadual sobre o meio ambiente. Cada região do País tem uma situação diferente, e a legislação estadual é o que pode nortear as ações", explica Tereza Farias, atual presidente do Conpam.

Um dos problemas mais discutidos atualmente pelo órgão estadual e que exemplifica a necessidade de elo entre as instâncias públicas é a contaminação por agrotóxicos nos perímetros irrigados (especialmente a Chapada do Apodi), problema que tem estampado os noticiários e, para geógrafos ouvidos pela reportagem, manchado o meio ambiente e a condição humana de sobrevivência.

A falta de consenso entre os órgãos ligados à agricultura, pecuária, saúde e meio ambiente gerou a discussão não sobre quem seriam os responsáveis pelas contaminações, mas a quem compete responsabilizar os culpados e resolver o problema de vez. Para sair do problema e chegar à sua solução, se atravessa uma rede de canais que vão da conscientização ambiental ao interesse público e particular.

Pulverização aérea

Na teoria, o interesse público das questões essenciais à vida prevalece. Mas geralmente o que "fala" mais alto decide o rumo da situação: contra os principais institutos de pesquisa do Ceará, que associam veneno, contaminação e saúde (em alguns casos morte) nas lavouras da Chapada do Apodi, os poderes Executivo e Legislativo de Limoeiro do Norte decidiram a favor da pulverização de agrotóxicos, só mais um dentre vários capítulos que permeiam o meio ambiente no Ceará. Em Russas, onde as chaminés de indústrias cerâmicas são vistas do Centro da cidade, crianças e adultos debatem hoje a situação do meio ambiente. Os mais conscientes vão alertar que a "poda radical" de árvores, como por meio do fogo, é crime.

E quem fritar o bife para o almoço hoje e quer continuar pensando que não estará agredindo o meio ambiente, basta não jogar o óleo utilizado pelo ralo da pia. No Ceará, diversas instituições aproveitam para fabricar sabão e gerar a renda de famílias carentes.

É com a conscientização dos outros com o meio ambiente que a deficiente visual Raimunda Linete, de Limoeiro, fabrica sabão e vende de porta em porta. A preocupação do meio ambiente deu-lhe novamente um sentido para a vida.

O problema não é só a desobediência às leis. "A própria legislação precisa ser revista", afirma Tereza Farias. A agricultura familiar responde pela maior parte dos alimentos no País, mas a agricultura irrigada surge como pontencializadora do desenvolvimento. A sua execução de forma irregular é que provoca desmatamento e poluição, crescentes como o potencial de dividendos econômicos que gera.

Debate

"A política estadual do meio ambiente deve ser apoiada em um amplo debate"
Tereza farias
Presidente do Conpam

"O desenvolvimento que privilegia o lucro mais que vidas humanas é traiçoeiro"
Hidelbrando dos Santos
Geógrafo e diretor da Fafidam

Fique por dentro
ONU recomenda criação da data

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado todo dia 5 de junho. A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. A conferência reuniu 113 países, além de 250 Organizações Não Governamentais. A pauta principal abordava a degradação que o ser humano tem causado ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, em que a diversidade biológica deveria ser preservada acima de qualquer possibilidade. Por meio do decreto 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente. Lixões a céu aberto (236 só no Interior), poluição dos rios e ocupação irregular em áreas de preservação são alguns dos principais problemas encontrados no Ceará. No Estado, o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), criado em fevereiro de 2007, atua em quatro principais eixos: Educação Ambiental, Proteção dos Recursos Ambientais, Programa da Biodiversidade (Probio) e Gestão Ambiental Estratégica. Dentre as ações estão a implantação de Unidades Produtoras de Mudas e a criação da Unidade de Conservação Parque Estadual Sítio Fundão, no Município do Crato. Mesmo assim, algumas responsabilidades estavam paralisadas, como a Comissão Estadual dos Agrotóxicos, criada há alguns anos e que só este ano começa a ser reativada.

MAIS INFORMAÇÕES
Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente no Ceará (Conpam) - Fortaleza
(85) 3101.1252/1233


Melquíades Júnior
Colaborador

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=795518

sexta-feira, 4 de junho de 2010

E. E. M. São Francisco da Cruz comemora semana do meio ambiente


A E. E. M. são Francisco da Cruz realizou um momento de reflexão com os alunos na quadra esportiva do colégio, para chamar atenção da obrigação de toda comunidade escolar em preservar e respeitar o meio ambiente na qual estamos inserido.
Toda a escola foi mobilizada para este momento, uma das ações realizadas foi o plantio de um pé de tamarineiro que já se tornou símbolo do colégio, pois a escola tinha em seu pátio tamarineiro que foi cortada em razão da construção dos laboratórios de informatica, sendo até contestada por alguns professores e principalmente o diretor, onde, afirma que a mesma tinha toda uma história, funcionários que trabalharam nesta escola não atuam mais pois aposentaram-se, com muito sacrifício conseguiu plantar e cuidar do tamarineiro.
Como humano racionais podemos refletir que se uma planta tem que dar espaço para uma construção, planta-se outra em noutro lugar, com isso estamos contribuindo com nossa cobertura vegetal e não destruindo o meio e sim adaptando e transformando de maneira racional. Devido a esta reinvidicação da escola, foi idealizado o plantio de outro tamarineiro em outro local onde não mais pudesse atrapalhar construções futuras que porventura venha ocorrer, para garantir que esta planta não mais venha ser retirada por outros gestores no futuro foi relaborado um abaixo assinado na escola onde toda comunidade escolar, auxiliares, secretaria, gestão da escola, professores e pais de alunos estão sendo convidados a assinar o documento, que será guardado na escola e todo ano na seman do meio ambiente será lido para os alunos e recolhido mais assinaturas de pais e alunos que a escola receber no corrente ano. Outra atitude tomada para a conservação do tamarineiro foi a escolha do padrinho ou madrinha da planta nos turnos, manhã, tarde e noite, ou seja, cada padrinho nos seus respectivos turnos irão fiscalizar e colaborar com o cresicimento e cuidados com o mesmo.
Todos os alunos da escola foram mobilizados para organizar apresentações como: poesias, apresentação de cartazes, paródias e outras atividades com o tema meio ambiente, muitos alunos organizaram suas turmas e concretizaram as tarefas, uma das equipes da turma do 3º ano B da noite convidou uma representante da Secretaria do Meio Ambiente de Cruz, para entrevistá-la, aproveitando o momento a mesma expôs as ações e projetos que a secretaria vem desenvolvendo no município.
Foi também chamado atenção no evento, sobre as ações que cada um de nós concretizamos para contribuir com a preservação do meio ambiente, visto que muito se fala mas as ações são poucas.
O tema foi trabalhado na escola e sempre está sendo ressaltado e discutido em sala de aula pelos proessores e alunos.














Leitura do abaixo assinado pelo Prof. de biologia Clairton Freitas auxiliado pela Profa. Rosângela.


Apresentação dos alunos da tarde: paródia.



Professora Rosângela assinando o abaixo assinado para conservação do tamarineiro, axiliado pela professora Lidiane.

Professor Clairton Freitas com os líderes de sala no plantio do Tamarineiro.


Equipe do 3º B Noite entrevista representante da Secretaria de Meio Ambiente de Cruz, Mazé.


Apresentação de cartaz: Turma 1º C da noite.


Leitura de poesias.

Participação de alunos e professores no evento.



Documento idealizado pela escola, pergaminho.


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tamanduá-bandeira: um gigante comedor de formiga

Tamanduá-bandeira no campo
O tamanduá-bandeira é facilmente reconhecido por sua pelagem característica.

Para comer até 30 mil formigas e cupins por dia, esse mamífero precisa de habitats variados para sobreviver. Saiba mais sobre essa espécie que já foi encontrada em todos os estados brasileiros e hoje está ameaçada de extinção.

Ele mede cerca de 2,20 metros, pesa até 45kg, tem uma cauda grande e com pelos grossos e compridos e um focinho longo. O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) usa suas garras dianteiras para escavar vários formigueiros e cupinzeiros ao longo do dia para capturar, com sua língua extensível, até 30 mil formigas e cupins.
Essa espécie é facilmente reconhecida por sua pelagem característica, que tem uma faixa diagonal preta com bordas brancas, que se estende do peito até a metade do dorso. As patas dianteiras, que têm três garras longas, são mais claras do que as traseiras, que têm cinco garras, mais curtas.

Como se alimenta de formigas e cupins, não possui dentes. Seu olfato é aguçado, já que é a principal ferramenta para localizar suas presas. Quando encontra um formigueiro, o tamanduá-bandeira fica apenas alguns minutos no local, e logo se dirige a outra fonte de comida.
Mamífero ameaçado

O tamanduá-bandeira está adaptado para viver em ambientes variados. Apesar de passar a maior parte do tempo no chão, ele tem habilidade para subir em árvores. Ele também pode caçar durante o dia ou a noite, dependendo da temperatura e da chuva.

A espécie é encontrada em campos limpos, cerrados e florestas. Apesar de ser mais comum em áreas de cerrado, usa ambientes de floresta para repouso e abrigo, durante as horas mais quentes do dia, e utiliza os campos limpos para se alimentar quando as temperaturas estão mais amenas.

Por sua versatilidade, o tamanduá-bandeira pode ser encontrado da América Central até a América do Sul. Originalmente, ocorria em todos os estados brasileiros, mas atualmente está em risco de extinção em todas as regiões do país e já foi extinto no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

A degradação e a redução dos habitats são apontadas como as principais causas da perda populacional da espécie, mas a caça, o atropelamento em estradas e os incêndios florestais também contribuem para colocar o tamanduá-bandeira na lista de espécies ameaçadas de extinção.

Estratégias de conservação

As principais estratégias para a conservação do tamanduá envolvem a realização de estudos sobre o status de suas populações, a criação e manutenção adequada das unidades de conservação, a implantação de corredores ecológicos, a educação ambiental e a promoção de alternativas de desenvolvimento sustentável.

Saiba mais sobre o que o WWF-Brasil faz para manter os habitats do tamanduá-bandeira no Pantanal, na Amazônia e na Mata Atlântica.

É cauda ou cobertor?

Por sua dieta de pouco valor nutricional, o tamanduá-bandeira tem metabolismo lento e, por isso, apresenta dificuldade de regular a temperatura do próprio corpo. Para resolver esse problema, a espécie desenvolveu o hábito de se esconder do calor ou do frio no interior de florestas.

Mas essa não é a única estratégia. Apesar de viver nos trópicos, o tamanduá-bandeira tem uma pelagem densa, especialmente na cauda. Quando se deita para dormir, ele faz uma cavidade rasa no solo e coloca a própria cauda sobre o corpo. A cauda peluda funciona como isolante térmico e ainda ajuda a camuflar o animal.

As fêmeas, após cerca de 190 dias de gestação, também utilizam a cauda como cobertor para seus filhotes enquanto são amamentados. Os filhotes nascem pequenos e frágeis e são carregados no dorso da mãe durante aproximadamente nove meses.



Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/biodiversidade/especie_do_mes/junho_tamandua_bandeira.cfm